O empresário Mariano Marcondes Ferraz, representante da empresa Decal do Brasil, afirmou em interrogatório ontem, perante o juiz federal Sérgio Moro, que a Operação Lava Jato "foi um grande alívio" e que "nunca mais" vai pagar propina. O executivo é acusado pelo Ministério Público Federal pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em razão do pagamento de propina de US$ 868.450,00, para obter a renovação do contrato firmado entre a Decal do Brasil e a Petrobras, no Porto de Suape, em Pernambuco.
"Obviamente é uma situação que eu me arrependo muito por isso. A minha vida mudou completamente. Hoje eu estou morando no Brasil, estou no Brasil há um ano, mas longe de atividade, estou afastado das empresas, tenho meus filhos morando fora. É uma coisa que certamente eu garanto que nunca mais vai acontecer, mas me arrependo muito do que foi feito e infelizmente é um fato que a gente tem que passar por isso e espero que o tempo vá me ajudar com isso", afirmou.
Mariano confirmou a Moro o pagamento de vantagem indevido ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, pois foi informado de que "para a coisa caminhar era necessário fazer um pagamento".