O presidente da França, Emmanuel Macron, sancionou a nova lei antiterrorismo do país. A medida substitui, a partir desta quarta-feira, o estado de emergência, em vigor desde os atentados que deixaram 130 mortos em Paris, em novembro de 2015.
Com isso, as forças de segurança ganham mais poder para fazer buscas e apreensões, fechar templos religiosos e restringir a movimentação de suspeitos de ligação com organizações extremistas. A medida também permitirá que se estabeleçam cercos de imigração e alfândega em um raio de dez quilômetros de aeroportos, estações de trem e outras portas de chegada à França, não só dentro dos terminais.
Ao assinar a lei, Macron declarou que ela ajudará as autoridades a tomarem medidas adicionais de segurança em alguns momentos.
Em sua fase de debates, a medida foi criticada por organizações de direitos humanos e movimentos de esquerda por interferência nas liberdades individuais. O governo teve que ceder em um ponto, ao decidir que as detenções sejam determinadas pela Justiça.