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- Publicada em 24 de Outubro de 2017 às 22:26

Rodoviários de Porto Alegre podem ficar sem salários e 13°

Para ATP, contrato que definiu as licitações não vem sendo cumprido

Para ATP, contrato que definiu as licitações não vem sendo cumprido


FREDY VIEIRA/JC
Desde o início de 2016, quando o sistema de transporte coletivo passou a operar por meio de licitação na Capital, a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP), representante das empresas privadas de ônibus, alerta que o déficit que vem sendo acumulado - mais de R$ 124 milhões - comprometerá os serviços. Agora, a preocupação é que esse rombo impeça o pagamento dos vencimentos mensais até o final deste ano, bem como do 13º salário dos rodoviários.
Desde o início de 2016, quando o sistema de transporte coletivo passou a operar por meio de licitação na Capital, a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP), representante das empresas privadas de ônibus, alerta que o déficit que vem sendo acumulado - mais de R$ 124 milhões - comprometerá os serviços. Agora, a preocupação é que esse rombo impeça o pagamento dos vencimentos mensais até o final deste ano, bem como do 13º salário dos rodoviários.
A crise aguda e o balanço financeiro negativo das empresas comprometem a aquisição de crédito, o que restringe as alternativas. "As empresas lamentam e estão fazendo todo o possível para sobreviver à crise que enfrentam, mas infelizmente os recursos estão se esgotando. Houve um grande esforço para retardar a chegada deste momento, porém é fato que, até o final do ano, compromissos que até então estavam sendo honrados serão afetados, o que inclui o pagamento dos funcionários", declara o diretor executivo da ATP, Gustavo Simionovschi.
Em entrevista ao Jornal do Comércio em setembro, Simionovschi explicou que o contrato que definiu as licitações não vem sendo cumprido. De acordo com ele, as empresas foram contratadas para oferecer um serviço e o fazem, mas não recebem o retorno combinado previamente. A queda do número de passageiros (de janeiro a setembro deste ano, 10,9% a menos em comparação ao mesmo período em 2016), o alto índice de isenções e a crise econômica do País são os principais fatores que levaram à crise das empresas.
Se a situação não se alterar, a ATP afirma que o serviço acabará prejudicado. "Foram adquiridos 296 ônibus novos em fevereiro de 2016. Além de arcar com os custos desse investimento, as empresas precisam manter diariamente itens básicos para a operação, como o combustível. Chegará um momento em que não haverá mais condições de comprar diesel para os ônibus. O que impedirá, obviamente, que eles circulem. Será inviável renovar frota e sustentar o processo de qualificação do sistema, o que culminará na falência do setor", conclui o Simionovschi.
O sindicato que representa os rodoviários afirmou que é contra qualquer tipo de parcelamento ou atraso nos salários e que, caso esse cenário se confirme, organizará mobilizações em protesto à decisão. No entanto, a categoria ainda não cogita greve.
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