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Seguros & Previdência

- Publicada em 23 de Outubro de 2017 às 16:05

Setor de seguros resiste à crise

Para Rangel, instabilidade econômica obrigou a população a refletir sobre a relação com o dinheiro

Para Rangel, instabilidade econômica obrigou a população a refletir sobre a relação com o dinheiro


/CLAITON DORNELLES /JC
Mesmo em um país no qual a cultura do seguro ainda tem muito a avançar, em termos de penetração entre os consumidores, o mercado não deixou de apresentar números positivos. "Com a recessão nos últimos dois anos, o que se observou foi que o setor encolheu em relação ao crescimento, mas não involuiu. É um setor que mostrou-se resiliente e não absorveu integralmente essa redução", comenta o professor Sérgio Rangel, da Escola Nacional de Seguros.
Mesmo em um país no qual a cultura do seguro ainda tem muito a avançar, em termos de penetração entre os consumidores, o mercado não deixou de apresentar números positivos. "Com a recessão nos últimos dois anos, o que se observou foi que o setor encolheu em relação ao crescimento, mas não involuiu. É um setor que mostrou-se resiliente e não absorveu integralmente essa redução", comenta o professor Sérgio Rangel, da Escola Nacional de Seguros.
Na visão do professor, a instabilidade econômica obrigou a população a refletir sobre a relação com o próprio dinheiro. Nesse processo, segundo Rangel, algumas modalidades de seguro passam a se tornar mais atraentes. Além dos planos de previdência privada, produtos como seguros de vida, de acidentes pessoais, de diárias para internação hospitalar e até mesmo de auxílio funeral vêm registrando índices de crescimento. Os dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) apontam que os chamados planos de risco arrecadaram 11,9% a mais nos primeiros oito meses de 2017 do que no mesmo período do ano passado. "Algumas operações de proteção florescem nesses períodos (de crise). As pessoas ficam mais sensíveis nessas situações", observa Rangel, que também leciona no curso de Ciências Atuariais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Entre outras categorias que também vão mostrando aumento na arrecadação estão os seguros educacional, prestamista e de garantia estendida - esse último, bastante ligado ao desempenho do varejo no país. "O seguro de viagem também cresceu bastante", salienta Rangel, ressaltando uma modalidade que apresentou um dos maiores índices de alta na arrecadação de janeiro a agosto: 45,5% a mais do que no mesmo período de 2016.
Para um futuro próximo, há perspectivas otimistas. Para o professor, há um conjunto de variáveis socioeconômicas em ascensão, que poderão contribuir para um crescimento ainda maior do mercado de seguros em geral. "Há sinais de recuperação da economia em 2017. O emprego e a renda são importantes para o setor. O consumo das famílias também melhorou. A safra recorde de grãos também influiu, uma vez que toda a cadeia produtiva do agronegócio é segurada. As vendas no varejo também ajudam, assim como as de veículos e autopeças. E há também um aumento no crédito das pessoas físicas", destaca o professor.
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