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Mercado de seguros

- Publicada em 22 de Outubro de 2017 às 13:40

Vida Universal pode mudar cenário brasileiro

Com novo produto, cliente poderá usar as reservas para despesas com saúde, educação e até mesmo aposentadoria

Com novo produto, cliente poderá usar as reservas para despesas com saúde, educação e até mesmo aposentadoria


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Um novo produto deverá chegar em breve ao mercado brasileiro cercado de grande expectativa de parte de seguradoras e consumidores. É a categoria Universal Life (Vida Universal), que combina características de acumulação e de cobertura de riscos. A modalidade, já bastante presente em outros países, ainda depende de detalhes regulamentares para ser comercializada no Brasil.
Um novo produto deverá chegar em breve ao mercado brasileiro cercado de grande expectativa de parte de seguradoras e consumidores. É a categoria Universal Life (Vida Universal), que combina características de acumulação e de cobertura de riscos. A modalidade, já bastante presente em outros países, ainda depende de detalhes regulamentares para ser comercializada no Brasil.
Em linhas gerais, o Vida Universal pode ser considerado como um modelo híbrido de seguro e poupança - no qual o consumidor poderá receber de volta uma parte dos prêmios pagos ao fim do período de vigência da apólice, caso não tenham ocorrido sinistros. Assim, haverá garantias para diferentes períodos da vida do cliente, com possibilidades de usar as reservas para despesas com saúde, educação e até mesmo aposentadoria. O capital segurado se divide em parcelas de risco e de acumulação, e duas opções deverão ser oferecidas aos potenciais clientes: uma de capital constante, outra de capital variável. O prazo mínimo de duração das apólices deverá ser de cinco anos.
O modelo já existe em outros mercados - nos Estados Unidos, por exemplo, as primeiras versões do seguro Universal Life surgiram ainda na segunda metade do século passado. No Brasil, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), vinculado do Ministério da Fazenda, aprovou em dezembro de 2016 uma resolução tratando de regras e critérios para a implantação e a venda da nova modalidade. Ao longo deste ano, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) aprovou a regulamentação do produto. "Falta ainda uma circular da Receita Federal que trata dos ativos garantidores", explica o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Marcio Coriolano.
A expectativa é de uma boa procura pelos consumidores, segundo o dirigente. "Os produtos hoje são de risco, como os pecúlios, ou de acumulação. Essa nova opção vai permitir uma transição ao longo do tempo", destaca Coriolano. "Por suas características, esse acaba sendo um produto flexível e versátil, além de muito atraente para o segurado, contemplando várias fases de sua vida", antecipa o presidente da seguradora Previsul, Renato Pedroso.
Assim que estiver liberado para comercialização, o que deve ocorrer dentro dos próximos meses, esse novo produto poderá representar uma estratégia importante para aumentar a penetração dos seguros junto a uma parcela mais expressiva dos consumidores brasileiros. Na opinião do corretor Breno Kor, fundador e diretor da Kor Corretora, a modalidade fará parte de um novo contexto do mercado - no qual a própria denominação "seguro de vida" poderia ser substituída, com propriedade, por "seguro em vida". O trunfo, segundo ele, é driblar o desconforto do consumidor brasileiro em abordar com clareza o tema da própria finitude. "Uma novidade como o Vida Universal é uma opção para vencer a resistência das pessoas em falar da própria morte, e também de tornar o seguro mais atraente", ressalta Kor.

Previsul celebra bons resultados

Pedroso ressalta crescimento no primeiro semestre de 2017

Pedroso ressalta crescimento no primeiro semestre de 2017


/SALOMÃO CARDOSO/DIVULGAÇÃO/JC
Os resultados positivos obtidos nos primeiros meses deste ano vêm servindo de impulso para os negócios da Previsul Seguradora - uma das principais companhias do setor surgidas no Rio Grande do Sul. Em mais de 110 anos de trajetória, a empresa figura atualmente entre as 24 maiores do País em prêmios e em resultado líquido, considerados os números de seguros de pessoas e de crédito. "Alcançamos, no primeiro semestre de 2017, um crescimento superior a 31% no volume de prêmios comparado com o mesmo período de 2016", comemora o presidente da seguradora, Renato Pedroso.
Esse desempenho ganha ainda mais significado dentro de um contexto de desafios constantes, impostos principalmente pela conjuntura econômica. O mais recente é a redução da taxa básica de juros. "As companhias seguradoras são afetadas de forma sensível pela variação da Selic, já que os resultados das mesmas advêm do resultado operacional (prêmios menos sinistros) e do financeiro (aplicação das provisões técnicas e ativos livres). Portanto, a diminuição gradual da Selic a patamares históricos força as empresas a buscar melhores resultados operacionais, com maior seleção de risco ou aumento nas taxas de seguro", analisa o presidente, que vai além: "Mas o ano é desafiador, principalmente, pela necessidade de as companhias buscarem soluções tecnológicas para melhorar seu resultado operacional e, também, a interatividade com o consumidor".
A relação com corretores e segurados, sempre influenciada pelas novas tecnologias de comunicação, vem representando um fator constante de inovação e superação de obstáculos. "Sem sombra de dúvida, os maiores desafios para nós são disponibilizar uma jornada simples e intuitiva ao corretor de seguros, para cotação e emissão on-line de nossos produtos, e também oferecer ferramentas que oportunizem transparência e facilidade ao segurado na consulta dos produtos contratados e no acompanhamento dos processos de sinistro pelos meios digitais", resume Pedroso.
Com especial atenção ao mercado do Rio Grande do Sul, que representou 36% dos prêmios de seguro de pessoas da Previsul no primeiro semestre, a empresa tem visto crescer a busca por modalidades tradicionais - como o seguro de vida com cobertura de morte ou invalidez. Mas não é só. "Nos últimos anos, é sensível o crescimento da procura por produtos de acidentes pessoais acoplados com assistências, a exemplo de funeral e serviços residenciais, por terem prêmios mensais mais baixos e grande apelo comercial", relata Pedroso. No outro lado do espectro, os itens menos procurados têm sido aqueles relacionados a renda - como, por exemplo, a categoria Renda Temporária por Incapacidade, voltada a profissionais liberais, garantindo o recebimento mensal do capital contratado, em caso de afastamento temporário das atividades. "Acredito que a baixa seja uma decorrência do pouco conhecimento sobre o produto pela população, já que, na nossa visão, é um produto essencial para a vida de profissionais liberais", assinala o presidente.