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Mercado previdEnciário

- Publicada em 20 de Outubro de 2017 às 13:15

Fundação CEEE renova opções de planos

Santana e Daniele comentam o crescimento expressivo de novos participantes

Santana e Daniele comentam o crescimento expressivo de novos participantes


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Com número crescente de participantes e uma nova estratégia de produto, a Fundação CEEE pretende garantir sua posição como maior fundo de pensão do Rio Grande do Sul. Com patrimônio por volta dos R$ 5,9 bilhões, a instituição figura entre os 20 maiores fundos de pensão do País, segundo as estatísticas da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). Em meio aos desafios da conjuntura econômica em marcha lenta, em paralelo ao processo de queda histórica da taxa básica de juros, a fundação busca se adaptar ao contexto e manter a competitividade.
Com número crescente de participantes e uma nova estratégia de produto, a Fundação CEEE pretende garantir sua posição como maior fundo de pensão do Rio Grande do Sul. Com patrimônio por volta dos R$ 5,9 bilhões, a instituição figura entre os 20 maiores fundos de pensão do País, segundo as estatísticas da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). Em meio aos desafios da conjuntura econômica em marcha lenta, em paralelo ao processo de queda histórica da taxa básica de juros, a fundação busca se adaptar ao contexto e manter a competitividade.
Uma parte importante desse processo foi o lançamento recente de uma nova modalidade de plano, o Família Previdência, em versões voltadas a entidades associativas e empresas de diferentes segmentos. Permitindo o ingresso de familiares dos participantes, o plano também busca facilitar a relação com os interessados. "Existe procura para entender como (o plano) funciona. E é um produto simples, de fácil acesso. Percebemos essa necessidade, porque havia ideia de que a previdência complementar era algo complicado de se implantar", explica a gerente Comercial e de Marketing da fundação, Daniele Mascherin Pastore. Na modalidade associativa, a mensalidade custa a partir de R$ 50,00, e, no modelo corporativo, a contribuição é de 2% a 12% do salário. Condições que vêm despertando interesse de empresários e consultores. "Já fizemos simulações para empresas pequenas. Ou seja, (a previdência complementar) não é mais só um privilégio das grandes. Em congressos de RH (Recursos Humanos), vemos que há empresas pensando em flexibilizar e dar mais opções para os empregados", relata Daniele.
Um dado expressivo dessa procura é o número de adesões de novos participantes: foram 474 entre janeiro e agosto deste ano. No mesmo período do ano passado, o número tinha sido de 203 pessoas. Para esses clientes, a rentabilidade dos planos da fundação, entre janeiro e julho, foi de 7,73%. A intenção é seguir proporcionando índices superiores aos de outros investimentos mais acessíveis a pessoas físicas, como Fundos DI (Fundos de Renda Fixa Referenciados DI) e poupança. "Nossa estratégia é oferecer performance acima das previdências privadas abertas. O histórico tem se mostrado bem superior", assegura o gerente de Investimentos da Fundação CEEE, Valdomiro Santana.
O contexto é desafiador, na visão do gerente. "O PIB do Brasil dá sinais de estabilização, depois de quedas consecutivas. É comum, nesses casos, haver uma retomada mais agressiva, o que não ocorreu. O que se observa é uma alta mais gradual, mais lenta. Mas essa inversão de tendência já gerou maior confiança dos agentes econômicos, com reflexos, por exemplo, no consumo e no mercado de trabalho", analisa Santana, para quem o otimismo ainda é pequeno. "O ajuste fiscal não vem no ritmo que se esperava. Paralisou-se o processo de reforma da Previdência. Essas são questões fundamentais para o crescimento voltar com vigor", acrescenta.
A questão dos juros também exige atenção dos fundos de pensão. "Começamos o ano com a Selic em 14%, e deve chegar a 7%. Isso vai promover mudanças nas escolhas de investimentos dos agentes de mercado. Com juros a 14%, é comum optar por títulos públicos federais. Com 7%, ganham expressão os ativos reais, incluindo ações em bolsa de valores, de onde se espera maiores retornos em termos reais. Se não houver percalços, 2018 tende a continuar positivo para a bolsa", prevê Santana.
O gerente reconhece que as pessoas físicas, em geral, tendem a preferir investimentos mais conservadores: "No nosso caso, não é o cliente quem determina (onde serão alocados os recursos). Já avaliamos essa questão, mas ainda observamos mais riscos do que vantagens nessa estratégia".
A perspectiva de mudança nas regras da Previdência Social também tem sua influência no mercado e no interesse de novos participantes. "As pessoas estão mais conscientes, mas o momento econômico não tem colaborado. Ainda assim, observamos mais gente falando da necessidade (de previdência privada), em função das discussões em torno da reforma. No futuro, não haverá muitas garantias", adianta Santana.

Convênios atraem entidades

Rossato destaca que parceria permitirá a isenção da taxa de adesão

Rossato destaca que parceria permitirá a isenção da taxa de adesão


/SEPRORGSA/DIVULGAÇÃO/JC
Um dos novos clientes da Fundação CEEE é o Seprorgs, entidade patronal do setor de informática do Estado. Com cerca de 300 empresas associadas e 17 mil vinculadas, o sindicato optou por oferecer o benefício como forma de preencher uma lacuna de serviços. "Temos vários convênios, como Cinemark, por exemplo, e Sodexo, com isenção de taxa administrativa. Mas não tínhamos nada relacionado com previdência. Agora, as empresas associadas vão poder oferecer os planos de previdência com valores mais acessíveis e isenção da taxa de adesão, com possibilidade de deduzir percentuais do Imposto de Renda", diz o presidente da entidade, Diogo Rossato.
Com o convênio feito este ano, o Seprorgs ainda não tem números precisos sobre a quantidade de novas adesões. O convênio oferece ainda aos participantes ações educativas, como palestras de educação financeira, cursos de preparação de aposentadoria e participação em seminários. "Todo benefício é bem-vindo. Sou empresário e vi que havia essa necessidade de oferecer um adicional para os funcionários", observa Rossato. "As pessoas vão pensando em se aposentar e em ter uma vida estável. Do ponto de vista de quem faz o plano, é um planejamento financeiro para mais adiante. Do ponto de vista das empresas, é retenção de pessoas e uma possibilidade de oferecer um benefício sem pagar tanto imposto."
Em um universo no qual, atualmente, a maioria dos colaboradores tem carteira assinada, o Seprorgs já prevê um aumento no percentual de associados no formato Microempreendedor Individual (MEI). "Com a possibilidade da terceirização, mais pessoas vão começar a trabalhar como especialistas, prestando serviço para várias empresas. A área de Tecnologia da Informação (TI) é segmentada. Se o profissional consegue se especializar, pode trabalhar em vários projetos simultaneamente", destaca o presidente, acrescentando: "Vamos ter que criar serviços diferentes para esses associados, e também para startups, que têm poucos funcionários. Entendemos que as entidades têm de trabalhar para o desenvolvimento de seus setores".