A notícia de que a holandesa LyondellBasell teria interesse em comprar o controle da petroquímica brasileira Braskem e poderia pagar mais de US$ 10 bilhões agitou o mercado financeiro brasileiro. Nessa segunda-feira (30), as ações da companhia, maior operação no polo petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, chegaram a subir 11,96% (PNA) e 11,83% (ON). O valor de mercado da empresa chegou a R$ 41,8 bilhões, R$ 4,44 bilhões a mais do que na sexta-feira (27).
A LyondellBasell disse, na semana passada ao divulgar seu balanço, que teria interesse em comprar ativos petroquímicos. Agora, revelou-se que o potencial alvo seria a Braskem. Reportagem do norte-americano Wall Street Journal informou que o valor a ser pago pela companhia estaria "bem acima" de US$ 10 bilhões - uma referência ao valor de mercado da companhia, sem contar a forte valorização desta segunda-feira.
O interesse da companhia holandesa foi revelado em um momento em que uma sócia relevante da Braskem, a Petrobras, busca se desfazer de sua fatia na empresa. A estatal é dona de 36,1% do negócio, enquanto a Odebrecht tem 38,3% - o restante é negociado em Bolsa. Com a atual participação, a Odebrecht tem 51% do capital votante. Isso ampliaria sinergias caso um eventual negócio venha a ser fechado e também evitaria problemas com órgãos como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A LyondellBasell tem presença relevante nos Estados Unidos e foi fundada em 2007, quando a Basell International Holdings pagou US$ 12,7 bilhões pela americana Lyondell Chemical. O negócio deixou a nova empresa com US$ 20 bilhões em dívidas pouco antes da crise financeira global. Um ano após a fusão, a LyondellBasell teve falência decretada. Com informações do Estadão Conteúdo.