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consumo

- Publicada em 30 de Outubro de 2017 às 17:50

Após três meses de quedas, confiança do comércio cresce

Proximidade do Natal impacta positivamente nas empresas do setor

Proximidade do Natal impacta positivamente nas empresas do setor


/GILMAR LUÍS/arquivo/JC
Os empresários do comércio ficaram levemente mais otimistas em outubro, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Após três meses de quedas, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 0,3% em relação a setembro, alcançando 107,2 pontos, resultado acima da zona de indiferença (100 pontos).
Os empresários do comércio ficaram levemente mais otimistas em outubro, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Após três meses de quedas, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 0,3% em relação a setembro, alcançando 107,2 pontos, resultado acima da zona de indiferença (100 pontos).
Na comparação com outubro do ano passado, o indicador teve alta de 10,3%. "O comércio está otimista com a perspectiva de melhor desempenho das vendas no fim deste ano do que nos dois anos anteriores. Além disso, a recuperação gradual da atividade econômica e do consumo das famílias impulsiona aos poucos as vendas do comércio", avaliou Izis Ferreira, economista da CNC, em nota oficial.
O subíndice que mede a avaliação das condições correntes pelo comerciante registrou queda de 0,6% na passagem de setembro para outubro. Em relação a outubro de 2016, porém, o item cresceu 34,7%, com melhora para a economia (48,3%), setor (35,6%) e empresa (25,9%). Em outubro, 32% dos comerciantes consideraram o desempenho da economia melhor do que há um ano. No mesmo período de 2016, esse percentual era de apenas 18,1% dos entrevistados.
O Índice de Expectativas do Empresário do Comércio aumentou 0,3% em relação a setembro, para 150,3 pontos, o único subíndice do Icec acima da zona de indiferença. Na comparação com outubro de 2016 o avanço foi de 1,2%, com crescimentos nas perspectivas de curto prazo para o setor (1,5%) e para a própria empresa (2,0%). Já as expectativas para a economia tiveram ligeira piora de 0,2%.
Na avaliação de 80,7% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos seis meses à frente. Em setembro, esse porcentual era de 78,4%. Segundo a CNC, os preparativos para as festas de fim de ano impulsionaram o subíndice que mede as intenções de investimento do comércio. Houve elevação de 1,1% em outubro ante setembro.
Na comparação com outubro do ano passado, o subíndice cresceu 9,7%, com incrementos tanto na intenção de contratar (8,7%) quanto na de investir no próprio negócio (18,2%) e em estoques (3,9%).
Para 27,8% dos comerciantes consultados em outubro, o nível dos estoques está acima do que esperavam vender, proporção menor do que a apontada em setembro (28,5%). A CNC estima crescimento de 4,3% no volume de vendas do varejo no Natal de 2017, o primeiro aumento no período desde o Natal de 2014.

Com alta de 2,7% no mês, confiança do consumidor continua oscilando

Após um recuo de 3,1% em setembro, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) subiu 2,7% em outubro, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com isso, o indicador chegou a 101,2 pontos. "O Inec vem alternando variações positivas e negativas nos últimos meses, sem trajetória definida", considerou a entidade. Mesmo com a recuperação neste mês, o Inec ainda está 6,5% abaixo da sua média histórica. Em relação a outubro do ano passado, a queda no índice é de 3,1%.
Dentre os componentes do Inec, a expectativa dos consumidores em relação ao emprego aumentou 11,5% em outubro. Já as perspectivas dos entrevistados sobre o controle da inflação melhoraram em 7,3%.
A expectativa de melhora da renda pessoal também subiu 3,9% neste mês, assim como a avaliação dos consumidores sobre seu endividamento, cujo índice melhorou 0,7% em outubro.

Desempenho dos supermercados aumenta 4,58%, mostra Abras

Os supermercados brasileiros registraram crescimento real de vendas de 4,58% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, conforme o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O resultado desconta a inflação do período, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
No acumulado do ano até setembro, as vendas reais registram alta de 1,11% ante igual período do ano anterior. Em termos nominais, sem descontar a inflação, a alta foi de 7,25% em setembro ante igual mês de 2016. No acumulado do ano, as vendas nominais apresentam alta de 4,84%. A Abras manteve em 1,5% a expectativa de crescimento de vendas reais para o ano 2017. Os supermercados esperam um crescimento nominal de 8,34% nas vendas de final de ano em 2017 na comparação com o ano anterior, segundo dados da Pesquisa de Natal da Abras. Em termos reais, descontando-se a inflação, a expectativa é de crescimento de 0,27%.
O ânimo dos supermercadistas este ano está um pouco menor do que em 2016. No ano passado, a expectativa era de alta de 0,67% em termos reais. Considerando-se as vendas sazonais e não sazonais, o mês de dezembro do ano passado terminou registrando aumento real de 2,23% nas vendas. A avaliação da Abras é que a maioria dos empresários do setor está cauteloso com as vendas de final de ano, embora tenha havido um aumento no número de empresários otimistas. Em 2017, 54% dos supermercadistas entrevistados na pesquisa projetam estabilidade nas compras junto às indústrias e fornecedores, e 24% estão mais otimistas, e acreditam em vendas superiores em relação a 2016. No ano passado, esse percentual que acreditava no crescimento de vendas era de 16%.
Assim como no ano passado, as projeções dos supermercados indicam um Natal mais econômico para as famílias brasileiras. A expectativa é de que as vendas sejam maiores em categorias de produtos mais baratos, como frango e cerveja, ao mesmo tempo em que a expectativa é de queda em termos reais nas vendas de itens mais caros, como aves natalinas.
"O momento político e econômico ainda gera incertezas na população, que segue cautelosa em relação ao consumo, priorizando produtos mais baratos e de menor valor agregado. A retomada do crescimento não veio como gostaríamos em 2017", disse em nota o presidente da Abras, João Sanzovo Neto.
Apesar de alguns segmentos de consumo já apresentarem crescimento de vendas mais acelerado no Brasil - caso de bens discricionários como eletroeletrônicos - os supermercados ainda não enxergaram uma recuperação no volume de produtos vendidos. Dados da Nielsen apresentados pela Abras apontam que o setor acumula queda de 5,2% nas vendas em volume no ano até junho.