Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 26 de Outubro de 2017 às 22:09

Termelétrica de Rio Grande mobiliza Governo do Estado

Reunião do Piratini contou com a participação de dezenas de representantes políticos da região

Reunião do Piratini contou com a participação de dezenas de representantes políticos da região


/MARCO QUINTANA/JC
A defesa da implantação da termelétrica a gás natural liquefeito (GNL), planejada para ser construída em Rio Grande, será intensificada pelo governo gaúcho. O próprio governador José Ivo Sartori irá liderar uma missão de políticos a Brasília para debater com diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, a situação do empreendimento. A delegação partirá na terça-feira e também cumprirá compromissos no dia seguinte, quando estarão concentradas as principais agendas sobre o tema.
A defesa da implantação da termelétrica a gás natural liquefeito (GNL), planejada para ser construída em Rio Grande, será intensificada pelo governo gaúcho. O próprio governador José Ivo Sartori irá liderar uma missão de políticos a Brasília para debater com diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, a situação do empreendimento. A delegação partirá na terça-feira e também cumprirá compromissos no dia seguinte, quando estarão concentradas as principais agendas sobre o tema.
O projeto, que estava sob responsabilidade da gaúcha Bolognesi e está sendo repassado para a norte-americana New Fortress Energy, está ameaçado de não sair do papel, pois o órgão regulador alegou dificuldades por parte dos empreendedores em cumprir o cronograma da usina (operação em 2021) e revogou a outorga de autorização da térmica. Os investidores, recentemente, entraram com recurso na Aneel para tentar reverter a decisão. A usina é planejada para uma capacidade instalada de 1.238 MW - o que corresponde em torno de um terço da demanda elétrica do Rio Grande do Sul. O complexo prevê ainda a implantação de um terminal de GNL. Somadas, as estruturas absorveriam mais de R$ 3 bilhões.
Na tarde dessa quinta-feira, um encontro no Palácio Piratini reuniu dezenas de representantes políticos como deputados, prefeitos e vereadores de municípios da Metade Sul, além de secretários estaduais, do vice-governador José Paulo Cairoli e de Sartori. "É preciso o apoio de todos para não perdermos projetos e investimentos conquistados", enfatiza o governador. Sartori ressalta ainda que o empreendimento é importante para Rio Grande, mas fundamental para o Estado, principalmente, porque implicará uma nova fonte de gás natural, insumo que está com a sua oferta quase equivalente a sua demanda no Rio Grande do Sul. Durante a reunião, foi feito o convite para que os presentes manifestassem, mais adiante, o desejo de acompanhar o grupo governamental à capital federal.
O secretário de Minas e Energia, Artur Lemos Júnior, compara a articulação que está sendo feita ao esforço que o governo fez também quanto à transferência de um conjunto de obras de transmissão da Eletrosul para a Shanghai Eletric, outra iniciativa relevante para o setor elétrico gaúcho. Lemos reforça que o Estado precisará de várias fontes de suprimento de gás para garantir o seu desenvolvimento e cita, com o terminal de GNL, as opções do gás oriundo da carboquímica e do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol).
Na Aneel, a delegação gaúcha terá encontros com o diretor-geral, Romeu Rufino, e com o diretor André Pepitone da Nóbrega. Esse último, foi sorteado como relator do processo que avaliará a revisão ou não da revogação da outorga da usina e não participou da votação que puniu o projeto. O conselheiro do grupo Bolognesi Ricardo Pigatto considera a coesão da sociedade gaúcha como essencial para sensibilizar a Aneel e fazer com que o empreendimento deslanche. Representando a New Fortress Energy, Marco Tavares reforçou que, conseguindo o licenciamento ambiental até o final do ano, como é previsto, e superada a questão no órgão regulador, as obras deverão iniciar já no próximo ano. Nessa terça-feira, às 18h30min, será feita uma audiência pública no Centro de Ciências do Mar (Ccmar), em Rio Grande, para discutir a licença do terminal de regaseificação.
O prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer (PT), afirma que somente na construção da térmica deverão ser gerados 4,5 mil empregos diretos. "O complexo é relevante para a matriz elétrica nacional", frisa. O presidente da comissão especial em defesa da termelétrica da Câmara de Vereadores de Rio Grande, Jair Rizzo (PSB), compartilha dessa visão. Nesse sentido, a comissão e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Rio Grande está organizando um ato de vigília, que ocorrerá a partir de domingo, no terreno designado à implantação da termelétrica, localizado na BR--392, km 12, no Distrito Industrial do município. No dia 5 de novembro, também está prevista a realização de uma Missa Campal.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO