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Contas Externas

- Publicada em 26 de Outubro de 2017 às 20:13

Setor externo tem superávit de US$ 434 milhões no mês de setembro

Conta de viagens internacionais voltou a registrar dados negativos no mês passado, quando dólar subiu 0,66%

Conta de viagens internacionais voltou a registrar dados negativos no mês passado, quando dólar subiu 0,66%


/INFINITY BRASIL/DIVULGAÇÃO/JC
Após o déficit de US$ 302 milhões em agosto, o resultado das transações correntes ficou positivo em US$ 434 milhões em setembro, informou o Banco Central (BC), por meio da Nota do Setor Externo à imprensa. A instituição projetava para o mês passado superávit em conta de US$ 300 milhões. O resultado é o melhor para setembro desde 2007, quando houve superávit de R$ 481,5 milhões.
Após o déficit de US$ 302 milhões em agosto, o resultado das transações correntes ficou positivo em US$ 434 milhões em setembro, informou o Banco Central (BC), por meio da Nota do Setor Externo à imprensa. A instituição projetava para o mês passado superávit em conta de US$ 300 milhões. O resultado é o melhor para setembro desde 2007, quando houve superávit de R$ 481,5 milhões.
A estimativa do BC, atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, é de que o rombo externo de 2017 seja de US$ 16 bilhões. Para 2018, a projeção do BC é de déficit de US$ 30 bilhões.
A balança comercial teve saldo positivo de US$ 4,918 bilhões em setembro, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 2,879 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 1,995 bilhão. No caso da conta financeira, o resultado ficou no azul em US$ 945 milhões.
No acumulado do ano até setembro, o rombo nas contas externas soma US$ 2,706 bilhões. Já nos últimos 12 meses até setembro deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 12,646 bilhões, o que representa 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB).
A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 1,257 bilhão em setembro, informou o BC. A saída líquida representa um volume maior que os US$ 901 milhões que foram enviados em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos.
No acumulado de janeiro a setembro deste ano, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 14,247 bilhões. O total é superior ao registrado em igual período do ano passado, quando as remessas foram de US$ 12,158 bilhões. A expectativa do BC é de que a remessa de lucros e dividendos deste ano some US$ 23 bilhões. Para 2018, o cálculo é de US$ 25,5 bilhões.
O BC informou também que as despesas com juros externos somaram US$ 762 milhões em setembro, ante US$ 785 milhões em igual mês do ano passado. No acumulado do ano, essas despesas alcançaram US$ 17,256 bilhões, valor maior que os US$ 15,994 bilhões de igual período do ano passado. Para este ano, o BC projeta pagamento de juros no valor de US$ 23,5 bilhões. No caso de 2018, a cifra estimada é de US$ 20,5 bilhões.
A conta de viagens internacionais voltou a registrar déficit em setembro, informou o Banco Central. No mês passado, quando o dólar subiu 0,66% ante o real, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil foi de um saldo negativo de US$ 1,309 bilhão. Em igual mês de 2016, o déficit nessa conta foi de US$ 851 milhões.
O desempenho da conta de viagens internacionais foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 1,716 bilhão em setembro. Já o gasto dos estrangeiros em passeio pelo Brasil ficou em US$ 407 milhões no mês passado.
No acumulado do ano até setembro, o saldo líquido dessa conta está negativo em US$ 9,785 bilhões. Em igual período do ano passado, esse valor era de US$ 5,814 bilhões. Para 2017, o BC estima um déficit de US$ 13,5 bilhões para esta rubrica, mais que os US$ 8,473 bilhões de déficit registrados em 2016. No caso de 2018, a projeção do BC é de déficit de US$ 17,3 bilhões em viagens.

Taxa de rolagem de empréstimo captados no exterior ficou em 191%

O Banco Central (BC) informou que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 191% em setembro. Esse patamar significa que houve captação de valor em quantidade mais do que suficiente para rolar os compromissos das empresas no período. O resultado ficou acima do verificado em setembro do ano passado, quando a taxa havia sido de 77%.
De acordo com os números apresentados pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo, antes chamados de "bônus, notes e commercial papers", ficou em 289% em setembro. Em igual mês de 2016, havia sido de 10%. Já os empréstimos diretos atingiram 132% no mês passado, ante 149% de setembro do ano anterior.
No acumulado de 2017 até setembro, a taxa de rolagem total ficou em 101%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 148% e os empréstimos diretos, de 91% no período.

Investimento Direto no País soma US$ 6,339 bilhões revela BC

Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 6,339 bilhões em setembro, informou o Banco Central (BC), por meio da Nota do Setor Externo à imprensa. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de setembro indicaria entrada de US$ 5,8 bilhões. No acumulado de 2017 até setembro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 51,758 bilhões. Já a estimativa do BC para este ano, atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, é de US$ 75 bilhões de IDP. Para 2018, a expectativa é de US$ 80 bilhões.
No acumulado dos 12 meses até setembro deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 83,397 bilhões, o que representa 4,18% do Produto Interno Bruto (PIB).
O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 815 milhões em setembro, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 113 milhões.
No acumulado deste ano, o saldo está no azul em US$ 3,063 bilhões. Pelos cálculos do BC, o saldo das operações de investidores estrangeiros no mercado brasileiro de ações será positivo em US$ 3 bilhões em 2017.
Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou negativo em US$ 884 milhões em setembro e negativo em US$ 1,504 bilhão no acumulado do ano até o mês passado. Para 2017 e 2018, a estimativa do BC é de saldo neutro nas operações com renda fixa.
Em setembro do ano passado, as aplicações em renda fixa foram negativas em US$ 3,368 bilhões e, no acumulado de janeiro a setembro de 2016, negativas em US$ 18,920 bilhões. O saldo foi negativo em US$ 26,664 bilhões no ano passado.