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Turismo

- Publicada em 20 de Outubro de 2017 às 17:17

Demanda para o Caribe cai após furacão Irma

Algumas agências chegaram a registrar queda de 60% na busca por pacotes turísticos em navios

Algumas agências chegaram a registrar queda de 60% na busca por pacotes turísticos em navios


CIA MARÍTIMA/DIVULGAÇÃO/JC
O desastre natural que afetou as ilhas do Caribe obrigou companhias marítimas a mudarem de rota para manter as vendas de cruzeiros para a região. Devastadas após a passagem do furacão Irma, que alcançou a categoria 5 (o nível mais alto na escala Saffir-Simpson Hurricane Wind Scale), as ilhas Virgens Britânicas, Turcas e Caicos, Saint-Thomas, Saint-Martin, Saint-Maarten e Saint-Barth devem ser reconstruídas nos próximos meses.
O desastre natural que afetou as ilhas do Caribe obrigou companhias marítimas a mudarem de rota para manter as vendas de cruzeiros para a região. Devastadas após a passagem do furacão Irma, que alcançou a categoria 5 (o nível mais alto na escala Saffir-Simpson Hurricane Wind Scale), as ilhas Virgens Britânicas, Turcas e Caicos, Saint-Thomas, Saint-Martin, Saint-Maarten e Saint-Barth devem ser reconstruídas nos próximos meses.
Em algumas, há falta de água potável e energia elétrica para os moradores - de acordo com informações da Agência de Gerenciamento de Emergências e Desastres do Caribe -, enquanto outras tiveram resorts, hotéis e aeroportos destruídos. "Enquanto a região se recupera, a alternativa foi mudar o roteiro dos cruzeiros", observa a diretora da Operadora Personal, Jussara Leite.
"Fizemos uma mudança de rota mais preventiva para as viagens de dezembro a março, quando a situação do Caribe deverá estar minimizada", confirma o gerente de Vendas e Marketing para o Brasil da Costa Cruzeiros, Alex Calabria.
Com isso, os cruzeiros a bordo do Costa Deliziosa, com saídas de Fort Lauderdale (EUA), entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018, originalmente com escalas na ilha de Key West, ao Sul da Flórida, irão para Miami ou para a ilha de Grand Bahama, nas Bahamas.
"Nosso diferencial era justamente não sair de Miami, em vista de que a maioria dos cruzeiros se inicia lá", destaca Calabria. A mudança deve gerar interesse àqueles viajantes que gostam de realizar compras. "Além disso, o novo roteiro valoriza a parte mais virgem do Caribe." Em Miami, além de visitar outlets, os brasileiros que comprarem o cruzeiro poderão visitar praias e museus, as principais atrações do destino. "Em Grand Bahama, as praias apresentam águas cristalinas e a possibilidade de prática de esportes aquáticos como o mergulho", conta.
A demanda para a região caiu em 60% entre o público que costuma comprar na Operadora Personal, mesmo com a troca de roteiros, informa Jussara. O diretor da Cia. Marítima, Maurício Voss, também percebeu que, no período dos desastres (setembro e outubro), parte da demanda foi direcionada a outros destinos, principalmente no mar Mediterrâneo, entre a Europa e a África. Voss calcula que, no período do furacão, houve retração de 27% a 28% dos brasileiros que compraram com a Cia. Marítima.
Todos os anos, ocorrem furacões em setembro, outubro e meados de novembro na região, porém esses fenômenos não chegam a patamares tão elevados como os registrados por ocasião do Irma. "Em vista disso, os pacotes turísticos para a região são inclusive mais baratos", comenta Jussara. "Sempre têm estas destruições, mas, como a economia do Caribe está voltada ao turismo, e é questão de sobrevivência, os empresários do ramo precisam arrumar as cidades em pouco tempo, e em geral resolvem tudo em cerca de quatro meses", avalia Voss. "E há seriedade no restauro, feito com respeito e de forma honesta", completa.

Recuperação nos empreendimentos atingidos deve estar concluída até o fim do ano

Poucas cidades nas ilhas caribenhas estão inoperantes, de acordo com o diretor da Cia. Marítima, Maurício Voss. Apesar de muitas ilhas terem suas estruturas bastante danificadas, a maioria dos portos está funcionando, e os navios continuam se deslocando para o Caribe - o que muda são os destinos lá dentro, informa o gestor.
"Tem um hotel de luxo - o Le Toiny - que vai ser reaberto por volta de outubro de 2018, em Saint-Barth", comenta a diretora da Operadora Persona, Jussara Leite. Muitos empreendimentos estão fechados para reforma, mas, até o fim do ano, grande parte irá voltar a funcionar. "Em geral, a recuperação é rápida, e há alguns lugares onde o desastre não foi tão devastador." Nas Ilhas Turcas e Caicos, a Sandals Resorts fechou a sua unidade até o dia 14 de dezembro. Hotéis como Blue Haven, La Vele, e Alexandra Resort optaram por reavaliar as estruturas e abrir em meados de outubro. Ainda reabrirão em novembro Gansevoort, Somerset, Royal West Indies, Club Med e Parrot Cay.
"É um prejuízo muito grande, muitas empresas estão lá o ano todo, e estão deixando de levar visitantes e aquecer a economia em um momento muito complexo, tendo que desviar rotas", lamenta o gerente de Vendas e Marketing para o Brasil da Costa Cruzeiros, Alex Calabria.
Para Voss, ainda é atrativo embarcar para a região, não somente pela novidade de outros destinos inclusos. "Uma das grandes motivações de quem opta por um cruzeiro é conhecer os navios e suas estrutura, muitos com capacidade para cerca de 8 mil pessoas, contando a tripulação", observa, destacando que, além de gastronomia variada, há diversas atrações de entretenimento a bordo.
O gerente de Vendas e Marketing para o Brasil da Costa Cruzeiros informa que todas as rotas de sete noites a bordo do navio Costa Pacifica, com embarques em La Romana, na República Dominicana, entre janeiro e março de 2018, terão as escalas em Philipsburg (St. Maarten) alteradas para períodos de navegação em alto mar. Já o Costa Magica, mais votado ao público europeu, fará viagens de sete noites a partir do porto de Guadalupe, e substituirá as paradas em Tortola (Ilhas Virgens Britânicas), Philisburg (St. Maarten), St. Johns (Antigua) e Roseau (Dominica) por visitas às ilhas de Bonaire, Aruba, Curaçao e Granada ao longo dos meses de dezembro de 2017 e março de 2018.
Em geral, os passageiros conhecem, a cada dia, uma cidade diferente. No caso da Cia. Marítima, que tem escritório em Porto Alegre, todas as sextas, sábados e domingos há saídas para o Caribe, com embarques em destinos como a Cidade do Panamá (Panamá), Cartagena (Colômbia), Miami e Cabo Canaveral (EUA). Já os cruzeiros vendidos pela Personal (da MSC Cruzeiros) têm saídas aos sábados, com embarque em Miami.