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Empreendedorismo

- Publicada em 17 de Outubro de 2017 às 19:46

Um terço das empresas brasileiras têm dificuldades financeiras

Um terço das cerca de 17 milhões de companhias em atividade no Brasil passam por problemas financeiros. O dado faz parte de estudo da Serasa que analisou 150 variáveis de todas as companhias ativas no Brasil.
Um terço das cerca de 17 milhões de companhias em atividade no Brasil passam por problemas financeiros. O dado faz parte de estudo da Serasa que analisou 150 variáveis de todas as companhias ativas no Brasil.
As empresas foram agrupadas em sete categorias e 54 subgrupos, segundo análises estatísticas que permitiram encontrar características comuns entre elas. A Serasa avaliou critérios como idade, porte, endereço, experiência dos sócios, capital social, número de funcionários, pontualidade de pagamento, uso de crédito, entre outros.
As companhias incluídas no grupo das que passam por problemas têm risco de crédito médio e alto ou débitos em atraso. A maior parte delas é formada por microempresas (com faturamento de até R$ 360 mil ao ano) com problemas financeiros, que representam 6,33% do total de empresas do País. A Serasa também apontou que 2,63% das companhias brasileiras são microempresas em alto risco.
Outro subgrupo predominante entre as que tentam se reerguer é o das empresas que dependem do capital de seu sócio para se manterem ativas, 6,21% das companhias brasileiras. Em geral, são negócios cujos donos são das classes A e B, e que possuem rentabilidade baixa. Seguem no mercado pois são mantidas por economias de seus proprietários, diz Fernando Rosolem, gerente de serviços de marketing da Serasa Experian, diz considerar que empresas nessa situação, em que o dinheiro do dono se mistura com o do negócio, é de altíssimo risco.
"Parte desses empresários pode perder sua estabilidade financeira se a pessoa jurídica fragilizada afetar a pessoa física", diz. Rosolem aponta que o alto percentual de empresas com problemas se deve, em grande medida, à situação econômica ruim da economia brasileira. Porém, como é a primeira vez que o levantamento é feito, ainda não é possível quantificar seu impacto sobre as finanças das empresas.
A segunda categoria de maior abrangência foi chamada pela Serasa de "No Começo" e é formada por empresas com até cinco anos e, em, geral, com bons indicadores financeiros. Fazem parte dela 29,43% das companhias brasileiras. Ela é formada principalmente por jovens em ascensão (10,69% do total), o que inclui empreendedores com até 45 anos. São profissionais que, mesmo começando em momento de dificuldade, conseguiram bons resultados, diz Rosolem. Boa parte dessa alta participação de novos negócios na economia brasileira se deve a uma aceleração do empreendedorismo resultante da crise econômica e do desemprego no País.
Entre janeiro e agosto deste ano, por exemplo, foram abertas 1,5 milhão de novas empresas. O número é 10,5% superior ao registrado entre janeiro e agosto de 2016. A maior parte das novas companhias abertas no período (78,5%) é formada por microempresas individuais (MEIs). São empresas que, em geral, dependem de baixo investimento e pouca capacitação, diz Luiz Rabi, economista da Serasa.

Número de novos negócios cresce 5,1% no terceiro trimestre

O número de novas empresas registradas no Brasil cresceu 5,1% no terceiro trimestre ante o segundo trimestre, informou a Boa Vista SCPC, em levantamento feito a partir de dados da Receita Federal. No acumulado do ano até setembro, os registros avançaram 8,2% em relação a igual intervalo do ano passado.
O tipo de empresa que mais cresce é o do microempreendedor individual, conhecido pela sigla MEI, com expansão de 13,2% no acumulado do ano. As chamadas microempresas (ME) tiveram aumento de 2,8%. Os demais segmentos, que somam as empresas de médio e grande porte, tiveram, juntos, queda de 19,1%. O levantamento mostrou também que o setor de serviços ganhou representatividade, passando de 55,7% no acumulado do segundo trimestre para atuais 55,9%. O comércio, por sua vez, ficou estável em 34,7%. A indústria caiu de 8,6% para 8,1%, enquanto o agronegócio cresceu de 1,1% para 1,3%. As regiões Centro-Oeste e Norte foram as que mais avançaram no número de novas empresas, no acumulado do ano, com altas de 12,4% e 11,3%, respectivamente. As demais regiões tiveram avanços mais tímidos: Sul (10,8%), Sudeste (7,4%) e Nordeste (4,8%).