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Indústria

- Publicada em 16 de Outubro de 2017 às 22:22

Randon intensifica estratégia de crescimento internacional

Plantas em outros países e cidades aumentam a competitividade

Plantas em outros países e cidades aumentam a competitividade


/MAGR/DIVULGAÇÃO/JC
Em busca da meta de ter em torno de 30% do seu faturamento proveniente de vendas externas, as Empresas Randon, de Caxias do Sul (RS) investiram em torno de R$ 9 milhões na construção de novo parque fabril na China, na cidade de Pinghu, na Província de Zhejiang. A nova planta foi dimensionada em 15 mil m2 de área construída, o que representa mais do que o dobro da atual fábrica, que operará na mesma localidade, onde ocupava 6 mil m2. O anúncio foi feito ontem em São Paulo, durante o Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas (Fenatran), em encontro com a imprensa.
Em busca da meta de ter em torno de 30% do seu faturamento proveniente de vendas externas, as Empresas Randon, de Caxias do Sul (RS) investiram em torno de R$ 9 milhões na construção de novo parque fabril na China, na cidade de Pinghu, na Província de Zhejiang. A nova planta foi dimensionada em 15 mil m2 de área construída, o que representa mais do que o dobro da atual fábrica, que operará na mesma localidade, onde ocupava 6 mil m2. O anúncio foi feito ontem em São Paulo, durante o Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas (Fenatran), em encontro com a imprensa.
Os investimentos ainda contemplam novos equipamentos e incremento de 2,5 vezes na área de produção, que passa de 4.500 m2 para 11 mil m2, onde serão produzidas lonas e pastilhas de freio para veículos comerciais, e que gerará até duzentos novos empregos nos próximos anos. O objetivo da Fras-le é triplicar o faturamento na China em quatro anos. "É um desafio que a empresa decidiu enfrentar para crescer no mercado local e transformar a unidade em plataforma de exportação para os países da Ásia Pacífico", explicou Sérgio Lisbão Moreira de Carvalho, diretor-presidente da Fras-le e COO de Autopeças.
Com inauguração programada para 30 de novembro próximo, a nova Fras-le Ásia terá capacidade para produzir anualmente até 5 milhões de peças em pastilhas e até 10 milhões de unidades de lonas, num aumento gradual. Inicialmente serão 1,75 milhão de pastilhas e 4 milhões de lonas. A Fras-le atuava no mercado chinês desde 2001. A partir de 2006 passou a atendê-lo por meio de operação comercial fixada na China, até a instalação da fábrica em 2009.
Carvalho também informou sobre investimento na Colômbia, onde a empresa terá um Centro de Distribuição. E antecipou que a companhia avalia outras ações estratégias, incluindo planos de aquisição, com anúncios futuros.
No segmento de implementos rodoviários, o COO Divisão Montadoras, Alexandre Gazzi, confirmou para março do próximo ano o início das operações de joint-venture no Peru, a partir de acordo firmado com o grupo chileno Epysa. O mercado peruano, o terceiro maior na América do Sul no segmento de implementos, absorve de 5 mil a 6 mil unidades anuais. Será instalada uma fábrica em Lima para fabricação, montagem e venda de semirreboques da marca Randon, com capacidade para produzir até 1 mil unidades ao ano.
Gazzi adiantou que o atendimento aos mercados externos deverá seguir esta estratégia, considerando questões logísticas e de custo. "Não dá mais para continuar produzindo tudo em Caxias do Sul e mandando para estes mercados. Precisamos nos tornar mais competitivos", observou.
O COO também anunciou a retomada das obras da nova fábrica em Araraquara (SP) para produção de modelos canavieiro e basculante, além de vagões ferroviários. O início operacional está programado para o primeiro semestre de 2018. O projeto, que foi interrompido por um tempo em função da crise, não sofreu mudanças, sendo mantida a construção de 25 mil m2. A empresa já investiu R$ 70 milhões em terraplenagem e edificações, de um total estimado de R$ 100 milhões até a conclusão. Para esta primeira etapa serão recrutados 120 trabalhadores para as funções de montador soldador, pintor e almoxarife.

Expectativa de crescimento da companhia é de até 10%

O diretor-presidente das Empresas Randon, David Randon, projetou, para o próximo ano, expansão de 5% a 10% nos negócios, dependendo do segmento. Acredita que o primeiro semestre será mais intenso, pois o segundo ainda é uma incógnita em função das eleições. Para 2017, estima desempenho semelhante ao do ano passado.
Para Randon, medidas já adotadas, como redução de juros, definição de políticas de financiamento por parte do Bndes e aprovação da reforma trabalhista, são essenciais para a retomada da economia. Mas reconhece que é preciso avançar, como na questão da Previdência. "Acredito que à frente o crescimento seja mais rápido. Tem investidor querendo trazer recursos para o Brasil, mas segue cauteloso", observou.
Na avaliação de Sérgio Carvalho, a possível polarização entre esquerda e direita ainda preocupa o mercado. Segundo ele, a expectativa é por um candidato de bom senso. Para Alexandre Gazzi, parte da ressaca atual deve-se à política de anos anteriores de injetar esteroides na economia. Por conta disso, equipamentos adquiridos no passado só agora começam a ser usados. "O consumo doméstico ainda está muito baixo. Já o agronegócio tem tido comportamento positivo", observou.