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Conjuntura Internacional

- Publicada em 15 de Outubro de 2017 às 20:23

PIB global deverá se fortalecer, afirma FMI

Comitê Financeiro e Monetário Internacional reuniu-se em Washington

Comitê Financeiro e Monetário Internacional reuniu-se em Washington


/STEVE JAFFE/AFP/JC
O comunicado do 36º encontro do Comitê Financeiro e Monetário Internacional (IMFC, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional (FMI), encerrado neste sábado em Washington, destaca que continua a elevação da atividade da economia global, à medida que os países membros da instituição se esforçam para gerar crescimento maior, sustentável e com uma base mais ampla. Segundo o documento, "a perspectiva é de fortalecimento, com uma notável retomada do investimento, comércio e produção industrial, junto com alta da confiança".
O comunicado do 36º encontro do Comitê Financeiro e Monetário Internacional (IMFC, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional (FMI), encerrado neste sábado em Washington, destaca que continua a elevação da atividade da economia global, à medida que os países membros da instituição se esforçam para gerar crescimento maior, sustentável e com uma base mais ampla. Segundo o documento, "a perspectiva é de fortalecimento, com uma notável retomada do investimento, comércio e produção industrial, junto com alta da confiança".
Para o IMFC, contudo, a retomada da economia mundial não está completa, com a inflação abaixo da meta em muitos países avançados e o potencial de crescimento ainda fraco em outras nações. O comunicado aponta que "os riscos de curto prazo estão amplamente balanceados, mas não há espaço para complacência" porque riscos de médio prazo podem pressionar o PIB global para baixo e as tensões geopolíticas estão crescendo.
Segundo o Comitê, a bem vinda recuperação da economia global cria "uma janela de oportunidade para atacar desafios fundamentais de políticas" e reduzir riscos de queda da atividade mundial. Para isso, é necessário assegurar a adoção de mecanismos de proteção e maximizar retornos de reformas estruturais, a fim de elevar o potencial de crescimento.
O IMFC destacou que os países membros reforçaram o compromisso de alcançar um crescimento forte, sustentável e rico na geração de empregos. "Para este fim, nós empregaremos todos os instrumentos de políticas - monetária, fiscal e estrutural - de forma individual e coletiva."
Segundo o IMFC, fortes fundamentos econômicos, políticas robustas e sistema monetário internacional resiliente são essenciais para a estabilidade de taxas de câmbio, o que contribui para robusto e duradouro ciclo de crescimento e investimentos. "Taxas de câmbio flexíveis, sempre que possível, podem servir de amortecedores de choques", ressaltou o comitê. "Reconhecemos que excessiva volatilidade ou movimentos desordenados de taxas de câmbio podem ter implicações adversas para a estabilidade econômica e financeira", apontou o IMFC. "Ficaremos afastados de desvalorizações competitivas e não empregaremos a taxa de câmbio para propósitos competitivos."
Para o IMFC, em muitos países a "política monetária deve continuar acomodatícia, enquanto a inflação ainda está abaixo da meta" e onde há hiato do produto. A administração da taxa básica de juros, contudo, deve ser acompanhada por outras medidas. "A política fiscal deve ser empregada de forma flexível e amigável ao crescimento", ao mesmo tempo em que fortalece resiliência, evita o caráter pró-cíclico e assegura que a dívida pública como proporção do PIB está em trajetória sustentável.
O Comitê também salientou sua disposição de continuar a tornar mais forte a resistência do setor financeiro, incluindo o combate a problemas atuais em algumas economias avançadas e a vulnerabilidades em alguns países emergentes, bem como "monitorar potenciais riscos financeiros associados com as prolongadas taxas de juros baixas."
Os países membros do Comitê assumiram ainda o compromisso de implementar medidas domésticas para desenvolver as habilidades técnicas de trabalhadores e fortalecer a inclusão, para que "os ganhos de progresso tecnológico e integração econômica sejam amplamente compartilhados. "Fortaleceremos a governança para aumentar a credibilidade de instituições e elevar o apoio a reformas necessárias para elevar crescimento e (promover) o ajuste a um rápido ambiente de mudanças."

Pressão dos EUA pode afetar China, Alemanha e asiáticos

A pressão exercida pelos Estados Unidos neste sábado sobre o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial pode afetar diversos países, como China, Alemanha, Coreia do Sul, Tailândia e Cingapura. Em seu discurso neste sábado, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, declarou que gostaria de ver o FMI sendo um "defensor mais contundente" do crescimento global por meio da imposição de vigilância mais rigorosa das políticas econômicas que vêm sendo buscadas pelos países membros da entidade, assim como examinando mudanças que precisam ser feitas por países com grandes excedentes comerciais.
Mnuchin também exortou o Banco Mundial a reduzir a quantidade de empréstimos concedidos aos países de renda média que arrecadam receita significativa por conta própria, dizendo que os programas do banco devem ser adaptados para ajudar a completa transição desses mutuários a operarem sem a assistência do doador.
Apesar de não ter mencionado a China, as duas causas se aplicam à segunda maior economia do mundo, que recebe o maior volume de empréstimos do Banco Mundial e tem um dos maiores excedentes comerciais globais. Outros países com renda per capita semelhante à da China e que recebem volume significativo de recursos do Banco Mundial são o México, a Turquia e a Argentina. Já a Alemanha, a Coreia do Sul, a Tailândia e a Cingapura estão entre os países que o FMI afirma terem os excedentes comerciais mais distorcidos e que, poderiam sentir maior pressão.

Países devem aproveitar crescimento para fazer reformas, diz Lagarde

Ao encerrar o encontro anual do FMI (Fundo Monetário Internacional), a diretora-gerente do fundo, Christine Lagarde, disse, no sábado, que é hora de os países aproveitarem o bom momento da economia global para fazer as "reformas estruturais que são complicadas de fazer em tempos difíceis".
"Quando o sol está brilhando mais, é que precisamos consertar o telhado", disse Lagarde a jornalistas após se encontrar com os chefes das delegações dos 189 países-membros, entre eles o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "Acho que cada país aqui presente vai voltar para casa olhando para a sua própria casa, olhando que parte do telhado precisa de um conserto melhor, se é a política fiscal, política monetária", completou a diretora-gerente.
O FMI prevê crescimento de 3,6% para este ano e 3,7% para 2018 - ambos foram elevados em 0,1 ponto percentual em relação às previsões anteriores.