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LITERATURA

- Publicada em 15 de Outubro de 2017 às 22:26

Rei do suspense, Stephen King lança novo livro

Nova produção de Stephen King foi escrita em parceria com um dos filhos

Nova produção de Stephen King foi escrita em parceria com um dos filhos


SHANE LEONARD/DIVULGAÇÃO/JC
"Minha mulher achou o manuscrito na lata de lixo. Leu e entregou de volta para mim. Pediu que eu não desistisse daquela história, porque era muito boa." O manuscrito em questão era um esboço de Carrie, a estranha, e quem conta o episódio é o escritor americano Stephen King, de 70 anos, que já vendeu mais de 400 milhões de livros no mundo. Carrie foi o primeiro que lançou, em 1974.
"Minha mulher achou o manuscrito na lata de lixo. Leu e entregou de volta para mim. Pediu que eu não desistisse daquela história, porque era muito boa." O manuscrito em questão era um esboço de Carrie, a estranha, e quem conta o episódio é o escritor americano Stephen King, de 70 anos, que já vendeu mais de 400 milhões de livros no mundo. Carrie foi o primeiro que lançou, em 1974.
A importância de Tabitha Spruce na vida de King, com quem está casado há 46 anos, e das mulheres, fica evidente no novo livro do escritor, redigido em parceria com o filho caçula, Owen King - trata-se de Belas adormecidas, que será lançado no Brasil nesta semana.
"Um dia perguntei ao meu pai o que achava da ideia de um livro em que, em um dia qualquer, todas as mulheres do mundo não acordassem. Eu queria que ele escrevesse, ele se recusou. Ficamos com a ideia nos rondando por um tempo e então veio a ideia de escrevermos juntos. Mas não tínhamos ainda personagens, era só uma ideia engraçada", conta o filho.
King, por outro lado, tece elogios ao rapaz. "Owen já tinha uma coisa bem mais formatada, que é a combinação da ideia das mulheres que não acordam com o cenário de uma prisão feminina", explica o autor.
Como em praticamente todos os 56 romances e mais de 200 contos de Stephen King, a ação se passa em uma cidadezinha. "Um microcosmo reflete o macrocosmo. Você pode usar um lugar pequeno para falar de tudo", justifica o autor.
King fala muito sobre a presença feminina em sua vida. Ele foi criado pela mãe. Quando tinha dois anos, seu pai saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou. Em sua vida profissional, elas também tiveram papel fundamental. "Quando comecei a publicar livros, vi que as mulheres eram aquelas que faziam as coisas acontecerem nas editoras."
Belas adormecidas mostra as mulheres pegando no sono e não despertando mais. Fios crescem rapidamente de suas cabeças e formam casulos em torno de seus crânios. Os homens se revoltam com a situação, em desdobramentos violentos e desesperados.
A dupla de autores ri diante da pergunta: seria possível escrever um livro em que os homens caíssem no sono eterno? "Acho improvável", responde Owen. King pega mais pesado: "Impossível. Vejo os homens agressivos, confrontadores. Veja Donald Trump e o ditador da Coreia do Norte. Uma briga louca de machos alfa. Se todos os homens dormissem, acho que as mulheres trabalhariam muito bem juntas. Não haveria confronto, não haveria história".

Clássicos com material extra

Stephen King está com uma nova série de publicações no Brasil. O selo Suma de Letras iniciou a Biblioteca Stephen King com três volumes. A proposta é reimprimir os livros mais destacados do escritor, com tratamento visual diferenciado, de capa dura, e inclusão de material inédito complementar. Assim, há novidades até para quem já leu e releu os volumes iniciais: O iluminado (1977), Cujo (1981) e A hora do lobisomem (1983).
O iluminado (R$ 64,90, 520 págs.) traz Jack Torrance, um escritor alcoólatra que aceita ser zelador do hotel Overlook durante o inverno. Isolado pela neve, ele, a mulher e o filho são aterrorizados por forças malignas que habitam o local. A edição tem o mais atraente material extra desse lote inicial da coleção. O manuscrito original continha um prólogo e um epílogo - que narravam a história do hotel Overlook e foram cortados da versão final. O prólogo foi publicado em 1982, na revista americana Whispers, mas o epílogo foi dado como perdido até que reapareceu em um manuscrito. Os dois textos estão na nova versão.
Cujo, que envolve um cão são-bernardo de 90 quilos que ameaça um garoto e sua mãe, tem como material extra uma entrevista do autor à revista The Paris Review. A trama de A hora do lobisomem gira em torno do mito do homem que se transforma em lobo. O original conta com ilustrações de Bernie Wrightson, grande nome dos gibis. Como bônus para esta edição, quatro ilustradores fazem suas versões para alguns de seus desenhos: Giovanna Cianelli, Rafael Albuquerque, Rebeca Prado e Lucas Pelegrineti. O quarto volume, A incendiária (1980), sai no próximo ano.