Entidades que representam aposentados e pensionistas de todo o País lançaram, na sexta-feira, em Galinhas, Pernambuco, o senador gaúcho Paulo Paim (PT) ao Palácio do Planalto, no congresso anual da maior confederação de aposentados da América Latina, representando 33 milhões de aposentados e pensionistas, a Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos) e suas 23 federações afiliadas. "A entidade quer liderar o maior movimento de renovação política já visto no Brasil", disse Warley Martins Gonçalles, presidente da entidade.
O garimpo dos prefeitos
O prefeito Claudimiro Fracasso (PT) (foto), de Ibiaçá, uma cidade de 4.970 habitantes, distante 336 quilômetros de Porto Alegre, como centenas de outros prefeitos de todo o País, esteve, na última semana, em Brasília, garimpando verbas das emendas parlamentares e se habilitando para receber recursos do governo federal. O prefeito retornou ao seu município esperançoso com os contatos que fez. "Buscamos as emendas parlamentares que, depois, em fevereiro, elas se individualizam, para os municípios, são as chamadas emendas guarda-chuvas", explicou. Segundo Fracasso, "nos encontramos, numa situação que chega a ser caótica, onde todo o recurso que arrecadamos, a maioria dos municípios do Brasil, praticamente é gasto em custo".
Políticas públicas
"A gente não tem recursos para investimento." O que sobra, agora, para os prefeitos, afirma o prefeito de Ibiaça, "é bater na porta do governo, nos ministérios e nos gabinetes dos parlamentares para que a gente possa, com orçamento apertado e na situação caótica, esperar que esses recursos se consolidem em 2017 para que possamos realizar os sonhos, que são as políticas públicas". Numa avaliação superficial, afirmou o prefeito Claudimiro Fracasso, "acho que estamos bem perto do que a gente esperava diante da situação econômica e política. Acreditamos que fizemos uma boa semana e conseguimos encaminhar projetos importantes, em áreas fundamentais para o município: Mobilidade Urbana, Turismo e Agricultura", concluiu o prefeito, externando o sentimento da maioria dos prefeitos brasileiros.
Trabalho escravo
O presidente Michel Temer (PMDB) admite que pode fazer mudanças na portaria do trabalho escravo. A norma recebeu críticas de vários setores e da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ela pediu que, em 10 dias, o governo se pronuncie. Os ajustes só deverão ser feitos após a votação de quarta-feira, na Câmara dos Deputados, da segunda denúncia contra Temer.
Curtas
- Os deputados federais petistas gaúchos Pepe Vargas e Maria do Rosário apresentaram projeto de decreto legislativo para sustar a portaria do governo sobre trabalho análogo ao escravo.
- O deputado Covatti Filho (PP) apresentou projeto de lei "para dispor sobre os critérios de limites máximos de resíduos de agrotóxicos em produtos vegetais in natura".