Calote dos estados

Estes calotes dos estados de R$ 2,61 bilhões (Jornal do Comércio, edição de 17/10/2017) são um jogo de cartas marcadas. Os estados e prefeituras não pagam, o governo federal banca o valor e se esconde atrás do Supremo Tribunal Federal, que é seu fantoche, e que dá uma liminar (combinada) para os estados não terem as garantias executadas. Tudo com o aval tácito do governo, que usa este expediente para livrar sua cara perante o mercado e a sociedade. No final quem vai pagar todos estes calotes, será quem aplica em CDBs, fundos, LCIs, LCAs, Tesouro Direto, PGBLs, VGBLs, e outros produtos financeiros, quando o governo federal der o calote da dívida pública, que já está mais de 80% do PIB. E isto deverá ocorrer num futuro próximo, dentro de no máximo cinco a sete anos. (Rafael Alberti Cesa, Caxias do Sul)

Existem coisas que contrariam tanto os primados da lógica, que podem ser classificadas como um verdadeiro estupro a razão. Todos sabemos que o presidente Michel Temer (PMDB) não é santo e, por isso, será submetido a um julgamento no Congresso Nacional, pela segunda vez, sobre denúncia feita pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a partir de delação premiada de Joesley Batista & Cia. Isso é correto? Diria que sim. Ninguém está acima da lei. Entretanto, meu raciocínio entra em conflito quando penso que o então presidente Lula (PT) não foi sequer indiciado no esquema do mensalão, maior escândalo de corrupção da história republicana, mesmo que todos soubessem que o "quartel-general" da quadrilha comandada por José Dirceu (PT), chefe da Casa Civil e braço direito do presidente da República, estava instalado numa antessala do gabinete presidencial. Afinal, o que é mais grave, o mensalão ou denúncias de Janot contra Temer, com base na delação de Joesley? (Lino Tavares, jornalista)

Dá nojo ouvir as mesmas denúncias sobre corrupção em órgãos públicos. É uma metástase que se alastrou em diversos setores. Uma vergonha nacional. (Gilmar Pettersen Robalis, Porto Alegre)

Também gostava dos Beatles. Agora, ficar acampando diante do Beira-Rio para ver apenas um dos seus ex-integrantes me parece fanatismo. E olha que eu sou da geração, em idade, que acompanhou toda a trajetória dos Beatles, até eles encerrarem a parceria, em 1970. Mas gosto não se discute, assim como gritar Fora Temer em um show com um cantor inglês que nem deve saber quem é o presidente do Brasil. Bonito mesmo, para muitos brasileiros, é aquele circo montado há séculos em Londres, para turista latino ver, com monarquia, princesas, reis e rainhas, não? (Natália de Marquez, Porto Alegre)