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Operação Lava Jato

- Publicada em 07 de Setembro de 2017 às 23:02

Ex-presidente Lula diz que está 'decepcionado' com o ex-ministro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quinta-feira, que está "muito decepcionado" com o ex-ministro Antonio Palocci (PT). Negando o teor das declarações, Lula se queixou, em conversas, de expressões usadas em seu depoimento, como "pacto de sangue" e "propina".
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quinta-feira, que está "muito decepcionado" com o ex-ministro Antonio Palocci (PT). Negando o teor das declarações, Lula se queixou, em conversas, de expressões usadas em seu depoimento, como "pacto de sangue" e "propina".
Segundo petistas, já havia a expectativa de que Palocci buscasse um acordo de delação premiada. Mas Lula ficou abalado com os termos empregados.Amigos lembram que Lula costuma justificar o depoimento do empresário Léo Pinheiro, argumentando que ele é um homem de idade avançada e sofreu forte pressão. A justificativa, porém, não se aplica a Palocci, "que foi rápido demais" e teria se limitado a ataques.
Em uma tentativa de estimular os petistas com quem conversou, Lula afirmou que manterá sua agenda política. A programação de viagens é, para petistas, uma tentativa de reanimar o ex-presidente. Antes de sair em caravana pelo Nordeste no mês passado, Lula disse a aliados que não suportava mais ter sua agenda consumida por reuniões com seus advogados de defesa.

Palocci mentiu e depoimento dele é 'ficção', afirma Dilma Rousseff

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse, em nota, que o ex-ministro Antonio Palocci (PT) mentiu em depoimento ao juiz Sérgio Moro, nesta quarta-feira, ao afirmar que a Odebrecht foi beneficiada ao ganhar a concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
No depoimento, Palocci contou que a Odebrecht selou um "pacto de sangue", pelo qual o grupo tornou disponível uma propina de R$ 300 milhões para o PT, na passagem do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) para a gestão de Dilma (2011-2016) na presidência. O acordo, segundo Palocci, foi proposto por Emílio Odebrecht, porque ele temia ter uma relação difícil com Dilma, diferentemente do que ocorria com Lula.
A concessão do aeroporto do Galeão para a Odebrecht teria sido uma espécie de compensação pelo fato de a OAS ter ganho o direito de administrar o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), ainda de acordo com Palocci.
"O ex-ministro declarou perante a Justiça Federal que a decisão do governo Dilma de não permitir que um consórcio ou empresa ganhasse mais de um aeroporto foi criada pela presidenta eleita para beneficiar diretamente a Odebrecht. Isso é uma mentira!", disse Dilma.