Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 07 de Setembro de 2017 às 22:31

Divergências colocam quadros do PP em choque em Porto Alegre

Gustavo Paim acredita em consenso dentro do partido

Gustavo Paim acredita em consenso dentro do partido


LUCIANO LANES/PMPA/JC
Carlos Villela
Pela primeira vez em mais de 30 anos com um integrante do partido dentro do Paço Municipal, o PP está diante de uma espécie de polarização. O vice-prefeito Gustavo Paim (PP), também secretário de Relações Institucionais, tem a missão de não apenas fazer a ponte entre vereadores independentes e da base e a prefeitura, como vai precisar lidar com colegas de partido que já manifestaram visões divergentes de projetos do Executivo.
Pela primeira vez em mais de 30 anos com um integrante do partido dentro do Paço Municipal, o PP está diante de uma espécie de polarização. O vice-prefeito Gustavo Paim (PP), também secretário de Relações Institucionais, tem a missão de não apenas fazer a ponte entre vereadores independentes e da base e a prefeitura, como vai precisar lidar com colegas de partido que já manifestaram visões divergentes de projetos do Executivo.
"O PP é governo, não tem nem como fazer uma divisão", afirma categoricamente. Conciliador, Paim diz que muitas dessas opiniões são preliminares e que divergências são normais. Ele ressalta que o projeto do IPTU será analisado a fundo, e os vereadores demonstram engajamento para a discussão.
Paim, visto por vereadores da base como aberto ao diálogo e de fácil acesso, diz ter "confiança" que se atingirá um consenso a respeito do tema. Segundo o vice-prefeito, não existe um outro cenário senão o PP como aliado do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB).
O tucano tem na Câmara uma base pequena: um vereador do PSDB, um do Pros, quatro do PP, quatro do PTB e um do SD. Portanto, os votos do PP são importantes para a aprovação de quaisquer projetos do Executivo. Mesmo Paim sendo o primeiro quadro desde João Dib a fazer parte da chapa que lidera a prefeitura, a sigla também integrou as administrações municipais de José Fogaça (PMDB) e José Fortunati (PDT) - da última, o presidente municipal do partido, ex-vereador Kevin Krieger, foi líder na Câmara. Krieger foi o coordenador da campanha de Marchezan ao Paço Municipal, e, após a eleição, era visto como o "homem forte" do prefeito. O título, contudo, durou pouco. O então secretário de Relações Institucionais passou a se sentir desprestigiado e ignorado pelo prefeito, levando à sua saída em maio.
Na Câmara, o discurso da bancada é de respeito à democracia interna e às divergências pessoais. É por isso que Cassiá Carpes pode, mesmo estando na base, se posicionar contra projetos de interesse do Executivo. O vereador, que está no PP desde 2015, votou contra o aumento da alíquota de contribuição do Previmpa e se posicionou contra o projeto de mudanças no transporte público. "Isso é dar uma carta branca ao prefeito. Se votarmos a favor do IPTU, nunca mais vamos segurar esse freio", diz Cassiá. Ele já havia discursado na tribuna, na quarta-feira passada, sobre como algumas pessoas achavam que ele não integrava a base, mas ele diz que "nós votamos muita coisa boa pelo governo, mas ele não diz. Ele chega lá e cobra de nós que temos que votar o IPTU. Se o governo não conversa, não vai passar".
Ele é a favor da cobrança de IPTU no caso de estabelecimentos comerciais em estádios de futebol, mas diz que o projeto deve ser mais específico e analisar mais profundamente as particularidades de clubes esportivos e sociais. "Mandem o projeto separando o joio do trigo que aprovamos", diz Cassiá.
Segundo secretário do PP a sair do governo, Ricardo Gomes foi eleito vereador, mas atendeu ao chamado de Marchezan para assumir o Desenvolvimento Econômico, pasta que deixou após divergir sobre o IPTU. Mônica Leal, líder da bancada, já alertou Krieger e o presidente estadual do partido, Celso Bernardi, que, da forma como foi apresentado o projeto do IPTU, ela não encaminharia aos colegas de sigla uma indicação pela aprovação.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO