A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou, na sexta-feira, a suspensão da comercialização de 41 modalidades de planos de saúde de dez operadoras. A medida é consequência de reclamações feitas por clientes, durante o primeiro trimestre, quanto à cobertura assistencial, como recusa ou demora no atendimento.
As operadoras deverão continuar a assistir os mais de 175 mil usuários atendidos pelos 41 planos suspensos, sob pena de serem multadas. "Para voltar a comercializar esses planos para novos clientes, as operadoras precisam antes resolver os problemas assistenciais", explica a diretora de Normas e Habilitação de Produtos da ANS, Karla Coelho. "Com isso, buscamos incentivar as empresas a melhorar o acesso do cidadão aos serviços contratados", completa.
Paralelamente à suspensão, 33 planos de 13 operadoras que conseguiram melhorar o atendimento estão sendo reativados neste ciclo. "Esses planos demonstraram que houve melhoria na assistência, por isso estão sendo liberados para comercialização a novos clientes", destaca a diretora.
No segundo trimestre deste ano, a ANS recebeu 15.002 reclamações de natureza assistencial pelos seus canais de atendimento. Desse total, 13.400 queixas foram consideradas para análise pelo Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento. No período, 91% das queixas foram resolvidas pela mediação feita pela ANS via Notificação de Intermediação Preliminar (NIP), o que garantiu a solução do problema a esses consumidores com agilidade.
Os planos suspensos são comercializados pelas empresas Unimed-Rio Cooperativa; Unimed Norte/Nordeste; Caixa de Assistência à Saúde (Caberj); Green Life Plus; Salutar Saúde Seguradora; GS Plano Global de Saúde; Sociedade Assistencial Médica e Odonto cirúrgica (Samoc); Sociedade Cooperativa Cruzeiro; Associação Auxiliadora das Classes Laboriosas; e Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde (Capesesp). A lista completa está disponível no site da ANS (
http://www.ans.gov.br).