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EVENTO

- Publicada em 14 de Setembro de 2017 às 10:53

Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul foca na troca de experiências

 Mais de 3 mil pessoas, entre profissionais e estudantes, acompanham o evento

Mais de 3 mil pessoas, entre profissionais e estudantes, acompanham o evento


CLAITON DORNELLES /JC
A XVI Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul foi aberta nesta quarta-feira, em cerimônia realizada em Gramado, na Serra Gaúcha. O evento é promovido pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), pelo Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS) e pela Academia de Ciências Contábeis do Rio Grande do Sul (ACCRGS), e ocorre pela primeira vez junto com o Encontro Nacional da Mulher Contabilista, na sua 11ª edição, ambos com duração até esta sexta-feira. No total, mais de 3 mil pessoas, entre contadores, técnicos em contabilidade e estudantes, participam das palestras, workshops, oficinas, painéis e da feira de negócios, a fim de trocar experiências e informações acerca da carreira na área contábil.
A XVI Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul foi aberta nesta quarta-feira, em cerimônia realizada em Gramado, na Serra Gaúcha. O evento é promovido pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), pelo Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS) e pela Academia de Ciências Contábeis do Rio Grande do Sul (ACCRGS), e ocorre pela primeira vez junto com o Encontro Nacional da Mulher Contabilista, na sua 11ª edição, ambos com duração até esta sexta-feira. No total, mais de 3 mil pessoas, entre contadores, técnicos em contabilidade e estudantes, participam das palestras, workshops, oficinas, painéis e da feira de negócios, a fim de trocar experiências e informações acerca da carreira na área contábil.
O presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS), Antônio Palácios, destacou em seu discurso de abertura do evento a importância da capacitação da classe e do encontro, que chega na sua 16ª edição. "Entendemos e defendemos que o grande mérito é a educação continuada. A capacitação da classe é o que dará condição da sociedade nos ver como realmente somos. Quem vai fazer com que a sociedade valorize o nosso trabalho somos nós, pela qualidade do serviço que prestarmos. Haverá a certeza de que podemos entregar muito mais do que fazemos. Será valorizado quando mostrarmos a capacidade e a qualidade do trabalho. Quem está aqui tem a consciência disso, por todo conhecimento que irá adquirir", afirmou.
O dirigente também ressaltou a expectativa por parte dos profissionais em participar da Convenção, que se tornou referência na área. "Tivemos a alegria de contar com a união do Encontro da Mulher Contabilista, em âmbito nacional. Nosso evento tem uma tradição na nossa área e o desafio ao criar a ciclo de palestras foi atender os públicos de ambos", disse Palácios. No entendimento da liderança do CRCRS, a escolha de temas com foco na prática, e não apenas em quesitos técnicos, torna o período do encontro mais produtivo. "O ponto fundamental que eu considero é o aspecto diferenciado da convenção do Rio Grande do Sul. Passamos todo o ano fazendo programação de natureza técnica. Aqui, queremos muito mais a integração da classe, o compartilhamento de ideias do que propriamente um momento de capacitação para eles", destacou.
Ainda durante a cerimônia de abertura, foi concedida a placa Mérito Contábil, entregue a cada edição da Convenção de Contabilidade. Neste ano, a honraria foi designada ao técnico em contabilidade Rubilar José Bernardes, considerado uma das principais lideranças da área no Estado.
Diante de um cenário de incertezas sob o aspecto político e econômico do Brasil, a ideia dos organizadores também é conscientizar os participantes da Convenção de Contabilidade e do Encontro da Mulher Contabilista sobre seu papel à frente das empresas. O cenário contábil vem se adaptando às novas demandas de um mercado cada vez mais exigente e, na visão de Palácios, é primordial estar atento a essas mudanças. "Estamos debatendo a transparência, inovação e tecnologia e obrigações que o governo impõe através da fiscalização. A nossa convenção é o melhor momento para trazermos esses temas à tona", ressaltou o dirigente.
A programação do evento é baseada em temas de ampla discussão, como as reformas propostas pelo governo federal. Estão em pauta as mudanças nas áreas tributária e previdenciária, que gerarão impacto direto na rotina das empresas e da apuração contábil. Temas como a importância do meio digital no trabalho do contador também estão em evidência, com o intuito de conscientizar o profissional acerca da necessidade de se manter atualizado sobre as novidades.
Além disso, há abordagem sobre matérias como segurança pública, a presença da mulher no ambiente corporativo e também questões técnicas, como normas brasileiras e internacionais da contabilidade, atualizadas recentemente.
Na quarta-feira, foram realizados seis eventos, incluindo uma sessão de cinema temática e comentada; e, até sexta-feira, estão programadas outras 16 atividades, divididas em dois auditórios. Em paralelo às palestras, há ainda a feira de negócios, com a oferta de produtos e serviços ligados à contabilidade.

Mulheres ganham espaço para debater a profissão com a realização de encontro nacional

Criado em 1991, com a primeira edição sendo realizada no Rio de Janeiro (RJ), o Encontro Nacional da Mulher Contabilista desembarca no Rio Grande do Sul pela primeira vez. Assim como a Convenção de Contabilidade, o evento é bianual e já esteve em outras 10 cidades do Brasil antes de chegar a Gramado. Em edições passadas, a média de participantes atingiu a marca de 2 mil pessoas, sem necessariamente haver a associação com outro acontecimento da área contábil.
O surgimento do Encontro da Mulher Contabilista se deu a partir da ideia de fomentar a participação feminina no debate da profissão. Atualmente, conforme levantamento do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), as mulheres compõem 42% do quadro total de associadas ao CFC, aproximadamente 223 mil. Um número, segundo Maria Clara Bugarim, presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis (Abracicon), que aumenta a cada ano. "Quando me formei, na década de 1980, o número de mulheres nas salas de aula da faculdade era muito tímido. Hoje, pelo leque de possibilidades que a contabilidade dá e a possibilidade de conciliar vida familiar e profissional, esse número está mais equilibrado", conta.
Quando surgiu, na década de 1990, a intenção era criar uma espécie de reduto feminino para explanar temas inerentes ao exercício profissional. Mesmo que não houvesse restrições às participações em convenções mistas, o entendimento era de que produzir um evento com abordagem voltada às mulheres traria um ambiente mais confortável para a exposição dos desejos e descontentamentos das associadas. Com a boa aceitação e abrangência nacional, o encontro se tornou um sucesso. "Nosso projeto é incentivar a participação delas e criar esse diálogo sobre a presença feminina na contabilidade. O número de 42% é bastante representativo", afirma Maria Clara.
Além do debate acerca da profissão, temas inerentes à presença feminina no mercado de trabalho também estão sendo abordados. Uma pesquisa realizada pelo site Catho, especializado em gerenciamento de vagas de trabalho, revelou que os homens ganham mais do que as mulheres em todos os setores. A diferença é menor em cargos como de assistente e auxiliar (9%), mas aumenta conforme a importância. Para o setor de consultoria, por exemplo, um homem chega a ganhar 62,5% a mais do que a mulher no mesmo cargo, fato também presente na área contábil. "Com a maior presença de contadoras, queremos reduzir a desigualdade salarial na nossa profissão. Isso só é possível com a união das mulheres e de eventos como esse, que promovem a força feminina", destaca a presidente da Abracicon. Por isso, apresentar as possibilidades da carreira contábil e, após o ingresso na faculdade, trazer a estudante para a discussão são fundamentais para que o Encontro da Mulher permaneça como referência no âmbito da contabilidade.