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Economia

- Publicada em 21 de Setembro de 2017 às 22:22

Bolognesi vende o controle do projeto de térmica gaúcha

Estrutura poderá receber dois navios cargueiros por mês e terá capacidade para até 14 milhões de m³ diários

Estrutura poderá receber dois navios cargueiros por mês e terá capacidade para até 14 milhões de m³ diários


AG/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
Empreendimentos que serão construídos em Rio Grande e que ultrapassarão o patamar de R$ 3 bilhões em investimentos estão mudando de mãos. O grupo Bolognesi ultima os detalhes finais de um acordo para repassar o controle do projeto de uma termelétrica e de um terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) para a norte-americana New Fortress Energy.
Empreendimentos que serão construídos em Rio Grande e que ultrapassarão o patamar de R$ 3 bilhões em investimentos estão mudando de mãos. O grupo Bolognesi ultima os detalhes finais de um acordo para repassar o controle do projeto de uma termelétrica e de um terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) para a norte-americana New Fortress Energy.
Não está descartada a possibilidade de que a Bolognesi fique ainda com uma participação minoritária na iniciativa. A empresa gaúcha não está comentando oficialmente o assunto, no entanto, na terça-feira, houve uma reunião no Palácio Piratini, com a presença do governador em exercício, José Paulo Cairoli, para tratar do tema. A participação do governo é considerada fundamental, pois o desejo dos empreendedores é conseguir a licença ambiental de instalação antes do fim deste ano para começar as obras ainda no primeiro semestre de 2018, para que os complexos entrem em operação em 2021.
A capacidade do terminal de GNL poderá chegar a até 14 milhões de metros cúbicos diários. Como a usina terá um uso de cerca de 6 milhões de metros cúbicos ao dia de gás natural, sobrarão 8 milhões para serem vendidos no mercado. A estrutura poderá receber dois navios cargueiros por mês, e ficará situada ao lado do terminal da Petrobras. Contará ainda com um navio de estocagem e regaseificação de forma permanente. Já a térmica terá 1.238 MW de capacidade (cerca de um terço da demanda de energia elétrica do Rio Grande do Sul). O projeto da usina foi vencedor de um leilão de energia realizado pelo governo federal em 2014 e garantiu a comercialização da eletricidade a ser produzida.
O cronograma original previa a entrada em operação do complexo até janeiro de 2019, no entanto o retardo do início das obras levou a Bolognesi a discutir uma dilatação de prazo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A intenção de tirar do papel a térmica e o terminal de GNL é algo antigo. A idealizadora dos empreendimentos, que depois foram adquiridos pela Bolognesi, foi a companhia Gás Energy. Em dezembro de 2008, foi feito o descerramento de um outdoor, no distrito industrial de Rio Grande, com os dizeres: "Aqui, futuras instalações de GNL e Energia Elétrica. Mais desenvolvimento para o Rio Grande do Sul".
Antes da negociação com a New Fortress Energy, empresa com experiência no ramo do GNL e energia, a Bolognesi havia anunciado, em meados deste ano, a venda de um projeto de uma termelétrica idêntica à que será desenvolvida em Rio Grande para a Prumo Logística. Essa usina também saiu vencedora de um leilão de energia promovido pelo governo federal em 2014 e encontra-se com as obras atrasadas. Inicialmente, a térmica seria instalada em Pernambuco, porém, com a mudança de controle, a estrutura será implementada no porto do Açu, no município de São João da Barra, no Rio de Janeiro. As companhias não revelaram o montante envolvido na transação.
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