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Indústria

- Publicada em 05 de Setembro de 2017 às 20:10

Produção Industrial cresce 0,8% em julho

Segmento de máquinas e equipamentos apresentou alta de 1,9% no período

Segmento de máquinas e equipamentos apresentou alta de 1,9% no período


/JOSÉ PAULO LACERDA/DIVULGAÇÃO/JC
A produção industrial brasileira cresceu 0,8% na passagem de junho para julho deste ano. O avanço é o melhor desempenho para o período desde 2014, quando tinha crescido 1,4%. O resultado representa o quarto mês consecutivo de alta, movimento que não ocorria desde abril a agosto de 2012. Nessa sequência de avanços, a produção acumula um ganho de 3,4%, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na passagem de maio para junho, o aumento havia sido de 0,2%.
A produção industrial brasileira cresceu 0,8% na passagem de junho para julho deste ano. O avanço é o melhor desempenho para o período desde 2014, quando tinha crescido 1,4%. O resultado representa o quarto mês consecutivo de alta, movimento que não ocorria desde abril a agosto de 2012. Nessa sequência de avanços, a produção acumula um ganho de 3,4%, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na passagem de maio para junho, o aumento havia sido de 0,2%.
Na comparação com julho de 2016, a indústria cresceu 2,5% e, no acumulado do ano, avançou 0,8%. No entanto, no acumulado de 12 meses, a produção da indústria acumula queda de 1,1%.
Na passagem de junho para julho, as quatro grandes categorias econômicas tiveram alta: bens de consumo duráveis (2,7%), bens de consumo semi e não duráveis (2%), bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos (1,9%), e bens intermediários, isto é, insumos industrializados para o setor produtivo (0,9%).
Nesse mesmo tipo de comparação, foram observadas altas em 14 das 24 atividades industriais pesquisadas. O destaque ficou com os produtos alimentícios, que, com um crescimento de 2,2% na produção, tiveram o maior impacto na indústria nacional no período.
Em seguida, aparecem as atividades de produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (1,9%) e equipamentos de informática e produtos eletrônicos (5,9%).
Entre as 10 atividades em queda, os destaques ficaram com as indústrias extrativas (-1,5%), perfumaria e produtos de limpeza (-1,8%) e metalurgia (-2,1%).
A linha de produção, entretanto, ainda roda em ritmo semelhante ao de março de 2009, ponderou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Você claramente tem uma melhora recente no ritmo de produção industrial, mas as perdas do passado ainda são muito significativas. A produção ainda está 17,2% abaixo do pico alcançado em junho de 2013", disse Macedo.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, comemorou a alta da produção industrial. Em seu perfil no Twitter, o ministro destacou que essa foi a quarta alta mensal consecutiva do indicador. "O índice de 0,8% de crescimento em relação a junho ficou bem acima do esperado, mostrando que trajetória é de forte recuperação da indústria. Há crescimento disseminado nas quatro categorias econômicas da indústria, mostrando que a recuperação do setor será sustentável", afirmou, na rede social.
Meirelles voltou a creditar a melhora do desempenho do setor ao trabalho do governo que, segundo ele, "tirou o Brasil da maior recessão da sua história e garantiu a queda da inflação". "Estamos reduzindo o desemprego e criando mais vagas de trabalho. A recuperação será ainda mais forte com a implementação da agenda de reformas", completou.

Montadoras e governo tentam definir plano para indústria automobilística

Em meio à retomada de produção e vendas no setor automotivo, montadoras e governo afinam os detalhes do Rota 2030, plano que define o futuro da fabricação de veículos no Brasil e sucederá o programa Inovar-Auto, condenado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) por desrespeitar regras internacionais de comércio.
Segundo reportagem publicada no Valor Econômico, governos e montadoras devem fechar um acordo híbrido entre o que há hoje e o que é considerado ideal do ponto de vista técnico.
De acordo com montadoras ouvidas pela reportagem, o Rota 2030 deverá seguir o padrão do Inovar-Auto quanto ao anúncio de metas: primeiro haverá um patamar mais baixo a ser atingido, depois uma segunda fase com exigências maiores.
A primeira etapa deverá ser dividida por cilindradas, como ocorre hoje, mas com penalidades para os menos eficientes. Por exemplo: um carro com motor 1.0 que apresente dados de consumo e emissões de poluentes ou CO2 maiores que as médias exigidas pelo Rota 2030 não terá os mesmos benefícios tributários que um outro veículo também 1.0 que atenda ou supere os requisitos considerados ótimos.
Dessa forma, o impacto na arrecadação poderia ser atenuado, pois motores acima de 1.0 de alta eficiência continuariam pagando taxas mais altas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), como ocorre hoje, tendo direito a reduções ou majorações de tarifas de acordo com o nível de consumo e emissões.
Ainda de acordo com montadoras ouvidas pela reportagem, fases mais avançadas do Rota 2030 deverão ser baseadas puramente pela eficiência energética, calculada em megajoule, independentemente do tamanho do motor.

Índice de difusão da indústria aumenta para 54%

O índice de difusão da indústria, que mede o percentual de produtos com avanço na produção, aumentou de 46,1% em junho para 54% em julho, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Também por essa comparação, do índice de difusão, a gente tem algum tipo de melhora de ritmo da produção industrial. Claro que a gente precisa sempre relativizar essa melhora, em função das perdas importantes que o setor industrial teve no passado", frisou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
Segundo Macedo, o aumento na renda dos trabalhadores - em função de uma inflação mais baixa -, a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a redução na taxa de juros - que faz o crédito ficar mais barato - impulsionaram a produção de bens de consumo duráveis. Ao mesmo tempo, a recuperação - ainda que modesta - da confiança de empresários ajudou a categoria de bens de capital.
"A maior produção de eletrodomésticos de linha marrom, motocicletas e móveis explica o crescimento de bens duráveis. Os automóveis não entram na explicação para esse aumento este mês", lembrou Macedo.
Em julho, a fabricação de veículos recuou 0,4% em relação a junho, com redução na produção de automóveis, mas avançou nos caminhões. "Esse crescimento de caminhões se reflete lá em bens de capital", acrescentou o pesquisador.

Agrale dará suporte à Marcopolo produzindo componentes

A Agrale usará sua unidade de montagem de peças plásticas e em fibra para produzir componentes para a Marcopolo. As tratativas se iniciaram ainda na segunda-feira, a partir de iniciativa da diretoria da Agrale, e tiveram andamento na terça-feira, quando técnicos das duas empresas avaliaram quais componentes podem ser feitos na unidade localizada em Ana Rech, bem próximo ao complexo da Marcopolo. No domingo, um incêndio destruiu a unidade de produção de plásticos e fibras da fabricante de carrocerias de ônibus.
De acordo com o diretor executivo da Agrale, Rogério Vacari, definida esta etapa, a seguinte será tratar das questões legais e fiscais. Ele também considerou prematuro determinar uma data para o início do fornecimento, mas assegurou que ele será feito. "Nossa parceria com a Marcopolo tem quase 20 anos. Vamos fazer tudo o que for possível para suprir a demanda pelo tempo necessário", afirmou.
O diretor destacou que a unidade tem capacidade de produção para absorver esta demanda, pois o momento é de baixo uso em função do mercado retraído de caminhões. Em torno 4,5 mil funcionários da Marcopolo estão dispensados de suas atividades até sexta (8), pois a produção vem sendo feita de forma parcial.