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Política

- Publicada em 28 de Agosto de 2017 às 19:37

Maggi pagou por apoio do PMDB a apadrinhado político, diz delator

O ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa confessou, em delação premiada, ter intermediado repasse de R$ 4 milhões, a pedido de Blairo Maggi e do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, em 2008, com o fim de comprar apoio do PMDB nas eleições municipais. À época, segundo Barbosa, o partido teria declarado apoio ao adversário do aliado de Maggi. O ex-governador afirmou, em seu termo de colaboração, que o pedido dos R$ 4 milhões veio do hoje deputado federal Carlos Bezerra (PMDB-MT).
O ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa confessou, em delação premiada, ter intermediado repasse de R$ 4 milhões, a pedido de Blairo Maggi e do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, em 2008, com o fim de comprar apoio do PMDB nas eleições municipais. À época, segundo Barbosa, o partido teria declarado apoio ao adversário do aliado de Maggi. O ex-governador afirmou, em seu termo de colaboração, que o pedido dos R$ 4 milhões veio do hoje deputado federal Carlos Bezerra (PMDB-MT).
As revelações do ex-governador foram classificadas de "monstruosa delação" pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, que, na sexta-feira passada, autorizou abertura de inquérito contra um grupo de políticos de Mato Grosso, entre eles, Blairo Maggi, a quem a Procuradoria atribui o papel de "liderança" de organização criminosa que se instalou na administração pública.
Segundo o delator, em 2008, "antes da campanha para a prefeitura de Cuiabá", o então governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, e o candidato a prefeito Mauro Mendes teriam o procurado para pedir que "intercedesse" pelo apoio do PMDB.
Barbosa diz ter se reunido com "Carlos Bezerra, que hoje é deputado federal, pedindo para que o PMDB apoiasse Mauro Mendes, tendo Carlos Bezerra dito que apoiaria somente se Maggi e Mauro Mendes entregassem R$ 4 milhões para o PMDB".
O delator narra, ainda, que o então secretário de Fazenda de Mato Grosso Eder Moraes foi designado a conseguir os valores para pagar Bezerra e que apresentou ao chefe da pasta o operador financeiro Júnior Mendonça, que teria conseguido R$ 3,3 milhões.
Barbosa alega, ainda, que o operador não tinha os outros R$ 700 mil e relatou ter procurado os empresários "Tergivan e Ferando Garuchi, que eram sócios de uma factoring em Cuiabá", e pedido o montante, prometendo também "pagar logo em seguida".
 
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