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Oriente Médio

- Publicada em 22 de Agosto de 2017 às 15:41

Afeganistão se tornará 'cemitério' para os Estados Unidos, diz Taliban

Trump voltou atrás e não dá mais prazo para retirar as tropas do país

Trump voltou atrás e não dá mais prazo para retirar as tropas do país


NICHOLAS KAMM/NICHOLAS KAMM/AFP/JC
O Afeganistão se transformará em um "cemitério" para os Estados Unidos caso não retirem suas tropas rapidamente, ameaçou um porta-voz do movimento fundamentalista islâmico Taliban após o discurso do presidente Donald Trump, que abre caminho para o envio de mais soldados ao país. "Se os EUA não retirarem suas tropas, o Afeganistão se tornará, em breve, um cemitério para esta superpotência do século XXI", afirmou Zabiullah Mujahid, em comunicado.
O Afeganistão se transformará em um "cemitério" para os Estados Unidos caso não retirem suas tropas rapidamente, ameaçou um porta-voz do movimento fundamentalista islâmico Taliban após o discurso do presidente Donald Trump, que abre caminho para o envio de mais soldados ao país. "Se os EUA não retirarem suas tropas, o Afeganistão se tornará, em breve, um cemitério para esta superpotência do século XXI", afirmou Zabiullah Mujahid, em comunicado.
Trump surpreendeu, em discurso na noite de segunda-feira, ao anunciar uma estratégia para o Afeganistão sem especificar quantos militares enviará ou uma data para a futura retirada das tropas. Segundo ele, não falar sobre números é parte da sua nova diretriz de combate no Oriente Médio.
"Já disse muitas vezes o quão contraproducente é para os EUA anunciar antecipadamente quando pretendemos começar ou terminar operações militares", afirmou o presidente, falando a militares no forte ao lado do cemitério militar do condado de Arlington, na Virgínia.
Outra novidade no plano é o aumento da pressão sobre o Paquistão para impedir que os extremistas continuem a usar o território vizinho para combater o governo afegão. "O Paquistão tem muito a ganhar ao colaborar conosco. E muito a perder se continuar a abrigar terroristas", advertiu o republicano, lembrando os bilhões de dólares repassados pelos EUA ao país.
O envio de mais soldados é uma demanda do Pentágono desde o início do governo Trump, diante da deterioração da situação de segurança, com as tropas afegãs não conseguindo conter o avanço do Taliban e de facções ligadas ao Estado Islâmico. Não estabelecer uma data para o fim da operação militar é também uma tática de autoproteção para o caso de possíveis mudanças de planos - como ocorreu por várias vezes com Barack Obama, que chegou a prever uma retirada total até 2016.
Hoje, há 8.400 soldados norte-americanos no Afeganistão, sendo que 6.941 fazem parte das forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), e o restante, de missões de contraterrorismo. Em 2013, Trump era crítico ferrenho da presença dos EUA no Afeganistão e defendia uma "retirada acelerada".
"Meu instinto original foi sair (do Afeganistão), e, historicamente, gosto de seguir os meus instintos. Mas, durante toda a minha vida, escutei que as decisões são muito diferentes quando você está sentado atrás da mesa no Salão Oval", admitiu, considerando que "uma retirada apressada criaria um vácuo que terroristas ocupariam instantaneamente, como ocorreu antes do 11 de Setembro".

Irã afirma que precisaria de apenas cinco dias para desenvolver arma nuclear

O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi, afirmou ontem que o país precisaria de poucos dias para retomar o enriquecimento de urânio a 20% - nível que permite que o material seja usado para a construção de arma nuclear. "Se houver uma determinação, somos capazes de retomar a produção em, no máximo, cinco dias", avisou Salehi.
Em 2015, Teerã desistiu de avançar com seu programa de enriquecimento de urânio a 20%, em um acordo assinado com várias potências mundiais. O acordo levantou sanções e limitou o país a enriquecer o minério a 5%. O Irã tem dito que desenvolve seu programa nuclear para fins pacíficos.