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Internacional

- Publicada em 16 de Agosto de 2017 às 15:38

Ucrânia investiga se houve entrega de motores de foguete ao regime

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciou ontem a abertura de investigações oficiais sobre a suposta obtenção de motores de foguete ucranianos pela Coreia do Norte. A decisão foi anunciada dois dias após Michael Elleman, especialista em mísseis do prestigioso Instituto Internacional para Estudos Estratégicos, declarar que o avanço tecnológico tido pelo regime norte-coreano nos últimos anos se devia ao acesso à tecnologia de mísseis provavelmente desenvolvida na Ucrânia.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciou ontem a abertura de investigações oficiais sobre a suposta obtenção de motores de foguete ucranianos pela Coreia do Norte. A decisão foi anunciada dois dias após Michael Elleman, especialista em mísseis do prestigioso Instituto Internacional para Estudos Estratégicos, declarar que o avanço tecnológico tido pelo regime norte-coreano nos últimos anos se devia ao acesso à tecnologia de mísseis provavelmente desenvolvida na Ucrânia.
Kiev ordenou uma "completa e profunda" investigação, cujas conclusões deverão ser publicadas em até três dias. O governo busca desmentir as acusações de que o país teria falhado em impedir o contrabando da tecnologia à Coreia do Norte, além de "descobrir a verdadeira fonte e as intenções por trás desta mentira infundada", afirmou o presidente. Para Poroshenko, os serviços de inteligência russos estariam por trás das informações divulgadas, em uma tentativa de encobrir sua participação no programa de mísseis nucleares do regime de Kim Jong-un.
A análise de Elleman, antecipada pelo jornal The New York Times e à qual a Folha de S.Paulo teve acesso, comparou imagens divulgadas pelo regime de Pyongyang e concluiu que os motores usados nos mísseis lançados em testes recentes eram compatíveis com os do tipo RD-250, usados em mísseis da antiga União Soviética.
À época, esses motores eram produzidos em Dnipro, cidade próxima à Crimeia, anexada pela Rússia em março de 2014. Após o rompimento entre o Kremlin e o regime pró-Ocidente da Ucrânia, o fornecimento à Rússia foi suspenso. A Iujmash, empresa responsável pela fabricação dos motores, entrou em crise, o que teria levado à corrupção por parte de seus engenheiros. 
 
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