Roberta Fofonka

Novidade criada por estudantes da Ufrgs é 100% brasileira

Marca de calcinhas absorventes é lançada em Porto Alegre

Roberta Fofonka

Novidade criada por estudantes da Ufrgs é 100% brasileira

Quem busca uma alternativa aos absorventes descartáveis ou ao coletor menstrual (o famoso “copinho”), agora pode optar pela calcinha absorvente. Real oficial.
Quem busca uma alternativa aos absorventes descartáveis ou ao coletor menstrual (o famoso “copinho”), agora pode optar pela calcinha absorvente. Real oficial.
Lançada em Porto Alegre no dia 24 de agosto, a Herself foi desenvolvida com três camadas de materiais que retêm o sangue menstrual e garantem o toque seco e conforto para diferentes atividades, por cerca de 12 horas. Com matéria-prima e tecnologia 100% brasileira, a novidade foi idealizada pelas estudantes de Engenharia Química da Ufrgs – e agora sócias - Raíssa Assmann Kist, 23 anos, e Nicole Zangonel, 25. A marca adquiriu o reforço de Francieli Bittencourt, 25, estudante de História da mesma universidade.
Reutilizável por até dois anos, a calcinha é lavável e de fácil higienização: basta deixar dez minutos de molho na água morna e depois lavar normalmente à mão ou máquina. São dois modelos: “Frida”, para fluxo intenso, e “Ceci”, para leve. De algodão e renda, na cor preta, ambas estão à venda na campanha de financiamento coletivo da marca, a R$ 75,00 cada. (Ou seja, para quem gasta com os descartáveis todo mês, a economia ao longo do tempo é bem razoável.)
CLAITON DORNELLES /JC
Além de resolver um problema para elas mesmas, o objetivo, no início, era fazer um produto que reduzisse o impacto de resíduos descartáveis. No processo de pesquisa e co-criação junto a outras mulheres, elas descobriram que a calcinha oferece mais soluções do que imaginavam: para aquelas que têm alergia com o absorvente higiênico, meninas com deficiência física e profissionais do esporte, por exemplo.
As três querem, com o produto, mudar o jeito de encarar e falar sobre menstruação. “Existe um silenciamento. Pouca gente fala sobre menstruação, tanto em casa quanto na rua”, salienta Francieli. “Queremos que a menstruação seja vista como algo natural e saudável, como de fato é”, completa Raíssa. Atualmente a empresa está em fase de pré-incubação na Hestia, incubadora tecnológica da Ufrgs.
Até chegar ao modelo de venda, foram testados 5 protótipos, em mulheres e amigas com diferentes intensidades de ciclo e rotinas. “A gente quis conversar com as mulheres para entender as necessidades”, afirma Nicole. Segundo elas, as consumidoras são pouco consultadas sobre os produtos do gênero que têm à disposição. Neste ínterim, Nicole e Raíssa também foram estudar modelagem para entender da manufatura da roupa íntima, e hoje elas mesmas cortam as peças. A peça é maleável, e “não parece que está usando absorvente”, garantem.
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