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Fiergs 80 anos

- Publicada em 13 de Agosto de 2017 às 21:56

União pelo protagonismo da indústria

Entidade acompanha, há oito décadas, episódios marcantes do processo de industrialização do Estado

Entidade acompanha, há oito décadas, episódios marcantes do processo de industrialização do Estado


fiergs/FIERGS/DIVULGAÇÃO/JC
A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) foi fundada em 14 de agosto de 1937, em uma época de incertezas com a decretação do Estado Novo, e sempre caracterizou a sua atuação pela união na promoção e defesa dos interesses do setor industrial e do desenvolvimento gaúcho. Quando foi criada, a Fiergs representava 21 sindicatos setoriais filiados e, um ano depois, passou a integrar o grupo das primeiras federações organizadas no Brasil, formando juntamente com São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais, a base da Confederação Nacional da Industrial (CNI). Carlos Tannhauser, que presidia o Centro da Indústria Fabril (Cinfa), que mais tarde adotou a atual denominação de Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Ciergs), foi também o primeiro dirigente da Fiergs. A partir de 1937, com a criação da Federação, é eleito um presidente para as duas entidades, que igualmente passaram a ter uma trajetória de coesão.
A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) foi fundada em 14 de agosto de 1937, em uma época de incertezas com a decretação do Estado Novo, e sempre caracterizou a sua atuação pela união na promoção e defesa dos interesses do setor industrial e do desenvolvimento gaúcho. Quando foi criada, a Fiergs representava 21 sindicatos setoriais filiados e, um ano depois, passou a integrar o grupo das primeiras federações organizadas no Brasil, formando juntamente com São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais, a base da Confederação Nacional da Industrial (CNI). Carlos Tannhauser, que presidia o Centro da Indústria Fabril (Cinfa), que mais tarde adotou a atual denominação de Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Ciergs), foi também o primeiro dirigente da Fiergs. A partir de 1937, com a criação da Federação, é eleito um presidente para as duas entidades, que igualmente passaram a ter uma trajetória de coesão.
Foi a preocupação com a situação da economia, agravada pela Revolução de 1930, que reuniu industriais em torno da formação de uma entidade. Dessa forma, surgiu o Centro da Indústria Fabril, em 7 de novembro de 1930, e que teve A. J. Renner como primeiro presidente. Com o apoio do Cinfa foram organizados novos sindicatos industriais até que, em 1937, criaram a Federação das Indústrias. Nessas oito décadas, a Fiergs mantém a liderança do processo de industrialização do Estado e exerce o protagonismo em diversas questões que envolvem desde a infraestrutura até a inserção internacional dos produtos "made in RS". Da sua história fazem parte episódios marcantes como o anúncio do Plano de Eletrificação do Estado, antiga reivindicação dos industriais, feito pelo governador Walter Jobim em 1948, durante uma reunião-almoço da entidade. Esses encontros ao meio-dia, depois viraram tradição na Fiergs, reunindo não apenas industriais, mas autoridades, políticos, profissionais liberais, executivos e jornalistas na sede localizada no edifício Formac, na Travessa Leonardo Truda.
Com o tempo, porém, o espaço ficou acanhado e foi preciso pensar grande. Como resultado, ocorreu o lançamento da pedra fundamental da futura sede em 1983 e, em 1987, a Fiergs e o Ciergs passaram a ocupar o novo endereço, na avenida Assis Brasil, que simboliza a modernidade do setor e a convergência de atividades que marcam o século XXI. Nesse mesmo ano, a Fiergs teve uma atuação firme na Constituinte e levou a Brasília mais de 33 mil assinaturas de uma emenda popular que liderou com o Movimento pela Liberdade Empresarial.
Em 2010, a entidade também enfrentou com firmeza uma divergência interna, quando o diretor das Empresas Randon, Astor Schimitt, entrou na disputa pela presidência, contrariando a tradição de chapa única. Ele não obteve o apoio esperado e retirou a candidatura. O sucessor de Paulo Tigre foi Heitor José Müller, como já estava previsto.
Nas lembranças dos ex-presidentes, porém, o que importa é a trajetória da entidade ao lado dos industriais. Müller, ao transmitir o cargo para o atual presidente Gilberto Petry, frisou que liderou duas gestões diferentes, enfrentando o crescimento da economia e depois o declínio, agravado pela crise política. Mas, mesmo em meio às turbulências, destacou que "atuamos sem cessar, diariamente, para promover e defender os interesses da indústria. Seria ilógico trabalhar distante da realidade das fábricas. Seria um contrassenso a Fiergs não estar sempre junto dos industriais."
Paulo Vellinho enaltece o conteúdo "variável, diversificado e instigador do patriotismo" da entidade e destaca o "dogma que cada um de nós diretores levava no peito: servir sem servir-se!". Sérgio Schapke considera que o desafio dos dias atuais é colaborar para "quebrar a tendência de atraso do Rio Grande do Sul", enquanto Luiz Carlos Mandelli destaca a união das diferentes entidades empresariais em defesa de pleitos comuns ocorrida na sua gestão. Seu sucessor, Dagoberto Lima Godoy, ressalta o papel da Fiergs em congregar os industriais, especialmente os de médias e pequenas empresas, para identificar questões do interesse coletivo e fornecer informações e recursos para o crescimento dessas empresas.
Renan Proença, por sua vez, faz referência à construção da nova sede como um marco para efetiva união dos diferentes segmentos industriais que ali encontram estrutura e respaldo para o encaminhamento de seus projetos de desenvolvimento. A união da casa em torno de princípios comuns também é apontada por Paulo Tigre como a principal característica e o segredo da longevidade da Federação.
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