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Entidade

- Publicada em 11 de Agosto de 2017 às 18:23

Fiergs, porta-voz dos industriais gaúchos

Posse de Gilberto Petry na presidência da Fiergs, ocorrida em 18 de julho

Posse de Gilberto Petry na presidência da Fiergs, ocorrida em 18 de julho


DUDU LEAL/DUDU LEAL/FIERGS/DIVULGAÇÃO/JC
Uma das entidades empresariais mais importantes e respeitadas do País, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) alia a missão de porta-voz dos industriais gaúchos ao papel de defensora incansável do desenvolvimento do Estado e da retomada da economia. "A gestão que começa agora assume desde já o compromisso de representar todos os industriais que decidiram levar adiante os seus sonhos, arriscando seu patrimônio", afirmou Gilberto Porcello Petry em 18 de julho, ao assumir a presidência da entidade para o período 2017/2020, sucedendo Heitor José Müller após duas gestões consecutivas.
Uma das entidades empresariais mais importantes e respeitadas do País, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) alia a missão de porta-voz dos industriais gaúchos ao papel de defensora incansável do desenvolvimento do Estado e da retomada da economia. "A gestão que começa agora assume desde já o compromisso de representar todos os industriais que decidiram levar adiante os seus sonhos, arriscando seu patrimônio", afirmou Gilberto Porcello Petry em 18 de julho, ao assumir a presidência da entidade para o período 2017/2020, sucedendo Heitor José Müller após duas gestões consecutivas.
A entidade tem 114 sindicatos filiados e, através desses sindicatos, estão representadas 52 mil fábricas em atividade no Rio Grande do Sul, que empregam diretamente 901 mil trabalhadores. Para a defesa dos interesses dos empresários, a Fiergs conta com uma equipe qualificada e dispõe de uma estrutura consolidada que permitem dar o respaldo necessário às indústrias e sindicatos. A entidade atua em assuntos que vão desde a esfera tributária e legal até questões voltadas à infraestrutura, meio ambiente, inovação e tecnologia, comércio exterior e relações do trabalho, entre outros ligados às iniciativas com foco no crescimento sustentável, aumento de produtividade e geração de empregos.
Com seriedade e qualidade, a entidade igualmente busca o fortalecimento das relações institucionais junto aos poderes Legislativo Federal e Estadual, mas sem partidarismos. O objetivo é prestar informações de caráter técnico-empresarial, além de acompanhar a tramitação dos projetos de lei de interesse do setor industrial e apresentar propostas de legislação e normas que favoreçam o desenvolvimento do Estado. Em seu discurso, Petry reforçou que a Federação e o Centro das Indústrias não se filiam ou se aliam a quaisquer partidos políticos. "Nosso alinhamento é com o setor industrial, com o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do Brasil, e com a ética e a decência nos negócios, especialmente para aqueles que digam respeito à administração pública", destacou.
Disposta a fomentar o ambiente de negócios, a Federação das Indústrias estimula o intercâmbio e as missões ao exterior, bem como a cooperação universidade-empresa-poder público. Também mantém uma atuação comprometida com a comunidade, por meio de iniciativas que promovem a qualidade de vida e a responsabilidade social da indústria gaúcha. Em relação ao comércio exterior, por exemplo, a Fiergs incentiva a ida de missões empresariais a feiras internacionais de interesse do setor. É o caso da Feira Anuga, entre os dias 7 e 11 de outubro, na cidade de Colônia, na Alemanha. A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN-RS), está articulando uma missão empresarial para a feira, considerada líder mundial para a indústria, comércio e catering, além de definir as tendências globais, as demandas da atualidade e os rumos do setor de alimentos e bebidas.
Em 2017, o tradicional evento, que acontece a cada dois anos na cidade de Colônia, se dedica a 10 temas: produtos veganos; vegetarianos; orgânicos; gourmet e especialidades regionais; "fair trade"; koscher; alimentos saudáveis e funcionais; alimento halal (alimentos que os muçulmanos podem ou não comer e beber segundo a lei Islâmica); novos ingredientes e "private labels". Os pavilhões comportam 10 feiras em uma, pois estão divididos em Anuga Alimentos Finos, Congelados, Carnes, Refrigerados e Frescos, Lácteos, Pães & Confeitaria, Bebidas, Orgânicos, Conceitos Culinários e Bebidas Quentes. Em 2015, a feira recebeu aproximadamente 160 mil visitantes, de 192 países, e mais de 7 mil expositores. A missão brasileira articulada pela Fiergs contou com 65 integrantes, 37 empresas e nove entidades.
Para dar respaldo a esse universo de interesses setoriais, a Fiergs e o Ciergs têm uma estrutura de conteúdo com 10 Conselhos Temáticos, sete Comitês Setoriais e um Fórum. Os Conselhos abrangem as áreas de assuntos tributários, relações de trabalho, comércio exterior, infraestrutura, inovação e tecnologia, meio ambiente, articulação parlamentar, pequena e média indústria, agroindústria, e cidadania. Assim, a entidade mantém o olhar sobre os diversos segmentos da atividade econômica e traça estratégias coletivas para ampliação do conhecimento associativo e participação da indústria gaúcha em novos mercados. Atenta aos movimentos da economia globalizada, a Federação das Indústrias acompanha e, muitas vezes, se antecipa às tendências apontando alternativas de crescimento para a atividade industrial.
Foi desta forma que a entidade passou a trabalhar no conceito da "Nova Economia", quando começaram se instalar segmentos industriais que vieram agregar valor aos já existentes. Assim, a Fiergs acompanhou e estimulou os investimentos no setor de automóveis, florestas industriais, bioenergia, biocombustíveis, alimentos funcionais, microeleletrônica e a fábrica de chips, entre outros. Para que as oportunidades sejam melhor aproveitadas, existe um fórum que desenvolve estudos relacionados a assuntos econômicos de cunho estrutural e estratégico e que tenham por finalidade a orientação do setor industrial.
Agora, a entidade volta-se para o conceito da "centralidade da indústria", ou seja, a produtividade agrícola - que tem garantido bons resultados para o Rio Grande do Sul - está diretamente ligada às inovações do setor industrial de máquinas e implementos, bem como o comércio da era eletrônica se deve aos avanços da indústria de tecnologia da informação. São apenas alguns entre inúmeros cases, como os novos aparelhos de medicina promovendo saúde e diagnósticos precisos, ou modelos de uma nova educação que se baseia na robótica, mecatrônica e outras variáveis do setor fabril neste século XXI. É a centralidade da indústria no desenvolvimento econômico, uma relação positiva entre o desempenho industrial e o desempenho econômico global, a geração de emprego e o crescimento da produtividade.

Ação integrada

O Senai, criado em 1942, capacita profissionais por meio de cursos e de serviços técnicos e tecnológicos

O Senai, criado em 1942, capacita profissionais por meio de cursos e de serviços técnicos e tecnológicos


MARCOS NAGELSTEIN/JC
Como uma engrenagem em perfeito funcionamento, o Sistema Fiergs atua coeso em várias frentes com o objetivo de fomentar o incremento e o aprimoramento da indústria gaúcha.
Além da Fiergs, há o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Criado em 1942, opera na capacitação de profissionais e no aperfeiçoamento dos produtos e dos processos industriais, por meio de cursos e de serviços técnicos e tecnológicos.
O Serviço Social da Indústria (Sesi), fundado em 1946, promove a qualidade de vida e a responsabilidade social da indústria do Rio Grande do Sul. Suas iniciativas e programas têm como foco a educação, a saúde e o lazer do trabalhador.
O Instituto Euvaldo Lodi (IEL)nacional foi criado em 1969 e, no Rio Grande do Sul, foi reestruturado em 2006. O instituto tem atuação em desenvolvimento empresarial, educação executiva, promoção do empreendedorismo e da inovação, além de programas de estágios e bolsas.

Indicadores apontam rumos da economia

Por iniciativas como as da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), os índices econômicos saíram do circuito fechado e passaram a ser compartilhados com a sociedade. Trata-se da divulgação periódica de números e dados que revelam o comportamento de diversos fatores, servem de baliza para tomada de decisões e, principalmente, para melhor compreensão do cenário atual. Entre os indicadores, um dos mais conhecidos é o da Sondagem Industrial, que mostra o índice de produção, o nível de utilização da capacidade instalada e a expectativa da indústria, entre outros números. Para se ter uma ideia, o índice da produção industrial gaúcha foi de 48,7 pontos em junho, uma queda em relação a maio (52,7). Abaixo dos 50 pontos, indica redução na comparação com o mês anterior. Porém o valor registrado foi o maior para o mês desde 2010. Isso significa que contração foi a menos intensa em oito anos.
A confiança do industrial gaúcho em relação à economia do País e aos seus negócios também é medida pelo Índice de Confiança do Empresário (Icei-RS). O levantamento mais recente mostrou que o industrial gaúcho começa o segundo semestre de 2017 com expectativa mais positiva para o futuro. Depois de três quedas consecutivas, o Icei-RS voltou a subir em julho, 0,5 ponto em relação a junho, e passou para 53,2 pontos. Na ocasião, o presidente da Fiergs disse que "alguns sinais na economia brasileira, como a geração de emprego formal, juros e inflação declinantes e exportações em ascensão, influenciam positivamente, mesmo em um ambiente ainda recessivo e de grande incerteza". O indicador é composto por dois outros índices, o de Condições Atuais (ICA) e o de Expectativas (IE). Ao variar de 0 a 100 pontos, divide avaliações negativas e positivas, revelando otimismo quando acima dos 50 pontos, embora a proximidade indique bastante moderação.