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Conjuntura

- Publicada em 17 de Agosto de 2017 às 19:21

Economia do País avançou 0,25% no segundo trimestre, aponta BC

Em uma surpresa positiva para os economistas, a economia brasileira voltou a crescer no segundo trimestre deste ano. A alta foi de 0,25% em relação ao período de janeiro a março, nas contas do Banco Central (BC). Esse foi o segundo trimestre seguido de crescimento da atividade, e, se o dado for confirmado oficialmente pelo IBGE, consolida a saída do País da recessão.
Em uma surpresa positiva para os economistas, a economia brasileira voltou a crescer no segundo trimestre deste ano. A alta foi de 0,25% em relação ao período de janeiro a março, nas contas do Banco Central (BC). Esse foi o segundo trimestre seguido de crescimento da atividade, e, se o dado for confirmado oficialmente pelo IBGE, consolida a saída do País da recessão.
Após a divulgação de dados setoriais mais favoráveis, os analistas revisaram as suas apostas de uma queda no trimestre para algo no campo positivo. Os dados oficiais do IBGE só serão conhecidos mês que vem.
Todos os números dos meses anteriores foram revisados e isso apresentou uma melhora do IBC-Br, o índice de atividade do BC que tenta antecipar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB). Os números do BC revelam que o Brasil carrega efeitos da crise menores que no passado.
Em relação ao segundo trimestre de 2016, houve queda de 0,22%, segundo os dados sem ajustes, já que a comparação é feita entre períodos iguais. Nos últimos 12 meses terminados em junho, o País acumula uma retração de 1,82%. A melhora foi rápida. Até maio, o Brasil retraía - apesar da melhora recente - em uma velocidade de 2,23%. Os dados do mês de junho - crescimento de 0,50% em relação a maio - influenciaram. Já em comparação ao mesmo mês de 2016, houve queda de 0,56%.
Pelos cálculos do IBGE, a economia brasileira voltou a ficar no azul no primeiro trimestre após dois anos. O PIB registrou alta de 1% no primeiro trimestre, na comparação com os últimos três meses do ano passado, influenciado principalmente pelo bom desempenho da agropecuária.
O IBC-Br foi criado pelo BC para ser uma referência do comportamento da atividade econômica que sirva para orientar a política de controle da inflação pelo Comitê de Política Monetária (Copom), uma vez que o dado oficial do PIB é divulgado pelo IBGE com defasagem em torno de três meses.
Tanto o IBC-Br quanto o PIB são indicadores que medem a atividade econômica, mas têm diferenças na metodologia. Esse indicador do Banco Central leva em conta trajetória de variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (indústria, agropecuária e serviços).
Já o PIB é calculado pelo IBGE a partir da soma dos bens e serviços produzidos na economia. Pelo lado da produção, considera-se a agropecuária, a indústria, os serviços, além dos impostos. Já pelo lado da demanda, são computados dados do consumo das famílias, consumo do governo e investimentos, além de exportações e importações.

IBC-BR

2º trimestre de 2017
+ 0,25%
Na comparação com o 1º trimestre de 2017*
*Dado dessazonalizado (ajustado para o período)
- 0,22%
Na comparação com o 2º trimestre de 2016**
** Dado observado
Fonte: Banco Central

Henrique Meirelles prevê que PIB do 2º trimestre deve vir próximo de zero ou negativo

Índice demonstra que atividade voltou a crescer, afirmou ministro

Índice demonstra que atividade voltou a crescer, afirmou ministro


FABIO RODRIGUES POZZEBOM/FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR/JC
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse, nesta quinta-feira, que a alta de 0,25% da economia no segundo trimestre, segundo o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), é um dado a ser comemorado porque se soma a uma outra gama de indicadores antecedentes e coincidentes da economia que mostram recuperação. Ainda assim, Meirelles adiantou que o Produto Interno Bruto (PIB) referente ao segundo trimestre, a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 1 de setembro, deverá trazer uma taxa próxima de zero ou mesmo negativa.
Segundo o ministro, a previsão de crescimento menor do PIB oficial no segundo trimestre deve-se ao fato de o produto ter crescido muito ao longo dos primeiros três meses - a expansão foi de 1% - e também à diferença entre as metodologias de cálculo do BC e do IBGE.
"O que tenho para dizer é que os dados de serviços conjugados com os do varejo, criação de postos de trabalho na economia brasileira e conjugado finalmente com o IBC-Br mostram que o Brasil votou a crescer", disse o ministro após reunião de cerca de uma hora e meia com os dirigentes do Grupo Abril, em São Paulo.
O ministro ressalvou, no entanto, que, como em todo processo de inflexão de uma economia que estava caindo, existe uma série de indicativos não homogêneos. "Por exemplo, o índice do BC, o IBC-Br, já é positivo no trimestre, mas o PIB pode ser um pouco mais baixo por um problema de ajuste, mas, no geral, a economia já está crescendo", disse.

Para Mansueto, resultado mostra recuperação

O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, disse que o IBC-Br de junho veio bom e mostra a recuperação gradual da atividade econômica. "Tanto indicadores da atividade como de expectativa dos agentes estão melhores hoje do que estavam em maio, quando foi desencadeada a crise política com a delação da JBS", destacou.
Mansueto ressaltou que o risco Brasil, medido pelo Credit Default Swap (CDS), já voltou ao patamar de antes da crise política, em torno de 200 pontos, o cenário para inflação melhorou nos últimos dois meses, e o mercado está apostando em juros ainda menores no País. "O cenário melhorou bastante do ponto de vista de atividade e de expectativas. Cabe ao governo fazer as reformas." O secretário lembrou ainda que a agência de classificação de risco S&P Global Ratings retirou, na terça-feira, o Brasil da observação negativa para possível rebaixamento, outro fator que mostra a melhora do ambiente em relação ao mês de maio.