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Petróleo

- Publicada em 17 de Agosto de 2017 às 17:36

Próximos leilões do pré-sal vão oferecer reservas de 2,5 bilhões barris

Os dois leilões do pré-sal que serão realizados em 2017 vão oferecer pelo menos 2,5 bilhões de barris em reservas. O valor é uma estimativa conservadora: considera que apenas 20% dos 12,3 bilhões de barris identificados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) nas áreas podem ser recuperados.
Os dois leilões do pré-sal que serão realizados em 2017 vão oferecer pelo menos 2,5 bilhões de barris em reservas. O valor é uma estimativa conservadora: considera que apenas 20% dos 12,3 bilhões de barris identificados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) nas áreas podem ser recuperados.
Normalmente, a média de recuperação de reservas no Brasil oscila entre 20% e 30%. O volume pode subir com o uso de técnicas de recuperação ou com novas tecnologias.
As projeções para o leilão foram apresentadas pela agência nesta quinta-feira, em seminário técnico sobre as duas rodadas do pré-sal agendadas para o dia 27 de outubro. Serão oferecidas oito áreas, que podem render ao governo R$ 7,7 bilhões, caso todas sejam arrematadas.
Quatro delas são pedaços de reservas já conhecidas que se estendem para fora de áreas concedidas em leilões anteriores: Carcará, Gato do Mato, Sapinhoá e Tartaruga Verde.
As outras quatro são áreas novas: Peroba, Pau Brasil, Alto de Cabo Frio Central e Alto de Cabo Frio Oeste.
A ANP não fez projeções apenas para as duas últimas, por estarem em uma região com pouca exploração no pré-sal - as áreas ficam ao Norte da Bacia de Santos, em frente à Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.
Peroba e Pau Brasil são as duas maiores, com 5,3 bilhões e 4,1 bilhões de barris no reservatório. Considerando um fator de recuperação de 20%, teriam cerca de 1 bilhão e 800 milhões de barris de reservas comprovadas, respectivamente.
A Petrobras decidiu exercer o direito de preferência sobre três áreas: Sapinhoá, Peroba e Alto de Cabo Frio Central. Isso significa que a estatal pode optar por ser operadora e ter uma participação de 30% no consórcio vencedor.
No leilão de Sapinhoá, o governo vai oferecer uma área equivalente a 3,7% da jazida, que está fora da área de concessão hoje já em operação. A Petrobras é operadora do campo, que é o segundo maior produtor de petróleo do Brasil.
 

ANP propõe o fim da diferenciação entre os preços do gás de botijão

Oddone explica a proposta

Oddone explica a proposta


TÂNIA RÊGO/TÂNIA RÊGO/ABR/JC
O diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Décio Oddone, afirmou, nesta quinta-feira, que pretende retirar da regulamentação a diferenciação de preços entre diferentes consumos de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo, o gás de botijão), vigente desde 2005.
Segundo ele, a mudança está sendo estudada em um processo de revisão das regras do setor, que deve eliminar também restrições ao uso do combustível, que hoje não pode ser usado para aquecimento de saunas, piscinas, em caldeiras ou em motores a combustão.
"O mercado tem que ser competitivo e permitir que o consumidor escolha o combustível mais eficiente", defendeu.
Desde 2005, a Petrobras é obrigada a vender GLP com dois preços: um para o produto envasado em botijões de 13 quilos, mais usado em residências, e outro para vasilhames maiores ou a granel, mais usado por comércio e indústrias. Em sua nova política de preços, a estatal inclui, no preço do GLP industrial os custos de importação do produto, o que não ocorre no preço praticado para venda em botijões de 13 quilos. Ambos consideram ainda cotações internacionais mais margem de lucro da companhia.
Atualmente, segundo estimativa das empresas do setor, o gás industrial está cerca de 40% mais caro do que o produto vendido em botijões de 13 quilos.
Oddone diz que a ideia é não incluir a diferenciação na nova portaria em elaboração sobre o comércio de GLP. Ainda assim, há uma resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) que recomenda a adoção de preços diferentes, mas a avaliação do mercado é que uma mudança na ANP já liberaria a Petrobras.
A nova portaria deve ser publicada em outubro. Antes, será discutida em audiência pública com representantes do mercado e da sociedade.
O anúncio agrada às empresas do setor, disse o presidente do Sindigás (Sindicato das Empresas Distribuidoras de GLP), Sérgio Bandeira de Mello, que chamou as restrições ao uso de "esquizofrênicas". "O fim da diferença de preços é fundamental para atrair investimentos", afirmou o executivo.
Atualmente cerca de 1/4 do mercado brasileiro é atendido por importações. Ao contrário do que ocorre em combustíveis automotivos, porém, as compras são todas feitas pela Petrobras.