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Repórter Brasília

- Publicada em 28 de Agosto de 2017 às 22:38

Dificuldades na reforma tributária

Germano Rigotto

Germano Rigotto


MARIANA CARLESSO/JC
O ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (PMDB) continua com convicção de que a área econômica do governo não quer a reforma tributária. Ele afirma que está acontecendo a mesma coisa que ocorreu em governos anteriores, como de Fernando Henrique (PSDB), passando pelos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e agora chega no governo Michel Temer (PMDB), "onde a área econômica, mais uma vez, não quer a reforma tributária".
O ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (PMDB) continua com convicção de que a área econômica do governo não quer a reforma tributária. Ele afirma que está acontecendo a mesma coisa que ocorreu em governos anteriores, como de Fernando Henrique (PSDB), passando pelos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e agora chega no governo Michel Temer (PMDB), "onde a área econômica, mais uma vez, não quer a reforma tributária".
Reforma interessante
Rigotto diz que tem falado com Jorge Antonio Deher Rachid, secretário da Receita Federal, e com o ministro Henrique Meirelles, da Fazenda, sobre o tema. O ex-governador acentuou que a única coisa que Meirelles disse é que a proposta que está lá no Congresso, cujo relator é o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), é interessante.
Área econômica é contra
Na avaliação de Germano Rigotto, "a área econômica não quer a reforma tributária estrutural, mesmo sabendo que ela seria feita com longa transição. O segredo para a aclamar o governo é a transição. Tem que ter uma longa transição do sistema atual para o novo, vai implantando em etapas. Mas eu não vejo efetivamente que a equipe econômica, que o governo quer essa reforma. Mesmo o Temer querendo, ela passa pela área econômica".
Arrecadar mais
Segundo o ex-governador gaúcho, "os empresários do setor de serviços - que, na semana passada, foram para dentro do Congresso - estão dizendo que esta mudança que o governo vai propor vai jogar aumento de carga tributária". Rigotto argumenta que "é diferente ter um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Estadual com uma única legislação sob o comando dos estados, e ter um IVA Federal que substitua tudo. Mas o Hauly é muito radical nas posições dele. Então, o Hauly não quer conversar sobre isso", reclamou.
Só a fiscal, não a tributária
Para Rigotto, "os projetos que o governo mandou, e que têm a ver com a questão fiscal, não têm que misturar com a tributária, só fiscal. Esses projetos o governo vai conseguir aprovar, com algumas modificações num ou noutro, mas vai conseguir aprovar. Atrás disso existe uma posição conservadora que vem historicamente dentro da Receita Federal, imposto bom é imposto velho. E não pode se correr risco numa mudança no sistema tributário de perder arrecadação, ou entrar numa briga com estados e municípios para pegar maior fatia de arrecadação".
Perondi otimista
O deputado federal Darcísio Perondi (PMDB) acredita que a reforma tributária caminhe no Congresso. "Nós temos um governo decidido e marcadamente reformista. O presidente da República quer que as reformas andem. Acredito que possamos, sim, avançar. Tem uma proposta extraordinária do Hauly. É óbvio que o governo vai negociar com ele. Acredito que é possível e, além do mais, é preciso maioria simples. O governo quer, os municípios querem, os estados querem, o líder da Nação quer. Assim o quadro é bem melhor", avaliou o parlamentar. Para Perondi ainda têm duas reformas fortes: a tributária e a da Previdência. "Que o Congresso decida e a sociedade se mobilize", assinalou o vice-líder do governo na Câmara.
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