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JC Logística

- Publicada em 17 de Agosto de 2017 às 22:23

TCU quer dados sobre viabilidade de Angra 3

A continuidade da obra ou a desistência geram despesas elevadas, maiores do que o projetado no início

A continuidade da obra ou a desistência geram despesas elevadas, maiores do que o projetado no início


ELETRONUCLEAR/ELETRONUCLEAR/DIVULGAÇÃO/JC
Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) propôs o prazo de 30 dias para que a estatal Eletronuclear, do Grupo Eletrobras, apresente todos os estudos e avaliações feitas pela consultoria Deloitte Touche Tohmatsu quanto à viabilidade financeira de continuidade da usina nuclear de Angra 3, em construção no Rio de Janeiro.
Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) propôs o prazo de 30 dias para que a estatal Eletronuclear, do Grupo Eletrobras, apresente todos os estudos e avaliações feitas pela consultoria Deloitte Touche Tohmatsu quanto à viabilidade financeira de continuidade da usina nuclear de Angra 3, em construção no Rio de Janeiro.
A unidade técnica da corte pede ainda todas as informações relacionadas a outras investigações e estudos feitos pela estatal em relação aos contratos existentes para a conclusão da usina. O processo relatado pelo ministro Bruno Dantas será levado ao plenário do TCU para uma discussão definitiva.
A orientação da auditoria feita se baseou em informações divulgadas pelo Estado de S.Paulo em 3 de junho, revelando que o projeto, que já consumiu R$ 7 bilhões dos cofres públicos, precisaria de mais R$ 17 bilhões para ser concluído. A desistência do empreendimento, por outro lado, custaria R$ 12 bilhões, por causa do desmonte de estrutura, a destinação de máquinas e uma infinidade de dívidas ligadas aos contratos firmados pela Eletronuclear.
"O montante final estimado para o empreendimento concluído representa três vezes o montante estimado pelo governo federal quando da sua retomada em 2008/2009 (R$ 8,3 bilhões)", informa o relatório da auditoria. Angra 3 começou a ser construída pelos governos militares em 1984. As obras prosseguiram até 1986, quando foram paralisadas por dificuldades políticas e econômicas, além da ocorrência do maior desastre nuclear do mundo, a explosão do reator da usina de Chernobyl, na Ucrânia.
O projeto brasileiro ficou na gaveta durante 25 anos, até ser retomado em 2009, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometia colocar a usina para funcionar em maio de 2014. Agora, com os R$ 17 bilhões estimados para sua conclusão, o gasto total chegaria a cifra de R$ 24 bilhões para colocar em operação uma usina com capacidade de 1.405 megawatts (MW), o que torna a viabilidade financeira do projeto questionável. A Eletronuclear não se manifestou.
 
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