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Empresas & Negócios

- Publicada em 30 de Agosto de 2017 às 11:03

Em busca de visibilidade

Priscila Leote, coordenadora da ONG Outra Visão

Priscila Leote, coordenadora da ONG Outra Visão


FREDY VIEIRA/JC
Camila Silva
"Caráter, condição, atributo do que é ou pode ser visível, ser percebido pelo sentido da vista." Assim, a palavra visibilidade é defina no dicionário da língua portuguesa. Mas quando contextualizamos essa palavra na sociedade e alguns grupos se sobressaem perante outros? Para tornar essa visibilidade social igualitária, ou, pelo menos, diminuir os efeitos causados pelo preconceito direcionado às minorias sexuais, há mais de 15 anos a ONG Outra Visão - LGBT luta para ampliar a visibilidade dessa parcela da sociedade.
"Caráter, condição, atributo do que é ou pode ser visível, ser percebido pelo sentido da vista." Assim, a palavra visibilidade é defina no dicionário da língua portuguesa. Mas quando contextualizamos essa palavra na sociedade e alguns grupos se sobressaem perante outros? Para tornar essa visibilidade social igualitária, ou, pelo menos, diminuir os efeitos causados pelo preconceito direcionado às minorias sexuais, há mais de 15 anos a ONG Outra Visão - LGBT luta para ampliar a visibilidade dessa parcela da sociedade.
Abordar vertentes diferentes no meio dos projetos sociais direcionados ao público LGBT está no DNA da ONG. O projeto nasceu em 1999, segundo dados da Agência das Nações Unidas (ONU), o ano foi o auge da epidemia de HIV/AIDS no mundo. Na época, as políticas de prevenção quanto a doenças eram voltadas, em sua maioria, ao público LGBT. Por esse motivo, era natural que as ONGs focarem na prevenção e atendimento de portadores de doenças sexualmente transmissíveis. Na contramão da maioria, a ONG Outra Visão - LGBT trouxe como pauta central a luta por questões de políticas públicas. 
O trabalho em prol da promoção da cidadania e direitos humanos para a população LGBT é constante na ONG. Apesar de iniciar suas atividades no ano de 1999, apenas em 2003 a Outra Visão se tornou efetivamente uma ONG. No mesmo ano, o grupo realizou um dos seus projetos em prol da visibilidade LGBT de maior destaque. Dedicado exclusivamente a mulheres lésbicas, o projeto Somos Lés abrangeu a região Sul do Brasil e desenvolveu novos grupos de lideranças lésbicas que, abordam os direitos, a saúde e a cidadania.
Segundo a coordenadora da ONG, Priscila Leote, manter uma entidade em funcionamento sem verba pública é muito complexo. Para que os integrantes da ONG não precisassem retirar dinheiro do próprio bolso, a ONG optou por não ter mais sede e não concorrer à editais. Por esse motivo, o projeto é voltado para ações pontuais de visibilidade do público LGBT. A Outra Visão realizou parcerias com outras ONGs para realizar em Porto Alegre a comemoração de três eventos: O dia nacional da visibilidade trans (29 de janeiro), dia nacional da visibilidade lésbica (29 de agosto) e a Parada Livre de Porto Alegre. 
Há 11 anos, a ONG realiza o evento comemorativo do Dia da Visibilidade Lésbica no Venezianos Pub Café, na travessa dos Venezianos.  "A primeira edição teve apenas três participantes, no ano passado, mais de 300 pessoas passaram pelo evento", comenta a coordenadora. O evento "Sapateando no Venê" foi realizado no dia 01 de setembro, no local, os 11 anos de evento foram relembrados. 
 À frente da coordenação do projeto desde 2010, Priscila atribui sua militância com resultado direto do apoio da sua família que lhe acolheu quanto a jovem contou para eles que é uma mulher lésbica. A relação saudável com sua família foi o ponto de partida para que Priscila decidisse compartilhar seu conhecimento com outras pessoas."Eu acredito que o machismo, o racismo e a LGBTfobia são frutos da ignorância e desinformação das pessoas", pontua a coordenadora.
Recentemente, a Outra visão foi uma das ONGs convidadas para palestrar no projeto Mandala da Diversidade, organizado pelo Coletivo Feminino Plural. Na oficina, meninas de 13 a 24 anos receberam esclarecimentos sobre as práticas sexuais de mulheres lésbicas. A estudante de psicologia do Centro Universitário Ritter dos Reis (Unirriter), Monique Machado foi uma das jovens que participaram da oficina. Segundo a estudante, ter acesso à informação relacionada ao assunto é indispensável. Tendo em vista que, as informações quanto à saúde das mulheres lésbicas são muito rasas. "Oficinas como essa ampliam o olhar, nós, como mulheres héteros devemos proteger as mulheres lésbicas e dar visibilidade para elas no feminismo", finaliza.
Por esse motivo destaca a importância das ações de visibilidade. O próximo evento organizado pela ONG, ocorrerá no dia 26 de novembro. A tradicional Parada Livre de Porto Alegre será realizada na Redenção. Na edição do ano passado, mais de 60 mil pessoas participaram do evento. Para realizar a edição deste ano, o grupo está em busca de parceiro para a organização e divulgação da Parada Livre. Estabelecimentos e pessoas que desejam apoiar a parada e a luta LGBT, podem entrar em contato com os organizadores do evento através do e-mail: [email protected].
 
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