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Empresas & Negócios

- Publicada em 17 de Agosto de 2017 às 14:58

OLX estimula pessoas a negociar

'Nossa ambição é estar à frente desse movimento da economia colaborativa', afirma Andries Oudshoorn

'Nossa ambição é estar à frente desse movimento da economia colaborativa', afirma Andries Oudshoorn


RENATO MANGOLIN/DIVULGAÇÃO/JC
Patricia Knebel
Todo mundo tem produtos em desuso em casa, e que podem ter muito valor para outros consumidores. A maioria das pessoas, porém, não faz ideia disso. Com experiência em operações voltadas para a economia colaborativa na Europa, o holandês Andries Oudshoorn desembarcou no Brasil em 2011 com o desafio de ajudar a criar a cultura da venda de usados na internet. Ele foi o responsável pela implementação da operação do Bomnegócio no Brasil, e pelo grande crescimento da marca. Em 2014, ocorreu a fusão com a OLX Brasil, e ele se tornou o CEO da operação. A OLX é hoje uma das empresas de tecnologia que mais crescem no Brasil. Líder no mercado de compra e venda on-line no País, conta com meio milhão de anúncios todos os dias e uma média de 2 milhões de vendas por mês - cerca de 50 por minuto. A empresa tem escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, que abrigam um time de aproximadamente 500 profissionais. "O meu sonho é criar uma economia mais sustentável e colaborativa. Cada produto usado que vendemos na nossa plataforma gera um impacto positivo na economia das famílias e no ambiente. E é justamente esse efeito positivo que o nosso negócio tem que nos motiva, e olha que estamos só no início disso", afirma. Oudshoorn mora no Rio de Janeiro com a esposa, que é espanhola. "Nos sentimos em casa desde que chegamos. Os amigos sempre nos convidam para churrascos e confraternizações. A cultura brasileira é muito acolhedora", comenta.
Todo mundo tem produtos em desuso em casa, e que podem ter muito valor para outros consumidores. A maioria das pessoas, porém, não faz ideia disso. Com experiência em operações voltadas para a economia colaborativa na Europa, o holandês Andries Oudshoorn desembarcou no Brasil em 2011 com o desafio de ajudar a criar a cultura da venda de usados na internet. Ele foi o responsável pela implementação da operação do Bomnegócio no Brasil, e pelo grande crescimento da marca. Em 2014, ocorreu a fusão com a OLX Brasil, e ele se tornou o CEO da operação. A OLX é hoje uma das empresas de tecnologia que mais crescem no Brasil. Líder no mercado de compra e venda on-line no País, conta com meio milhão de anúncios todos os dias e uma média de 2 milhões de vendas por mês - cerca de 50 por minuto. A empresa tem escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, que abrigam um time de aproximadamente 500 profissionais. "O meu sonho é criar uma economia mais sustentável e colaborativa. Cada produto usado que vendemos na nossa plataforma gera um impacto positivo na economia das famílias e no ambiente. E é justamente esse efeito positivo que o nosso negócio tem que nos motiva, e olha que estamos só no início disso", afirma. Oudshoorn mora no Rio de Janeiro com a esposa, que é espanhola. "Nos sentimos em casa desde que chegamos. Os amigos sempre nos convidam para churrascos e confraternizações. A cultura brasileira é muito acolhedora", comenta.
Empresas & Negócios - A cultura da economia colaborativa, que é a base do serviço oferecido pela OLX, já pegou no Brasil?
Andries Oudshoorn - O desenvolvimento no Brasil é parecido com o que vejo na Europa. Já trabalhei muito lá, e a cultura é parecida. Quando a OLX entrou no Brasil, em 2010, as pessoas quase não tinham o hábito de vender eletrônicos e produtos para a casa pela internet. Só a categoria de carros usados era um pouco mais desenvolvida. Mas fizemos pesquisas e apostamos que os brasileiros teriam essa necessidade um dia. A nossa estimativa é que 91% dos consumidores que usam internet tenham algo em casa para vender. Mas a maioria acha que ninguém vai querer. Decidimos ajudar essas pessoas a avançar neste conceito. É uma mudança de hábito, e estamos no meio do caminho. Acreditamos que, em cinco anos, teremos esse mercado no Brasil tão aquecido como é atualmente no Norte da Europa, onde quase todo mundo usa estes sites. Nossa ambição é estar à frente desse movimento da economia colaborativa.
Empresas & Negócios - A crise tem um efeito positivo para o negócio da OLX?
Oudshoorn - Vender produtos pela internet é uma tendência mundial e que vem se acelerando nos últimos anos no Brasil. Em parte, isso acontece por causa da crise, sim, que faz os consumidores pensarem melhor no valor das coisas que têm em casa. Vender o que não se usa mais e comprar coisas por valor atrativo passa a ser uma alternativa. Estamos à frente da nova forma de consumir, baseada em reutilizar e de não comprar tudo novo. O ano de 2016 foi ano muito bom. Tivemos um crescimento grande do volume de transações - cerca de 25 milhões de negócios fechados, crescimento de 90%. A receita cresceu 120% em 2016, atingindo R$ 99 milhões. Isso é reflexo de os brasileiros comprarem e venderem mais coisas pela internet.
Empresas & Negócios - Qual o principal desafio para esse modelo de negócios?
Oudshoorn - O principal desafio é fazer as pessoas entenderem que muitas coisas que elas têm em casa e que estão sem uso podem ter valor para outras pessoas. E que produtos usados podem ter qualidade. Há pessoas que têm receio de que seja difícil vender, ou acham que podem ter problema para receber a mercadoria, mas quando testam e veem o resultado, aderem à plataforma. O desafio é começar.
Empresas & Negócios - A falta de confiança dos brasileiros nos seus pares não afeta esse modelo de negócio?
Oudshoorn - Somos uma plataforma que conecta as pessoas. Sempre incentivamos os usuários a se comunicarem diretamente, e marcar encontro para entrega. Assim, eles conseguirão ver se o produto é aquilo que eles desejavam. Também sempre recomendamos que nunca enviem dinheiro antecipadamente. Queremos incentivar as pessoas a fazer negócios entre elas.
Empresas & Negócios - Que categorias despertam mais interesse dos usuários?
Oudshoorn - Uma das categorias mais populares é a de eletrônicos. Muita gente quer o último modelo do celular e, por isso, depois de um ano de uso, já vende para comprar um novo. Quando uma pessoa publica um smartphone, é comum receber cerca de 20 contatos em 2 horas. Isso gera um efeito positivo. A cada mês, 500 mil novas pessoas começam a vender pela primeira vez. Tudo baseado no boca a boca. (A OLX sustenta no seu site um tráfego de 6,4 milhões de pessoas diariamente, com uma média de 100 mil requisições de busca por minuto. Diariamente, 800 mil usuários utilizam o chat - iniciando um milhão de novas conversas e trocando 4,6 milhões de mensagens).
Empresas & Negócios - O marketing on-line é a melhor estratégia da empresa para atrair novos compradores e vendedores?
Oudshoorn - A migração do marketing off-line para o on-line é uma tendência irreversível, especialmente porque permite medir resultados. A nossa publicidade é baseada em resultados diretos e nos investimentos que fazemos para o crescimento da marca. Há cinco anos, o nosso investimento era quase 100% em mídias off-line, como TV, mas estamos movendo os investimentos para as plataformas on-line. Assim, conseguimos atingir mais o público jovem, criando mensagens diferenciadas e medindo o impacto. Nesse meio, tudo acontece de forma muito rápida e certeira.
Empresas & Negócios - Como tem sido o retorno das ofertas para o mercado corporativo?
Oudshoorn - Vimos que a OLX poderia ajudar as empresas, como imobiliárias e concessionárias de carros, a vender os seus produtos para o nosso público. Várias empresas têm produtos que se encaixam na nossa oferta e passamos a oferecer serviços mais voltados para esse nicho. Alguém que está buscando um carro pode passar a receber também as opções de serviços financeiros e seguro. Recentemente a OLX fez um movimento importante no mercado de imóveis lançando um novo site, o Storia Imóveis. A plataforma on-line para compra, venda e aluguel é voltada para o segmento profissional, como imobiliárias, incorporadoras, corretores, construtoras; e para clientes de médio e alto padrão. Tivemos um grande crescimento em volume de vendas depois que passamos a desenvolver soluções para empresas, como plataforma para vender aos consumidores.
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