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Política

- Publicada em 17 de Julho de 2017 às 20:01

Eike nega pagamentos a Funaro e Cunha

Em prisão domiciliar desde abril, Eike Batista reapareceu careca

Em prisão domiciliar desde abril, Eike Batista reapareceu careca


ELLAN LUSTOSA /ELLAN LUSTOSA/CÓDIGO 19/FOLHAPRESS/JC
O empresário Eike Batista negou ontem, em depoimento à Justiça Federal, no Rio de Janeiro, ter feito qualquer pagamento indevido para que sua empresa LLX Açú Operações Portuárias recebesse, em 2012, investimento de R$ 750 milhões do FI-FGTS, conforme indicado em delação premiada.
O empresário Eike Batista negou ontem, em depoimento à Justiça Federal, no Rio de Janeiro, ter feito qualquer pagamento indevido para que sua empresa LLX Açú Operações Portuárias recebesse, em 2012, investimento de R$ 750 milhões do FI-FGTS, conforme indicado em delação premiada.
Eike contou ter dado uma carona em um voo ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de Brasília para o Rio após pedido de um executivo de suas empresas, mas negou ter relações com ele.
"Ele embarcou, sentou numa poltrona atrás. Posso ter o cumprimentado, mas não tenho relação nenhuma, nenhum contato telefônico, não visito a casa dele, nem ele a minha", disse em videoconferência à 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília.
O fundador do grupo X depôs na tarde de ontem como testemunha de defesa de Lúcio Funaro no processo em que o doleiro e Cunha são réus. O depoimento durou em torno de 15 minutos.
Ex-sócio de Funaro, Alexandre Margotto contou, em delação premiada, que Eike Batista pagou a Funaro e Cunha para que sua empresa LLX Açú Operações Portuárias recebesse, em 2012, investimento de R$ 750 milhões do FI-FGTS.
"Gostaria de ressalvar que eu era presidente do conselho de administração da companhia, e isso era tratado por executivos dentro da empresa", afirmou. Questionado, disse que, pessoalmente, não negociou nada: "Absolutamente, não".
O empresário e seus advogados já produziram ao menos oito anexos da sua proposta de delação premiada que será entregue ao Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro.
Os principais nomes citados na colaboração de Eike são o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega (PT).
Careca, Eike reapareceu pela primeira vez desde que foi para a prisão domiciliar, em abril deste ano. Foi ouvido no Rio por videoconferência como testemunha de defesa do doleiro Lucio Funaro, em um processo que tramita na Justiça Federal de Brasília e que também como réu o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
No mesmo processo, foram ouvidos como testemunhas o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi (PDT) e o ex-prefeito de Itaboraí Helil Cardozo.
Para participar da audiência e sair de casa, Eike recebeu permissão do juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, responsável pelo julgamento dos casos da Operação Lava Jato no Rio. Eike responde a uma ação junto à 7ª Vara, acusado de pagar propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ).
O empresário voltará a depor, desta vez como réu, no dia 31 de julho, quando será ouvido pelo juiz Marcelo Bretas.
 
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