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Opinião

- Publicada em 10 de Julho de 2017 às 16:37

Marchezan e vereadores prejudicam a cidade

A ocupação do plenário da Câmara de Vereadores pelos funcionários de Porto Alegre que acompanhavam a votação do aumento de 27,3% da alíquota previdenciária (de 11% para 14%) foi a reação legítima às ofensas e provocações proferidas da tribuna pelo vereador Cláudio Janta (SD), líder do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB). É compreensível a eventual ocorrência de excessos na interrupção da sessão do Legislativo de 5 de julho, visto a selvageria do governo e a violência perpetrada por uma maioria parlamentar surda e cega às ponderações e aos apelos dos trabalhadores. O direito à insurgência contra o arbítrio e a opressão é uma conquista civilizatória e democrática da humanidade, consagrada em textos e convenções internacionais há mais de 200 anos.
A ocupação do plenário da Câmara de Vereadores pelos funcionários de Porto Alegre que acompanhavam a votação do aumento de 27,3% da alíquota previdenciária (de 11% para 14%) foi a reação legítima às ofensas e provocações proferidas da tribuna pelo vereador Cláudio Janta (SD), líder do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB). É compreensível a eventual ocorrência de excessos na interrupção da sessão do Legislativo de 5 de julho, visto a selvageria do governo e a violência perpetrada por uma maioria parlamentar surda e cega às ponderações e aos apelos dos trabalhadores. O direito à insurgência contra o arbítrio e a opressão é uma conquista civilizatória e democrática da humanidade, consagrada em textos e convenções internacionais há mais de 200 anos.
Os vereadores vinculados ao governo Marchezan fecharam os olhos para as ilegalidades e inconstitucionalidades do projeto, e também desprezaram aspectos elementares como, por exemplo, estudos atuariais que evidenciam a desnecessidade desta medida. Os vereadores governistas, presumivelmente atraídos por favores e cargos na administração, encerraram a sessão no plenário, chamaram o batalhão de choque da Brigada Militar e realizaram uma sessão clandestina e ilegal, fora do plenário do Legislativo municipal. Nesta sessão vergonhosa, sem equivalência até mesmo com o período da ditadura, 20 vereadores aprovaram o aumento previdenciário.
A loucura ideológica do prefeito Marchezan Júnior, que combate obsessiva e odiosamente o funcionalismo para destruir os serviços públicos, alcançou a estratosfera. Marchezan e seus vereadores levam Porto Alegre ao mais soturno dos submundos. Neste percurso sinistro, contam com a militância engajada do MBL, que não pode ser tratado como um movimento, porque age como uma milícia neofascista que relembra em muito os agrupamentos "camisas negras" - forças paramilitares criadas e treinadas por Mussolini na Itália nos anos 1920 para agredir, perseguir e matar lideranças comunistas, operárias e populares. A atitude dos governistas na Câmara de Porto Alegre é um marco definidor do próximo período, que não será de negociação e diálogo, mas de imposição violenta de um dos principais experimentos da direita neofacista brasileira em escala municipal. Porto Alegre, que um dia foi o berço da democracia e do Orçamento Participativo, hoje é o laboratório da extrema-direita.
Integrante do Instituto de Debates, Estudos e Alternativas
 
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