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Internacional

- Publicada em 24 de Julho de 2017 às 15:28

Maduro exige 'paz' durante votação de Constituinte na Venezuela

Atos contra a eleição de uma nova assembleia constituinte se mantêm

Atos contra a eleição de uma nova assembleia constituinte se mantêm


RONALDO SCHEMIDT/RONALDO SCHEMIDT/AFP/JC
No próximo domingo, os venezuelanos devem ir às urnas para eleger os membros de uma nova Assembleia Nacional Constituinte, que tem como missão reescrever a Constituição venezuelana. O presidente Nicolás Maduro exigiu, em seu programa dominical de rádio e televisão, que seus adversários políticos permitam a população se expressar em paz. "Exijo que a oposição tenha um pouquinho de honra e respeite o direito dos venezuelanos de votar neste 30 de julho sem violência", disse o presidente.
No próximo domingo, os venezuelanos devem ir às urnas para eleger os membros de uma nova Assembleia Nacional Constituinte, que tem como missão reescrever a Constituição venezuelana. O presidente Nicolás Maduro exigiu, em seu programa dominical de rádio e televisão, que seus adversários políticos permitam a população se expressar em paz. "Exijo que a oposição tenha um pouquinho de honra e respeite o direito dos venezuelanos de votar neste 30 de julho sem violência", disse o presidente.
Dirigindo-se ao presidente da Assembleia Nacional, o deputado opositor Julio Borges, Maduro disse: "temos grandes diferenças, mas se você tem a liderança política neste momento histórico, assuma a responsabilidade. Retifiquem a tempo e chegaremos a um acordo de paz e convivência para que este país siga em frente".
O comentário foi feito horas depois de o deputado Freddy Guevara, vice-presidente da Assembleia Nacional, falar, em nome da coalizão de oposição que, em relação à Constituinte, o povo venezuelano "já decidiu" na consulta popular de 16 de julho, e "não permitirá" que se instaure "um comunismo" no país. Guevara deu ênfase ao chamado da oposição para uma greve geral de 48 horas entre quarta e quinta-feira desta semana, assim como outros protestos nos próximos dias, como parte de uma campanha de pressão contra o governo, denominada "hora zero". Os protestos, iniciados em abril, já deixaram 97 mortos.
A oposição não inscreveu candidatos no processo porque a iniciativa não contou com uma consulta popular prévia, como determina a legislação venezuelana. "Eu reconheço a oposição e sei que ela tem força política também", disse Maduro, referindo-se à recente consulta popular contra o plano para mudar a Constituição do país. Em 16 de julho, uma coalizão de partidos opositores realizou uma votação simbólica contra a Assembleia Constituinte que teria reunido mais de 7 milhões de pessoas, um número que não pode ser confirmado de forma independente.
EUA, Brasil, Canadá, México e os países da União Europeia já solicitaram a retirada da proposta de elaborar uma nova Constituição. O governo do presidente norte-americano, Donald Trump, em particular, ameaçou tomar medidas econômicas "fortes e rápidas" caso Maduro continue o processo.
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