O Índice Bovespa teve, nesta sexta-feira, sua terceira queda consecutiva, mais uma vez determinada pelo desempenho negativo das commodities. Assim como ocorreu nos últimos pregões, o indicador chegou a ensaiar uma alta pela manhã (máxima de 0,30%), mas não se sustentou à tarde, quando a liquidez se tornou ainda mais escassa. Ao final dos negócios o indicador marcou 64.684 pontos, em baixa de 0,39%. Os negócios somaram R$ 5,3 bilhões, menor volume da semana.
Com o resultado, o Ibovespa encerrou a semana com perda acumulada de 1,15%. Profissionais consideram o percentual bastante razoável, visto que o indicador vinha de cinco altas consecutivas na semana passada, com as quais ganhou 5%. Uma realização de lucros nesta semana não estava descartada. No mês, ainda há alta de 2,84%.
O principal motivo para a correção veio do desempenho das commodities, que alternaram altas e baixas, mas terminaram a semana com perdas. As ações da Petrobras seguiram à risca e fecharam com baixas de 2,49% (ON) e 3,13% (PN).
O aumento de PIS/Cofins sobre os combustíveis foi o principal evento da semana, esvaziada pelo início do recesso parlamentar. Os aumentos das alíquotas de gasolina, álcool e diesel, dentro dos esforços do governo para cumprir a meta fiscal do ano, dividiu analistas de renda variável ao longo da semana. Segundo cálculos do Credit Suisse, as altas nos preços dos combustíveis terão impacto de 0,53 ponto percentual na inflação do IPCA do ano.