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Varejo

- Publicada em 12 de Julho de 2017 às 19:10

Médias salariais no comércio gaúcho melhoram

No Rio Grande do Sul, todas as cidades analisadas no levantamento registraram recuo na oferta de trabalho

No Rio Grande do Sul, todas as cidades analisadas no levantamento registraram recuo na oferta de trabalho


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
A região Sul fechou o primeiro semestre de 2017 com uma queda de 9% no número de vagas anunciadas on-line na área de varejo. O resultado leva em consideração o mesmo período do ano passado, saindo de 853 vagas para 799. No entanto, as médias salariais apresentam uma melhora de 6%, em comparação com o primeiro semestre de 2016. Os dados apresentados são parte do levantamento realizado pelo site de empregos Adzuna.com.br em parceria com a Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV).
A região Sul fechou o primeiro semestre de 2017 com uma queda de 9% no número de vagas anunciadas on-line na área de varejo. O resultado leva em consideração o mesmo período do ano passado, saindo de 853 vagas para 799. No entanto, as médias salariais apresentam uma melhora de 6%, em comparação com o primeiro semestre de 2016. Os dados apresentados são parte do levantamento realizado pelo site de empregos Adzuna.com.br em parceria com a Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV).
Os estados do Sul do País seguiram a tendência média do Brasil, que também caiu 9% em relação ao número de vagas anunciadas on-line em comparação com o ano anterior. Concentrando 18% do total de vagas de varejo publicadas, os estados Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná tiveram uma média salarial 5% maior que o resultado da união. O Rio Grande do Sul apresentou a maior variação em termos de oportunidades abertas, que no ano passado contava com 316 vagas abertas, sendo o estado da região com maior número de vagas. No primeiro semestre de 2017 a situação se mostra diferente. Com 273 postos de trabalhos divulgados on-line, o Estado perde a liderança para o Paraná. A variação negativa foi de 13,6% no período avaliado. Em contrapartida, o estado mais meridional do Brasil apresentou um aumento de 10% no valor do salário médio, saindo de R$ 1.310,00 para R$ 1.443,00.
Todas cidades analisadas do Rio Grande do Sul tiveram queda no número de vagas. Porto Alegre foi a cidade que sofreu o menor dano. Mesmo assim, com 20,8% vagas a menos do que no ano anterior, a cidade passou de 150 para 118 vagas. Os salários se mantiveram estáveis, com variação positiva de 1%. Cachoeirinha apresentou a maior queda, em torno de 70% de vagas a menos do que no ano anterior. Caxias do Sul, por outro lado, trouxe uma notícia positiva para o Estado, já que aparece como a cidade com o maior aumento percentual na média salarial. Com um salário geral 33% mais alto do que em 2016, a cidade passa de R$ 1.070,00 para R$ 1.424,00.
Na contramão dos outros estados da região Sul, o Paraná foi o único que registrou crescimento no número de oportunidades no varejo, que passaram de 271 para 280. Por outro lado, foi o único dos três estados que teve uma queda na média salarial, com um valor 9% menor do que no ano anterior, saindo de R$ 1.514,00 para R$ 1.381,00 em 2017.
Em Santa Catarina a queda no número de vagas foi muito similar ao que aconteceu no Rio Grande do Sul, registrando um número 13,5% menor que o ano anterior. No entanto, os catarinenses podem comemorar um crescimento de 24% no valor médio dos salários, que atingiu R$ 1.805,00, registrando o maior crescimento entre os estados da região Sul do País.

Dia das mães, base fraca e efeito calendário ajudaram desempenho do varejo em maio

A comemoração do Dia das Mães em 2017 foi melhor para o varejo do que nos dois anos anteriores, segundo Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, a alta de 2,4% nas vendas do varejo em maio ante o mesmo mês de 2016 teve ajuda também de uma base de comparação fraca e do efeito calendário.
Maio deste ano teve um dia útil a mais do que maio de 2016. Além disso, o volume vendido vinha de um recuo de 9% em maio do ano passado ante o mesmo período do ano anterior. Em maio de 2015, a queda foi de 4,5%.
"Certamente, maio tem um efeito mais forte de Dia das Mães do que ocorreu no mesmo mês do ano passado, e vai impactar as atividades tradicionalmente beneficiadas pela data, como vestuário e calçados, móveis e eletrodomésticos, outros artigos de uso pessoal e doméstico", apontou Isabella. "A base desse crescimento é um ano com as variações mais negativas, então é preciso relativizar esse resultado", ponderou.
No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas cresceram 4,5%, a primeira expansão desde maio de 2014. No segmento de veículos, o volume vendido cresceu também 4,5%, a primeira alta desde fevereiro de 2014. "É a atividade que caía há mais tempo, e aí tem uma recuperação. É importante", avaliou a pesquisadora.
Na comparação com maio de 2016, o destaque foi o avanço do setor de Móveis e eletrodomésticos (13,8%). Os demais resultados positivos foram registrados em Tecidos, vestuário e calçados (5,0%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,8%); e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (8,8%).
As vendas do setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios bebidas e fumo ficaram estáveis (0,0%). Houve perdas em Combustíveis e lubrificantes (-0,9%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-1%).
No varejo ampliado, o setor de material de construção teve uma expansão de 9,3%.

Confederação Nacional do Comércio eleva para 1,6% projeção de crescimento das vendas em 2017

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) reviu de 1,2% para 1,6% a projeção de crescimento nas vendas do varejo este ano.
De acordo com a pesquisa da entidade, a receita do varejo ampliado (que também reúne os materiais de construção e veículos e peças) registrou avanço de 4,5% na comparação com maio do ano passado. Esse foi o melhor resultado desde março de 2015, quando houve um aumento de 5% na receita do varejo.
Segundo o economista Fabio Bentes, da CNC, a recuperação sustentável do setor continua dependente, de forma mais ampla, da melhora das condições de emprego e taxas de juros mais compatíveis com a trajetória recente da inflação.
"Confirmada essa expectativa, o setor voltaria, enfim, a crescer após três anos de retrações ao fim do qual o nível mensal de vendas retroagiu a níveis do início de 2010", afirmou.
Dos 10 segmentos pesquisados pela PMC, apenas dois registraram retrações em relação a maio de 2016: combustíveis e lubrificantes (-0,9% ) e livrarias e papelarias (-1% ).
Considerando os segmentos que tiveram resultados positivos, entre os que mais se destacaram foram os de móveis e eletrodomésticos (13,8%), materiais de construção (9,3%), equipamentos de informática e comunicação (8,8%), e vestuário e calçados (5%).
A análise da Confederação Nacional do Comércio mostra ainda que três fatores têm contribuído para melhorias mais acentuadas nesses segmentos: a escassez de demanda, que ocasionou um crescimento dos preços menor que o do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA); a recuperação parcial do crédito; e os saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que tiveram impacto positivo, ainda que temporário, no comportamento de vendas do varejo brasileiro.