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Indústria

- Publicada em 10 de Julho de 2017 às 22:02

Investimento da GM gera otimismo no Rio Grande do Sul

Mudanças no Fundopem criaram um ambiente favorável para atrair empresas e fornecedores ao complexo

Mudanças no Fundopem criaram um ambiente favorável para atrair empresas e fornecedores ao complexo


/JONATHAN HECKLER/JC
A expectativa da confirmação do investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão da GM na planta de Gravataí está animando o segmento automotivo gaúcho. Os recursos deverão ser aplicados na ampliação da unidade e também contemplarão a preparação para que a fábrica produza um novo modelo que deverá chegar ao mercado dentro de três anos.
A expectativa da confirmação do investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão da GM na planta de Gravataí está animando o segmento automotivo gaúcho. Os recursos deverão ser aplicados na ampliação da unidade e também contemplarão a preparação para que a fábrica produza um novo modelo que deverá chegar ao mercado dentro de três anos.
O anúncio oficial do empreendimento é esperado para os próximos dias. Uma possível data será 20 de julho, quando o complexo gravataiense completa 17 anos de existência.
De acordo com o governo, as mudanças no Fundopem criam um ambiente mais favorável para que empresas do ramo automotivo e de implementos rodoviários consigam atrair companhias fornecedoras para o Rio Grande do Sul. Pela proposta, os benefícios concedidos à empresa principal são oferecidos também às fornecedoras, desde que produzam e estejam localizadas no Estado.
O prefeito de Gravataí, Marco Alba (PMDB), destaca que os incentivos são bem-vindos, se isso significar a geração de empregos. O dirigente ressalta que é preciso respeitar o ritmo da montadora e do governo do Estado e afirma que ainda não recebeu a comunicação do investimento da GM. "Estamos esperando ansiosos para que isso aconteça", frisa.
Alba acrescenta que não foi discutido qualquer benefício por parte da prefeitura para a expansão da unidade da montadora. No entanto, o prefeito adianta que é possível que as futuras ações sejam enquadradas na lei aprovada no final da década de 1990, que prevê vantagens para a empresa. Os incentivos dizem respeito a ISS, IPTU e outras taxas municipais. A GM já chegou a ser responsável por cerca de 55% da arrecadação de ICMS de Gravataí (algo em torno de R$ 100 milhões). Além disso, segundo Alba, a montadora gera em torno de 3 mil empregos em sua planta no município, número que sobe para 7 mil se forem contadas as companhias sistemistas. "Confirmado o novo investimento, aumentarão os postos de trabalho e também será a retomada da autoestima", projeta o prefeito.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Veículos e de Peças e Acessórios para Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincopeças-RS), Gerson Nunes Lopes, enfatiza que, em meio a toda a crise que assola o País e o Estado, o investimento da GM é um boa notícia. "Alguém está acreditando", reitera o empresário. O dirigente adianta que a expectativa é que o setor automotivo registre crescimento nos próximo anos, o que justifica a aposta no segmento. Lopes argumenta que aportes como esse refletem em toda cadeia automotiva. Os impactos são percebidos nas concessionárias, em um primeiro momento, e em uma segunda etapa beneficia também a área de autopeças. O Sincopeças-RS representa aproximadamente 17 mil empresas.
 

Emplacamento de implementos rodoviários cai 20,51% no primeiro semestre

A indústria de implementos rodoviários emplacou 25.312 veículos nos seis primeiros meses deste ano, volume 20,51% menor que o verificado no mesmo intervalo de 2016, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).
Os emplacamentos no setor Pesado (Reboques e Semirreboques) registrou de janeiro a junho de 2017 recuo de 14,45%. No total, foram entregues ao mercado 10.802 unidades ante 12.626 produtos no mesmo período de 2016. Cinco segmentos apresentaram variação positiva: Baú Carga Geral, Transporte de Toras, Baú Frigorífico, Baú Lonado e Tanque Carbono.
No mercado de Leves (Carroceria sobre Chassis) a queda nos emplacamentos foi de 24,50%. No primeiro semestre de 2017 foram emplacados 14.510 produtos contra 19.219 em igual período do ano passado,
"Mesmo com resultado ainda negativo já se observa uma certa melhora porque a queda com relação a 2016 está diminuindo", destaca em nota Mário Rinaldi, diretor Executivo da Anfir. "A realização da Fenatran, em São Paulo em outubro, será um suporte importante para ajudar as vendas da indústria em um momento de possível recuperação de mercado", conclui Rinaldi.
Para o presidente da associação, Alcides Braga, o Bndes deve ter um papel mais ativo no momento atual de retomada da economia. "O PIB influencia os negócios e precisamos de uma política que envolva o Bndes para que os indicadores possam voltar ao nível de 2013", afirma.
Ele explica que o desempenho da indústria de implementos rodoviários é diretamente ligado ao crescimento ou não dos negócios nos demais setores da economia brasileira.