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Agronegócios

- Publicada em 05 de Julho de 2017 às 22:04

Caixa amplia em 65% recursos do Plano Safra

Magalhães anunciou volume de R$ 870 milhões para o Estado

Magalhães anunciou volume de R$ 870 milhões para o Estado


MARCO QUINTANA/MARCO QUINTANA/JC
O Plano Safra da Caixa Econômica Federal, anunciado ontem, veio com incremento de recursos para o Rio Grande do Sul bem acima da média nacional. Ainda uma "iniciante" no mercado agrícola (passou a atuar no segmento apenas em 2013), a Caixa destinará para o ciclo 2017/2018 um total de R$ 10 bilhões em todo o Brasil, dos quais R$ 870 milhões para o Estado. A alta dos recursos previstos para os produtores gaúchos é de 61%, ante 25% de incremento nacional.
O Plano Safra da Caixa Econômica Federal, anunciado ontem, veio com incremento de recursos para o Rio Grande do Sul bem acima da média nacional. Ainda uma "iniciante" no mercado agrícola (passou a atuar no segmento apenas em 2013), a Caixa destinará para o ciclo 2017/2018 um total de R$ 10 bilhões em todo o Brasil, dos quais R$ 870 milhões para o Estado. A alta dos recursos previstos para os produtores gaúchos é de 61%, ante 25% de incremento nacional.
"Isso se deve a boas perspectivas de demanda, que é maior no Estado. E temos como estratégia para ganhar mercado especialmente a agilidade na aprovação e liberação de crédito. Para até R$ 500 mil, por exemplo, há um processo on-line, que, com apoio da equipe técnica, pode ser aprovado no mesmo dia", explica o diretor executivo de produtos de varejo do banco, Humberto Magalhães.
Para conhecer melhor a atividade rural, a Caixa começa a adotar ações com gerentes regionais especializados no segmento e ampliar participação em eventos setoriais. Também com o objetivo de aumentar a capilaridade e presença da Caixa no agronegócio, a instituição vem reforçando as parcerias com consultores e técnicos conveniados para atender o produtor e facilitar a concessão. No Rio Grande do Sul, já são 373 parceiros.
"Apesar dos nossos mais 156 anos de existência, somos jovens no mercado agrícola. Com humildade, podemos dizer que ainda estamos conhecendo melhor o setor", explica Magalhães, estimando a participação da Caixa no setor em 5% do segmento. Entre as mudanças para este ano está a possibilidade de liberação total de recurso em um único semestre, o que, no ciclo passado, poderia ser feito somente de forma fracionada em dois períodos. Ainda fora do mercado de crédito rural destinado a pequenos produtores, a Caixa deve começar a operar com o Pronaf apenas na safra 2018/2019. "Pela nossa presença e ação social, muitos nos perguntam quando iremos entrar no segmento da agricultura familiar", explica Magalhães.
Na política de juros, a Caixa divulga que está trabalhando com redução de 1 ponto percentual nas linhas de custeio agrícola e pecuário (principais modalidades operadas pela instituição) e para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que neste ciclo ficaram em 8,5% e 7,5%, respectivamente.
No Rio Grande do Sul, 47% dos recursos do Plano Safra 2016/2017 foram captados pelo setor arrozeiros, 25% por sojicultores e 6% para produtores de maçã - e o restante, divido entre diferentes culturas e para pecuária. Magalhães, porém, espera que, com a continuidade das operações, a procura por parte dos produtores de soja será ampliada.

FEE aponta redução de 6.944 vagas no campo no Rio Grande do Sul

A Fundação de Economia e Estatística (FEE) atualizou as estatísticas do emprego formal celetista do agronegócio do Rio Grande do Sul e do Brasil referentes a maio de 2017. O saldo no ano é equivalente ao observado em 2016, mas o mês de maio registrou saldo negativo de empregos formais nos três segmentos (antes, dentro e fora da porteira) do agronegócio gaúcho, com o número de admissões (10.527) inferior ao de desligamentos (17.471), resultando na perda de 6.944 postos de trabalho com carteira assinada. De acordo com os pesquisadores do Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE, o mês de maio segue o movimento sazonal, que ocorre em todos os anos, de desmobilização de mão de obra iniciado em abril devido ao encerramento da colheita da safra de verão.
Na comparação com maio do ano anterior, a perda de postos de trabalho foi ligeiramente menor: menos 7.058 em 2016, contra menos 6.944 em 2017. Os setores que mais melhoraram sua condição em maio de 2017, comparativamente a igual mês de 2016, foram os de produção de lavouras permanentes e de fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários. Nos cinco primeiros meses do ano (janeiro a maio), foram criados 10.677 empregos com carteira assinada no agronegócio gaúcho.

Modernização da pecuária de corte é tema de reunião

O secretário da agricultura, pecuária e irrigação, Ernani Polo, reuniu entidades do setor animal para discutir o objetivo da Seapi de modernizar a pecuária de corte gaúcha, setor de grande relevância para a economia, tendo em vista que 70% do rebanho estadual é destinado a este fim. A reunião foi realizada no BRDE com a presença do presidente da instituição, Odacir Klein.
Representantes de entidades e de indústrias debateram sobre formas para alavancar a produção de carne gaúcha, valorizando sua qualidade com agregação de valor. Foi discutida a criação de uma agência ou centro de inteligência da carne, coordenado pelo setor privado, instrumento que trabalharia aspectos gerais para modernização da pecuária de corte. Foi discutida a criação do selo de qualidade da carne gaúcha, cujo objetivo é garantir qualidade e agregar valor à carne, que, de acordo com o vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, "em virtude do clima propício para várias raças.
Outra demanda a ser discutida dentro centro de inteligência será a criação de linhas de crédito junto a instituições bancárias (Banrisul, Badesul e BRDE) que proporcionariam as empresas, especialmente as de pequeno porte, acesso a financiamento para que possam se modernizar.
De acordo com o secretário Ernani Polo, "a agência ou centro de inteligência é importante para que possamos traçar planos para modernizar nossa pecuária de corte, tornando a carne gaúcha ainda mais valorizada e com totais condições de competir dentro do mercado nacional e internacional. O selo comprovaria a qualidade e identificaria nosso estado".
Participaram da reunião o vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira; o presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen; o superintendente da Unidade de Negócios Rurais do Banrisul, Odir Zalamena; e representantes do BRDE, de sindicatos rurais, indústrias e produtores.