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Economia

- Publicada em 02 de Julho de 2017 às 19:04

Aporte do Bndes a empresas menores sobe 200%

Instituição aposta em novo ajuste, que pode ser adotado em agosto, para dobrar volume de financiamentos

Instituição aposta em novo ajuste, que pode ser adotado em agosto, para dobrar volume de financiamentos


/DANILO UCHA/JN/ESPECIAL/JC
Impulsionado por ajustes nas regras feitas no ano passado, o Bndes FGI, fundo garantidor para empresas de menor porte administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), registrou aumento de 200% no valor dos empréstimos garantidos nos cinco primeiros meses do ano, na comparação com igual período de 2016. O ritmo da entrada de novos financiamentos no fundo está em torno de R$ 1 bilhão ao ano, mas há espaço para acelerar, segundo a instituição.
Impulsionado por ajustes nas regras feitas no ano passado, o Bndes FGI, fundo garantidor para empresas de menor porte administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), registrou aumento de 200% no valor dos empréstimos garantidos nos cinco primeiros meses do ano, na comparação com igual período de 2016. O ritmo da entrada de novos financiamentos no fundo está em torno de R$ 1 bilhão ao ano, mas há espaço para acelerar, segundo a instituição.
O banco aposta em um novo ajuste, que pode ser adotado já em agosto, para dobrar esse valor para R$ 2 bilhões ao ano, disse o superintendente de Comércio Exterior e Fundos Garantidores, Leonardo Pereira.
A falta de garantias é um dos principais entraves para que as companhias de menor porte acessem financiamentos do Bndes. Mesmo nas linhas específicas, é comum uma pequena empresa não poder pedir o empréstimo porque não atende exigências, como uma garantia corporativa, ou não tem como arcar com o custo de uma fiança bancária.
Tanto que, até dezembro de 2016, 64,5% das 24.105 empresas que contrataram operações no Bndes com garantia do FGI nunca tinham tomado crédito no banco de fomento. Ou seja, a garantia do fundo foi necessária para viabilizar o primeiro financiamento. "É um dos indicadores que mostram a efetividade do FGI", disse Pereira.
No ano passado, o Bndes fez mudanças no FGI. Uma delas foi ampliar o limite do valor a ser garantido sem contragarantias, de R$ 1 milhão para R$ 3 milhões. Até esse valor de garantia, a empresa só precisa apresentar aval dos sócios. "É um valor bem adequado para financiamentos a empresas que faturam de R$ 15 milhões a R$ 40 milhões", afirmou Pereira.
Outra mudança foi a melhoria das condições nas garantias para empréstimos de outros bancos. Só em 2015, o FGI passou a aceitar financiamentos de bancos que não o Bndes. "Essa modalidade é recente, então ela ainda tem poucas operações. A grande maioria é com o Bndes", disse Fernando Mantese, chefe do Departamento de Política e Gestão de Instrumentos de Garantia do Bndes.
Essas mudanças, somadas a um crescimento na demanda nas operações indiretas, especialmente no Progeren (linha de capital de giro do Bndes), explicam o crescimento de 200% no FGI este ano, segundo os executivos. Em 2016, o valor dos financiamentos garantidos já havia saltado 31%.
Ainda assim, até o fim de maio, o FGI havia garantido só R$ 4,4 bilhões, de um total de R$ 6 bilhões em financiamentos realizados, menos da metade do máximo que o fundo pode garantir, que é R$ 10,9 bilhões. Ou seja, há espaço para crescer. Embora destaquem que o crescimento do FGI depende da maturação da carteira, os executivos do Bndes apostam em mais mudanças.
O foco agora é a rede de bancos repassadores do crédito do Bndes. No diagnóstico de Pereira, em parte, o FGI não é mais utilizado porque os agentes financeiros não oferecem o produto a seus clientes. Um dos motivos é que o FGI trabalha com parâmetros e regras de diligência e análise de risco diferentes dos bancos privados, segundo Mantese.
Por isso, a ideia é simplificar esses parâmetros, aproximando os sistemas do FGI das regras usadas pelos bancos repassadores. "O método que o banco usa na política de crédito e na renegociação vai poder ser reproduzido. Vamos convergir para a prática operacional da ponta, com a qual os bancos estão acostumados", disse Pereira, lembrando que a medida ainda depende de aval da diretoria. O executivo acha possível aprovar a mudança em agosto.
 
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