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Porto Alegre, segunda-feira, 31 de julho de 2017. Atualizado �s 14h00.

Jornal do Com�rcio

Panorama

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artes visuais

Not�cia da edi��o impressa de 25/07/2017. Alterada em 31/07 �s 14h04min

Gelson Radaelli inaugura hoje a sua exposi��o no Margs

Gelson Radaelli inaugura exposi��o individual no Margs

Gelson Radaelli inaugura exposi��o individual no Margs


CLAITON DORNELLES /JC
Michele Rolim
Gelson Radaelli inaugura hoje a exposição individual Neon, que marca uma outra fase em seu trabalho. Com curadoria de Icleia Borsa Cattani, as obras ocupam as galerias Ângelo Guido, Pedro Weingartner e João Fahrion, do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs). A abertura acontece às 19h30min - visitação até 10 de setembro, de terça-feira a domingo, das 10h às 19h. A entrada é franca.
A trajetória profissional de Radaelli, que nasceu em Nova Bréscia em 1960, remonta há pelos menos 30 anos. É composta por pesquisas cromáticas e formais que constituem diferentes fases muito marcantes, sempre sobrepondo camadas e criando empastamentos, em uma combinação entre figura e gesto.
Se, por um lado, a produção presente na exposição marca uma mudança em sua trajetória, por outro há uma retomada de proposições que o artista já realizou em outro determinado momento. "É como se fosse uma compilação da minha trajetória", comenta Radaelli.
Icleia argumenta que são três grandes fases da carreira do artista. A primeira seria marcada pelas pinturas em preto e branco de silhuetas humanas e que durou um longo período, cerca de 20 anos. Depois, foi a vez de formas mais abstratas que lembram nuvens tomarem suas pinturas ao lado do uso de cores quentes, como na mostra Paisagens suspeitas (2008), na Bolsa de Arte, na Capital.
Na ocasião, Radaelli começou a misturar as cores vermelho e branco na própria pincelada dando origem ao rosa, que domina o espaço em diversas obras da exposição. "Agora, essa terceira fase é uma síntese das questões que vinham sendo trabalhadas separadamente - primeiro, a gestualidade em preto e branco, depois, a experiência forte com cores. De certa maneira, essas duas coisas são retomadas nestas obras", explica a curadora. 
Icleia também destaca que houve uma fase de estudos preliminares e experimentais, realizados em folhas de papel quando o artista trabalhava em um estúdio de criação e propaganda, uma vez que é graduado em Comunicação Social.
No início de seus trabalhos, Radaelli não costumava dar títulos a exposições ou obras. Agora, em Neon, propõe nomes integrantes, como uma espécie de composição de palavras. "Eu desejava nomes que não remetessem a nada, que não tivessem uma leitura possível. Já o título complementa a obra, mas não a decifra", comenta ele.
Nessa exposição, será mostrada a sua produção mais recente de pinturas, realizada no primeiro semestre deste ano, e também desenhos produzidos ao longo dos anos. Boa parte das pinturas é constituída por painéis de grandes formatos, executados com perceptível redução na paleta de cores do artista.
Para Icleia, também crítica de arte e professora do pós-graduação em Artes Visuais da Ufrgs, o trabalho de Radaelli dialoga com um série de temas que permeiam a pintura contemporânea - que teve sua retomada nos anos 1980. "Uma delas é a questão de transitar sem preconceitos entre a figuração e a abstração", conta ela.
Radaelli foi editor de arte do jornal O Continente. Fez cursos com Karin Lambrecht, Maichel Chapmam, Luis Baravelli e Armando Almeida. Também estudou pintura por três anos com Fernando Baril. Participou de importantes eventos na área de artes plásticas, como a exposição itinerante que em 1990 percorreu 18 cidades gaúchas; do 48º Salão Paranaense, em Curitiba; e o Salão da Chico Lisboa, na Casa de Cultura Mario Quintana.
Expôs individualmente diversas vezes, com destaque para as mostras de pintura na Galeria Iberê Camargo, na Usina do Gasômetro, e na Galeria Bolsa de Arte, ambas em Porto Alegre, em 2003. Também foi o idealizador e curador das duas edições da coletiva de desenhos Correndo o risco, que esteve em cartaz no Museu do Trabalho, seguindo após para o Senac-SC, além de percorrer algumas cidades do interior gaúcho. 
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