Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

JC Logística

- Publicada em 04 de Julho de 2017 às 21:09

Petrobras busca sócia chinesa para o Comperj

Localizado em Itaboraí, no Rio, complexo foi suspenso pelo endividamento da estatal

Localizado em Itaboraí, no Rio, complexo foi suspenso pelo endividamento da estatal


VANDERLEI ALMEIDA/VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
A Petrobras voltou a apostar na sociedade com investidores chineses para tirar do papel o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), refinaria que já custou US$ 13 bilhões, mas foi paralisada ainda na fase inicial de obras. Uma parceria começou a ser costurada pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, com a direção da chinesa CNPC, dentro de um acordo maior de desenvolvimento de projetos em conjunto no Brasil e no exterior, segundo fontes.
A Petrobras voltou a apostar na sociedade com investidores chineses para tirar do papel o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), refinaria que já custou US$ 13 bilhões, mas foi paralisada ainda na fase inicial de obras. Uma parceria começou a ser costurada pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, com a direção da chinesa CNPC, dentro de um acordo maior de desenvolvimento de projetos em conjunto no Brasil e no exterior, segundo fontes.
Oficialmente, a estatal brasileira informa apenas que, como parte de um memorando de entendimentos assinado nesta semana, as duas empresas vão avaliar oportunidades "em áreas-chave de interesse mútuo", em toda cadeia da indústria do petróleo, o que inclui a exploração e produção de óleo e gás e também o refino. O acordo inclui ainda a estruturação de um financiamento.
Mas, segundo fonte que acompanha de perto o acordo, a retomada das obras para concluir o Comperj está no páreo das parcerias negociadas com a CNPC. Por enquanto, a Petrobras aproveita o desaquecimento do consumo de combustíveis, por conta da crise econômica no País, e a baixa utilização das refinarias, para analisar o melhor modelo de formação de parcerias na área de refino, predominantemente estatal.
As obras do Comperj, projeto localizado no município fluminense de Itaboraí (RJ), foram suspensas por conta do alto endividamento e da derrocada financeira da Petrobras, sobretudo, após as denúncias de desvio de recursos à Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Em um primeiro momento, a estatal afirmou que manteria a obra, contando com a chegada de investidores chineses, que nunca apareceram de fato. Mas as conversas não foram adiante e o projeto foi suspenso. Essa, portanto, será a segunda vez que a solução chinesa entra no radar dos executivos da Petrobras.
É certo que, sem um sócio, o projeto não será retomado, como já informou a diretoria da estatal. Por enquanto, a única previsão é construir a unidade de processamento do gás natural, porque, sem ela, não terá como escoar a produção do pré-sal, onde o gás será tratado.
"As prefeituras da área de influência do Comperj estão esperançosas, porque o quadro atual é de desalento. Com a suspensão do projeto, tivemos uma perda de arrecadação relevante. Em Itaboraí (RJ), a arrecadação de ISS caiu quase 60%. E a violência aumentou brutalmente", afirmou Rodrigo Neves, prefeito do município fluminense de Niterói e presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (Conleste), que mantém o diálogo com a Petrobras para retomar as obras do complexo petroquímico.
Petrobras e CNPC já são parceiras na exploração e produção da área de Libra, grande promessa do pré-sal da Bacia de Santos, ao lado da também chinesa CNCC, além da anglo-holandesa Shell e da francesa Total. Os chineses são parceiros também na importação do petróleo brasileiro, dentro de um acordo firmado com a Petrobras, que garante o abastecimento de parte do mercado chinês e o acesso a financiamento para a companhia brasileira. Esse acordo foi firmado ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, no pior período da crise da Petrobras, funcionou como a principal fonte de financiamento da estatal brasileira.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO