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Empresas & Negócios

- Publicada em 18 de Julho de 2017 às 15:33

Casa da Montanha cresce com foco em personalização

Rafael Peccin

Rafael Peccin


CIBELE SELBACH/DIVULGAÇÃO/JC
Patricia Knebel
Que tal chegar em um hotel para uns dias de descanso e ser recebido com aquele clima de casa da avó, com bolo na mesa, cafezinho passado e uma carta de boas-vindas? Se a receita para conquistar clientes é caminhar na direção de ofertar experiências diferenciadas, o Grupo Casa da Montanha demonstra saber o que está fazendo. De acordo com o diretor de marketing do empreendimento, Rafael Peccin, a diretriz, que está enraizada nos gestores e é seguida à risca pelos funcionários, vem de muito tempo.
Que tal chegar em um hotel para uns dias de descanso e ser recebido com aquele clima de casa da avó, com bolo na mesa, cafezinho passado e uma carta de boas-vindas? Se a receita para conquistar clientes é caminhar na direção de ofertar experiências diferenciadas, o Grupo Casa da Montanha demonstra saber o que está fazendo. De acordo com o diretor de marketing do empreendimento, Rafael Peccin, a diretriz, que está enraizada nos gestores e é seguida à risca pelos funcionários, vem de muito tempo.
De fato, o cuidado com cada detalhe e a personalização estão presentes desde o hall de entrada até os quartos, os restaurantes e as atividades oferecidas aos hóspedes, como um chá da tarde ou churrasco típico campeiro. O perfil da atividade só varia de acordo com o hotel e a cidade onde está inserido. A aposta em experiências únicas foi reforçada recentemente, quando a rede anunciou uma parceria exclusiva no Rio Grande do Sul com o Grupo francês de cosméticos L'Occitane e, a partir disso, montou dois spas nos hotéis. O grupo também está investindo em produtos com marca própria, como uma linha com espumantes - ideia que nasceu do projeto Vila Peccin, com vinhedos administrados pela família, que dirige os empreendimentos - azeite de oliva extravirgem, cervejas artesanais e água mineral, todos para consumo dentro do hotel.
Empresas & Negócios - Os hotéis do Casa da Montanha primam pela diferenciação. O que se pode esperar do Wood, o próximo empreendimento do grupo?
Rafael Peccin - O Grupo Casa da Montanha, que tem investimentos no mercado imobiliário por meio da Construtora Casa da Montanha, vai inaugurar dois prédios residenciais com serviços hoteleiros e um hotel, em Gramado, assinados pelo Hotel Casa da Montanha: o La Roca, de 12 apartamentos de altíssimo padrão, no bairro Planalto, e o Wood, com 16 apartamentos. Aliás, será o primeiro prédio com serviço hoteleiro na cidade. Quem adquirir o residencial vai ter acesso a todo serviço hoteleiro do Wood. O hotel tem previsão de inauguração em 2018, terá 25 apartamentos e trará todo um conceito em torno da madeira. Será um empreendimento mais clássico, no estilo inglês.
Empresas & Negócios - Como a cultura familiar influencia a oferta de experiências diferenciadas nos hotéis do grupo?
Peccin - Os nossos hotéis não são de volume; são pequenos empreendimentos familiares que prezam muito por atendimento e qualidade nos serviços. Existem projetos previstos para inaugurar em Gramado com 600 apartamentos. O nosso maior hotel, que é o Casa da Montanha, tem 79 quartos. Depois, temos o Petit, com 12 apartamentos, e o Parador Casa da Montanha, que fica em Cambará do Sul e conta com 19 apartamentos. Tudo o que fazemos tem que ter um diferencial. Trouxemos para os empreendimentos os ensinamentos da minha avó, que sempre nos falou sobre a importância de receber muito bem as pessoas, e isso se reflete totalmente na forma de atuar. O restaurante La Caceria, do Casa da Montanha, em Gramado, é especializado em caças nobres e traz muitas características da família. Meu avô e meus tios eram caçadores, então criar esse ambiente típico foi uma forma de inserir a cultura da família no empreendimento. Um dos pratos principais do restaurante é um perdiz com polenta, que minha avó fazia. Já o Petit Casa da Montanha é tipo aquelas hospedarias centrais da Europa. Um hotel charmoso, pequeno e com cuidados com os mínimos detalhes. É um hotel que não só aceita animais de pequeno porte, mas os recebe. Eles ganham ossinhos e biscoitos e, no quarto, têm uma cama própria, com pratos de água e ração personalizados. Já o Parador, em Cambará do Sul, foi um projeto totalmente inovador. Eu e meu irmão vivíamos acampando nos cânions e vimos que era uma região potencial para o futuro do turismo do Rio Grande do Sul. Levamos nosso pai lá para conhecer e convencê-lo a investir na região. O nome é Parador, porque a ideia era receber as pessoas que queriam visitar os cânions e precisavam de um lugar legal para ficar. Fomos o primeiro hotel do Brasil a trazer essa ideia das cabanas de luxo e, para combinar com a região, o restaurante é especializado em comida campeira.
Empresas & Negócios - A saturação de empreendimentos hoteleiros, em Gramado, preocupa de alguma forma?
Peccin - Preocupa não só o setor hoteleiro, mas a própria cidade, que precisa de infraestrutura para suportar isso. Uma série de encontros de associações, prefeitura e empresários está sendo realizada para debater o futuro próximo. Cada hotel de 100 apartamentos que inaugura dificulta a ocupação para todos. Gramado tem oferta e ainda tem muita demanda dos consumidores, mas há projetos muito grandes pela frente, e precisamos estar atentos. Ainda não existe desequilíbrio entre a oferta hoteleira e a procura, mas, se continuar assim, terá.
Empresas & Negócios - Com que intensidade a crise vivida no Brasil atingiu o setor hoteleiro?
Peccin - Alguns diriam que não tem crise em Gramado, que estamos em uma bolha. As pessoas veem a cidade cheia nos fins de semana e sempre me perguntam: a crise não vai bater em Gramado? Faz um pouco de sentido, mas não é bem assim. O setor de turismo, e dentro dele o de hotelaria, demorou um pouco para sentir os efeitos da crise econômica, mas eles vieram. No final do ano passado, houve uma queda bastante significativa na ocupação, especialmente final do ano, que se tornou alta temporada na Serra e, portanto, sempre foi fácil de vender. Em 2016, pela primeira vez na história do Casa da Montanha (que trabalha com um nicho de poder econômico mais alto), não lotamos no final do ano.
Empresas & Negócios - O ano de 2017 tem sido de retomada?
Peccin - Nós nos preparamos para um 2017 complicado, tanto do ponto de vista econômico como político. Sabemos que esse cenário acaba gerando um efeito negativo nos negócios. E, de fato, os primeiros meses foram de ocupação bem abaixo do normal e vai ser difícil recuperar isso nos próximos meses. Mas também estamos otimistas e trabalhando bastante. Por sorte, temos muitos feriados neste ano. E a própria crise ajuda Gramado, como a alta do dólar. Muitas pessoas, que geralmente iriam para o exterior, acabam ficando no Brasil.
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