Roberta Fofonka

A partir das oportunidades que se abriam no mercado de saúde, sócios abriram quatro empresas em Porto Alegre

Da importação de remédios especiais à distribuição

Roberta Fofonka

A partir das oportunidades que se abriam no mercado de saúde, sócios abriram quatro empresas em Porto Alegre

Foram as lacunas do mercado que levaram os sócios Rubens Machado, 48 anos, Gustavo Machado de Oliveira, 41, e Simone Koch, 45, a terem não uma, mas quatro empresas ligadas à área médica. Mais precisamente, aos remédios.
Foram as lacunas do mercado que levaram os sócios Rubens Machado, 48 anos, Gustavo Machado de Oliveira, 41, e Simone Koch, 45, a terem não uma, mas quatro empresas ligadas à área médica. Mais precisamente, aos remédios.
Os três são da área administrativa e trabalhavam em empresas da indústria farmacêutica. Rubens, há duas décadas no ramo, notou que a indústria começou a investir muito em pesquisa de medicamentos para doenças graves, como HIV e câncer, além de outras. São os chamados "medicamentos especiais", que, pelo preço alto, raramente entram no estoque das farmácias - muitas vezes por medida de segurança ou por precisarem de condições particulares de manuseio e armazenamento. Ou seja, muita gente que precisa acaba não tendo acesso porque simplesmente não há quem venda. Quer dizer, até 2010, não havia.
Daí nasceu a Rakho Med, hoje uma empresa de assessoria de importação que traz medicamentos especiais sob demanda para o Brasil. "Se o paciente precisa de um medicamento que não tem aqui, nós assessoramos neste processo, garantindo a logística necessária", conta Rubens. Para isso, rastrearam a indústria em nível internacional, identificaram fornecedores confiáveis, fizeram um trabalho de divulgação do serviço junto à classe médica e especialistas e aprenderam na marra toda a burocratização da Receita Federal. Como o medicamento leva de 20 a 30 dias úteis para chegar e é pago à vista, eles mantêm o cliente informado a cada semana sobre os estágios da entrega.
Mas e o caso lá de cima, das farmácias? Então. A partir da experiência com a Rakho, eles decidiram abrir a ReMed, voltada para os medicamentos especiais nacionalizados, e que são vendidos à pronta-entrega ou encomendas, na rua Jari, nº 244, no bairro Passo D'Areia, na Capital. "Grandes redes estão se acordando para esse mercado. Nossa estratégia é agregar nos serviços", afirma Simone.
Algo que viam pairar entre os pacientes era a dificuldade de encontrar lugar para aplicação, uma vez que ninguém aplica vacinas sem saber a procedência do produto - não dá para comprar vacina em uma farmácia e chegar com ela em mãos num hospital para aplicar, por exemplo. Daí, nasceu a ImunoClin, clínica de vacinação que, além de vender as vacinas próprias, aplica os produtos oriundos da Remed - a clínica busca, inclusive, a aprovação para trabalhar com convênios. "Sou muito entusiasmado com os nossos negócios, porque vejo que eles fazem diferença", expõe Gustavo.
E as portas continuam a se abrir. Com tudo isso, farmácias começaram a procurá-los para distribuir. Como tinham o contato direto com a indústria, abriram a Marca, distribuidora que vende os medicamentos para empresas, operadoras, hospitais, clínicas e outras farmácias.
Roberta Fofonka

Roberta Fofonka 

Roberta Fofonka

Roberta Fofonka 

Leia também

Deixe um comentário