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- Publicada em 23 de Junho de 2017 às 15:11

Sindiatacadistas: segmento resiste à crise

De Marchi destaca importância do setor para as receitas do Estado e contribuição para o crescimento do País

De Marchi destaca importância do setor para as receitas do Estado e contribuição para o crescimento do País


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O segmento atacadista-distribuidor do País cresceu 0,6% em termos reais e 6,9% em termos nominais no ano passado, atingindo faturamento de R$ 250 bilhões, de acordo com o Ranking da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad)/Nielsen 2017 (ano-base 2016). Por ser um setor mais estruturado e com abrangência nacional e internacional, não sentiu de forma tão intensa o impacto da crise econômica que assola o País, segundo a opinião do presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiatacadistas), Zildo De Marchi. "O setor atacadista gaúcho pode comemorar os saldos positivos das exportações e se mostra forte mesmo diante da pior crise econômica pela qual o País já passou", afirma.
O segmento atacadista-distribuidor do País cresceu 0,6% em termos reais e 6,9% em termos nominais no ano passado, atingindo faturamento de R$ 250 bilhões, de acordo com o Ranking da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad)/Nielsen 2017 (ano-base 2016). Por ser um setor mais estruturado e com abrangência nacional e internacional, não sentiu de forma tão intensa o impacto da crise econômica que assola o País, segundo a opinião do presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiatacadistas), Zildo De Marchi. "O setor atacadista gaúcho pode comemorar os saldos positivos das exportações e se mostra forte mesmo diante da pior crise econômica pela qual o País já passou", afirma.
O setor é muito beneficiado pelos dados do comércio exterior. Em abril, a balança comercial registrou superávit recorde para o mês, de US$ 7 bilhões. Este valor foi 43,3% superior ao do mesmo período de 2016. Em março, o saldo comercial havia sido superavitário em US$ 7,1 bilhões. As exportações contabilizaram US$ 17,7 bilhões, o que representou recuo de 11,9% frente ao mês anterior. O mesmo movimento ocorreu nas importações (US$ 10,7 bilhões), onde a variação foi de -17,2%, para a mesma base de comparação. Comparativamente a abril de 2016, exportações e importações cresceram, 15,1% e 2% respectivamente.
Os agentes de distribuição respondem hoje por uma fatia de 53,7% do mercado mercearil nacional, que compreende produtos de uso comum das famílias, como alimentos, bebidas, limpeza, higiene e cuidados pessoais. Apesar da crise, foi o 12º ano consecutivo em que a participação do atacado-distribuidor nesse mercado permaneceu superior a 50%. A participação correspondeu a 4,7% do Produto Interno Bruto(PIB) nacional, praticamente o mesmo comportamento do atacado no Estado, onde a participação no PIB local foi de 4,9 %. Já a participação na arrecadação federal nacional foi de 7,6%, enquanto a do ICMS no Estado chegou a 16,8%. "Temos consciência da importância do setor atacadista para as receitas do Estado e estamos prontos a contribuir para que o País cresça", reforça De Marchi.
O dirigente fala de economia com uma experiência de 70 anos de atuação no mercado e 55 à frente de entidades de classes. "Já passei por várias experiências, mas essa crise política que acabou atingindo todo o setor financeiro me deixa muito constrangido. A corrupção causada pelos dirigentes do País envergonham o Brasil", diz. Para o empresário, no entanto, os eventos de corrupção que culminaram na crise política e derrubaram os números da economia não serão capazes de acabar com o potencial do País. "É preciso haver um plano montado para que haja mais crescimento. O Executivo está agindo, fazendo seu papel, e acredito que a crise será superada", diz.
O sindicalista fala com orgulho dos potenciais do Brasil. "É o país do futuro, o que mais produz proteínas no mundo, tem uma sociedade trabalhadora e positiva. Temos tudo para sair desta crise", aponta. Ele também acredita que as autoridades à frente da economia estão conduzindo com acerto a política da área, o que já se traduz na baixa da inflação e dos juros e numa consequente reanimação de alguns indicadores representativos do consumo e do emprego. Para que o crescimento ocorra em 2018, De Marchi sugere a liberação dos depósitos compulsórios dos bancos para financiar pequenas e médias empresas endividadas. Ele entende que é preciso investir nos pequenos para diminuir o contingente de desempregados.
Em nível estadual, De Marchi defende o engajamento de toda a sociedade para respaldar o pacote fiscal proposto pelo governador José Ivo Sartori e o esforço para a renegociação da dívida do Estado com a União. No Rio Grande do Sul, de janeiro a abril, foram gerados 3,5 mil empregos diretos no atacado, o que demonstra uma inversão positiva em relação ao ano anterior, quando, no mesmo período, foram perdidos 1.586 empregos formais. A Abad e o Sindiatacadistas-RS apostam em terminar o ano de 2017 com um crescimento real de ao menos 1% no faturamento do setor, tendo como base uma possível melhora no cenário econômico a partir desse segundo semestre. Entretanto tudo irá depender dos ajustes políticos e das medidas de reformas em discussão no cenário nacional.
Além de administrar a variação de preços e de demanda no segmento, a entidade está atenta às decisões e negociações tributárias no Estado e no País. Outro foco é investir na qualificação dos empresários. Para isso, a entidade investe em workshops, cursos e debates. São pelo menos 10 atividades do tipo por mês, em várias regiões do Estado.

Preocupação com o social é marca da entidade

Sindicato incentiva o uso de bicicletas em ações como o projeto Cicloatividade

Sindicato incentiva o uso de bicicletas em ações como o projeto Cicloatividade


SINDIATACADISTAS/SINDIATACADISTAS/DIVULGAÇÃO/JC
A preocupação em colaborar para a construção de uma sociedade mais humana e sustentável, não apenas do ponto de vista econômico, também é uma marca do Sindiatacadistas gaúcho. Uma parceria firmada entre a entidade, através do seu projeto Cicloatividade, com a Braskem e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) vai entregar à cidade de Porto Alegre 122 paraciclos. Os equipamentos, construídos com material plástico reciclado, serão instalados no decorrer deste ano.
A iniciativa faz parte do planejamento estratégico do Sindiatacadistas para motivar o desenvolvimento de programas de sustentabilidade como o uso de bicicletas em deslocamentos urbanos diários e da instalação de bicicletários pela Capital.  A cada bicicletário produzido e instalado, são reciclados cerca de 4,5 mil sacos ou copos plásticos.
O Sindiatacadistas também realizou, no início deste ano letivo, a entrega de mais de 200 kits de material escolar para crianças, adolescentes e jovens da Casa de Nazaré, localizada na zona Sul da Capital. Os materiais foram arrecadados pelos participantes dos cursos do Programa Qualificar e pelos associados. O centro de apoio atua há 30 anos, desenvolvendo atividades para promoção da vida e atendimento a famílias e pessoas em situação vulnerável.
 

Entidades que integram o Sindiatacadistas-RS

  • Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios de Porto Alegre
  • Sindicato do Comércio Atacadista de Louças, Tintas e Ferragens de Porto Alegre
  • Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuário e Armarinho de Porto Alegre
  • Sindicato do Comércio Atacadista de Produtos Químicos para a Indústria e Lavoura e de Drogas e Medicamentos de Porto Alegre
  • Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras de Porto Alegre
  • Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral no Estado do Rio Grande do Sul