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ENTIDADES

- Publicada em 23 de Junho de 2017 às 11:16

ACPA: na busca por soluções para Porto Alegre

Para Paulo Afonso Pereira, novo momento da instituição propõe uma atividade mais abrangente

Para Paulo Afonso Pereira, novo momento da instituição propõe uma atividade mais abrangente


ÁRFIO MAZZEI/ÁRFIO MAZZEI/ACPA/divulgação/JC
Este ano de 2017 representa um momento decisivo na história da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA). Prestes a completar 160 anos de fundação, a entidade iniciou em 2016 uma nova fase, quando voltou a ter um presidente exclusivo - desde a década de 1920, o dirigente da associação acumulava também a presidência da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul). Agora, a ACPA busca reafirmar sua identidade representativa não apenas do comércio, mas da sociedade porto-alegrense.
Este ano de 2017 representa um momento decisivo na história da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA). Prestes a completar 160 anos de fundação, a entidade iniciou em 2016 uma nova fase, quando voltou a ter um presidente exclusivo - desde a década de 1920, o dirigente da associação acumulava também a presidência da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul). Agora, a ACPA busca reafirmar sua identidade representativa não apenas do comércio, mas da sociedade porto-alegrense.
"Voltamos a buscar o protagonismo e as bases da nossa existência. A Federasul segue liderando as associações, das quais fazemos parte", explica o presidente da ACPA, Paulo Afonso Pereira, eleito em 2016. Para ele, o novo momento da instituição propõe uma atividade mais abrangente: "Nós ampliamos nossa visão. Procuramos olhar por toda Porto Alegre, queremos ser a voz de Porto Alegre. Resolvemos fazer um programa de analisar a cidade como um todo. Se não tivermos o todo organizado, os segmentos serão prejudicados".
Essa ideia se reflete na defesa de propostas e soluções para questões que transcendem o campo empresarial e comercial da cidade. A ACPA vem defendendo, por exemplo, a criação de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para impulsionar a revitalização da orla do Guaíba e a retomada das plenas atividades do Mercado Público. Outra pauta importante para a entidade é a construção de um centro de eventos de grande porte para a Capital - um espaço propício para convenções e shows internacionais, entre outras iniciativas.
"A cidade perdeu receitas nos últimos 30 anos. Temos que partir para o turismo, e o turismo de negócios é a melhor opção. O melhor é o conhecimento que fica desses eventos e operações. É um trabalho de incentivo para a cidade", analisa Pereira, ressaltando que a entidade tem buscado estabelecer contatos para negócios com empresas de outros países. "Não podemos estar fora dessa realidade e pensar que o nosso limite é o bairro Agronomia ou a ponte do Guaíba. Mas só posso receber (na cidade) as pessoas que eu convidar, e tenho que ter lugar para receber essa turma toda. Pensar grande ou pensar pequeno gasta os mesmos neurônios."
A atuação internacional levou a ACPA a liderar uma missão de empresários gaúchos em Macau (China), no final do ano passado, visando a novos negócios com países do oriente. Pereira adianta que já há convites para conversas com representantes de outros países, como Vietnã e Canadá: "Isso não é nada mais do que abrir possibilidades. O limite geográfico não pode nos impedir de trazer coisas de todo o mundo".
Atender diretamente os cerca de 800 associados também está na mira da ACPA, que criou novos canais de comunicação - como uma revista, uma newsletter quinzenal e uma página oficial no Facebook - e adotou nova identidade visual. Entre os serviços para as empresas vinculadas estão cursos preparatórios - alguns também voltados para o público externo - e orientação jurídica. A associação também prepara, em parceria com a Junta Comercial, o lançamento de um documento de Identidade Empresarial, que incluirá chip com certificação digital. O projeto está em fase de ajustes finais. "O chip vai trazer grande facilidade para as transações na Junta. Tudo isso é para as empresas enxergarem que a instituição trabalha pelo todo", reforça Pereira.

Evento cria novo espaço de informações e negócios

Menu Porto Alegre recebe palestrantes de diferentes áreas no horário do almoço

Menu Porto Alegre recebe palestrantes de diferentes áreas no horário do almoço


ÁRFIO MAZZEI/ACPA/JC
Entre as novidades implantadas pela ACPA nos últimos meses, uma das mais visíveis ao público é o Menu Porto Alegre - evento quinzenal em que o tradicional Salão Nobre do Palácio do Comércio recebe palestrantes de diferentes áreas no horário do almoço. A proposta é promover a troca de conhecimento e informação em um clima informal - antes das palestras, enquanto os participantes se servem no buffet, músicos convidados se apresentam ao vivo no palco.
A primeira edição do Menu em junho, por exemplo, contou com música brasileira, na interpretação da cantora Walkiria Rosa e do violonista Joel Moraes. A abertura oficial do evento incluiu ainda uma homenagem aos 84 anos do Jornal do Comércio, e a palestra principal reuniu três gerações da família Drebes: Otélio, fundador da Lojas Lebes, Otelmo, atual presidente da empresa, e Otelmo Jr., diretor de Marketing e Vendas.
Otélio Drebes conduziu sua fala em perfeita sintonia com a proposta de informalidade da ocasião: cantou um trecho da canção Querência Amada e contou vários causos dos 60 anos da Lebes, intercalados com frases diretas e de impacto - "é preciso correr na frente da meta", "sempre gastei menos do que ganhava" e "não abro mão do lucro", entre elas. Otelmo - como havia feito na entrevista coletiva à imprensa, antes do evento - trouxe números da rede, que hoje tem cerca de 150 lojas e 3 mil funcionários, com 1 milhão de clientes ativos e faturamento de mais de R$ 1 bilhão em 2016. Ao final, Otelmo Jr. abordou a intensa relação entre a rede e a clientela e detalhou a próxima operação da Lebes em Porto Alegre: a revitalização do Edifício Guaspari, no Centro Histórico, que deverá ser inaugurada em agosto. "Esperamos assim provocar um pouco os empresários a também valorizar o nosso Centro", afirmou o diretor.
As 154 pessoas presentes ao almoço também puderam endereçar perguntas por escrito para os palestrantes. Ao final do evento, a fala dos Drebes pareceu agradar à plateia. "Eles são meus clientes, têm uma história linda", comentou Débora Liz Barboza, analista comercial no escritório do Tecon Rio Grande em Porto Alegre. Ela havia participado de outras edições do evento e elogiou a proposta. "Tem a questão do networking. Na mesa já se cria (novos contatos). E é um formato dinâmico. Eu iria almoçar, de qualquer forma, e assim se cria um horário para ouvir uma palestra e fazer novos contatos de negócios. Se fosse das 14h às 16h, eu não poderia" explicou Débora.
Também os palestrantes reconheceram a importância do espaço criado pela ACPA. "Faço três a quatro palestras por ano. Mas tem muitas solicitações. Tem que ser feito dentro de um limite possível", revelou Otelmo Drebes. "Aqui são formadores de opinião, é importante ter o contato com essas pessoas", acrescenta.