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Consumo

- Publicada em 25 de Junho de 2017 às 22:20

Consórcio de serviços cresce, apesar da crise

Reformas e tratamentos estéticos integram lista de serviços demandados

Reformas e tratamentos estéticos integram lista de serviços demandados


CLAITON DORNELLES/JC
Reformas residenciais, tratamentos estéticos e até despesas funerárias estão sendo bancadas pelo consórcio de serviços. Homologado pelo Banco Central em fevereiro de 2009, esse segmento tem atraído os brasileiros pela sua flexibilidade e autofinanciamento, além de parcelas que cabem no bolso. Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) apontam que, de janeiro a abril, o volume de créditos do consórcio de serviços foi de R$ 60 milhões, crescimento de 126% em relação ao mesmo período do ano passado.
Reformas residenciais, tratamentos estéticos e até despesas funerárias estão sendo bancadas pelo consórcio de serviços. Homologado pelo Banco Central em fevereiro de 2009, esse segmento tem atraído os brasileiros pela sua flexibilidade e autofinanciamento, além de parcelas que cabem no bolso. Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) apontam que, de janeiro a abril, o volume de créditos do consórcio de serviços foi de R$ 60 milhões, crescimento de 126% em relação ao mesmo período do ano passado.
O consórcio de serviços funciona como o modelo de imóveis e veículos, uma empresa administradora abre um grupo e reúne os participantes em uma carta de crédito. Os participantes desse grupo pagam as parcelas durante o período de duração previsto em contrato. Existem duas maneiras de contemplação: o sorteio mensal ou o oferecimento de lances, como em um leilão. Qualquer serviço que emita nota fiscal pode ser pago com o crédito. Segundo dados da Abac, nos grupos constituídos, o prazo médio é de 35 meses, com crédito médio de R$ 6.680,00, a taxa média de administração é de 0,62% ao mês.
 
Sem divulgar os números anteriores, a administradora Consórcio Luiza constatou que, nos primeiros cinco meses de 2017, as vendas de consórcios de serviços cresceram 200% no Rio Grande do Sul, em relação ao mesmo período do ano passado. Trabalhando com cartas de R$ 6 mil a R$ 15 mil, as mulheres são o público-alvo da administradora Consórcio Luiza. Atualmente, as mulheres representam 60% dos clientes da modalidade. Segundo a Abac, a participação feminina no mercado é de 40,3%, há seis meses era de 23,3%.
Uma prática importante que sempre deve ser observada pelo cliente é se a empresa está regularizada junto ao Banco Central. A lista das administradoras pode ser conferida no site da instituição: www.bcb.org.br. Segundo a diretora do Consórcio Luiza, Edna Honorato, outro cuidado fundamental que o cliente deve ter ao adquirir um consórcio se refere ao serviço contratado. "Já tivemos clientes que utilizaram o valor dos créditos para bancar despesas funerárias. Esse é o diferencial do consórcio de serviços, a flexibilidade", afirma Francisco Coutinho, superintendente comercial da Rodobens Consórcio. Por se tratar de um serviço, o cliente não tem obrigação de manter o plano inicial de quando adquiriu a carta de créditos. A Rodobens Consórcio oferece planos a partir de R$ 251,25. "Quando nós lançamos o produto, realizamos a campanha 'Agora você pode', com focos nas classes C e D", destaca Coutinho. Segundo ele, 90% das vendas são realizadas via internet.
Tornar o consórcio de serviço popular é uma das metas das administradoras. Para o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, o desafio está no fato de a modalidade ser relativamente nova no mercado em relação a outros segmentos, como o de veículos, disponível há mais de 50 anos.

Sicredi desponta como líderde mercado no segmento

Sicredi tem 3% da carteira para os serviços, afirma Di Diego

Sicredi tem 3% da carteira para os serviços, afirma Di Diego


MARCO QUINTANA/MARCO QUINTANA/JC
O consórcio de serviços é recomendando para quem possui capacidade de planejamento, não serve para aqueles que precisam de rapidez. Assim Fernando Di Diego, gerente de Produto e Mercado da Administradora de Consórcio do Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi), define o público-alvo do segmento. Atualmente, o Sicredi é líder de mercado dos consórcios de serviços, comercializando 700 cotas por mês.
A administradora trabalha com ticket médio de R$ 7 mil a R$ 24 mil e com grupos de até 288 participantes em cada, com duração de 36 meses. Segundo Di Diego, o serviço tende a ser oferecido por administradoras de consórcios de grande porte, pois os riscos são maiores. "No consórcio de serviços, não estamos oferecendo um bem, e sim um serviço, ou seja, não temos garantias", destaca Di Diego. Ao todo, a carta de créditos do consórcio de serviços representa R$ 300 milhões, 3% das carteiras de créditos ativas de consórcios do Sicredi.
Única instituição bancária a oferecer o serviço, o Banco do Brasil (BB) comemora os bons números. Desde o mês passado, o banco iniciou a venda de consórcios de serviço em seu aplicativo mobile, pelo qual já foram comercializados R$ 600 mil. "Apesar de representar menos de 1% da nossa carteira, a procura por consórcio de serviços no mobile representa 20% das buscas", afirma Paulo Ivan Rabelo, diretor comercial de consórcios do BB. O banco ampliou o valor das cartas de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil para de R$ 5 mil a R$ 10 mil, com taxa de administração de 0,6% ao mês. "Vimos que esse valor era muito baixo, então mudamos também a forma de abordagem. Não vendemos o consórcio, mas oferecemos a tal desejada viagem ao cliente", destaca Rabelo.